From Indigenous Peoples in Brazil
News
Cacique denuncia ameaça a índios da etnia Bororo no Mato Grosso V
12/02/2008
Autor: Tatiane Saraiva
Fonte: Agência Brasil
Brasília - Cerca de 30 famílias da etnia Bororo, que habitam a aldeia Jarudore em Poxoréu (MT), a 250 quilômetros de Cuiabá, temem por um massacre. Segundo a cacique Maria Aparecida Toro Ekureudo, as ameaças partem de fazendeiros e posseiros da região, que querem as terras ocupadas pelos indígenas, cuja posse está sendo contestada na Justiça desde 2003.
Em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia, a cacique Maria Aparecida Toro Ekureudo afirmou que vem procurando a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Polícia Federal para pedir proteção para os habitantes da aldeia. Segundo ela, as ameaças ocorrem desde 2005.
De acordo com a indígena, os fazendeiros tinham programado uma invasão na última semana, mas a ocupação da aldeia não ocorreu. "Estava programada uma invasão para eles [fazendeiros] acabarem com a gente, com as crianças, adultos, tudo o que estivesse pela frente", diz Maria Aparecida.
A cacique afirmou ainda que não tem conseguido resposta das autoridades. "Primeiro, a Polícia Federal disse que já estava a caminho para resolver, mas depois informou que não poderia vir. Outras vezes, eles falam que estão acompanhando o julgamento, a cada dia ficamos sabendo de uma resposta diferente", reclama.
Maria Aparecida diz ter recebido uma ligação da Funai, mas segundo ela, quem pode resolver o caso é o administrador da Funai, que até o momento não se manifestou sobre o assunto. "O chefe de Núcleo da Funai de Rondonópolis, Antônio Dourado, é quem cuida dessa região, só que ele não tem autoridade para resolver. Sem o apoio do administrador, ele não consegue fazer nada", afirma.
Segundo o delegado-chefe da Polícia Federal de Rondonópolis, Cristian Lajes, a Polícia Federal esteve na aldeia com a Funai na última sexta-feira (8), para verificar se havia conflitos na região. "Já mandei policiais em quatro ocasiões diferentes para verificar se tinha um conflito eminente entre brancos e índios e, todas as vezes que os policiais estiveram lá, me passaram informações de que a situação estava tranqüila", alega o delegado.
O delegado Cristian Lajes disse que os índios insistem que são ameaçados pelos fazendeiros, mas que a cacique não indica quem está ameaçando e sem essas informações a PF não tem como agir.
O administrador substituto da Funai de Cuiabá, Benedito Cézar Garcia Araújo, disse que a Funai, em conjunto com o Ministério Publico Federal, entrou com ação civil pública na 3ª Vara Federal de Cuiabá para que os índios conquistem a posse da terra. "O território já é deles por direito", diz.
Segundo Benedito Cézar, os índios começaram a receber ameaças depois de terem denunciado os fazendeiros para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por desmatamento na região. De acordo com ele, as ameaças começaram após o órgão multar os fazendeiros em R$ 300 mil. "A Funai está dando toda assistência para eles, acompanhando o caso e dando cestas básicas, mas dependemos do julgamento do caso para resolver o problema", afirma.
Em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia, a cacique Maria Aparecida Toro Ekureudo afirmou que vem procurando a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Polícia Federal para pedir proteção para os habitantes da aldeia. Segundo ela, as ameaças ocorrem desde 2005.
De acordo com a indígena, os fazendeiros tinham programado uma invasão na última semana, mas a ocupação da aldeia não ocorreu. "Estava programada uma invasão para eles [fazendeiros] acabarem com a gente, com as crianças, adultos, tudo o que estivesse pela frente", diz Maria Aparecida.
A cacique afirmou ainda que não tem conseguido resposta das autoridades. "Primeiro, a Polícia Federal disse que já estava a caminho para resolver, mas depois informou que não poderia vir. Outras vezes, eles falam que estão acompanhando o julgamento, a cada dia ficamos sabendo de uma resposta diferente", reclama.
Maria Aparecida diz ter recebido uma ligação da Funai, mas segundo ela, quem pode resolver o caso é o administrador da Funai, que até o momento não se manifestou sobre o assunto. "O chefe de Núcleo da Funai de Rondonópolis, Antônio Dourado, é quem cuida dessa região, só que ele não tem autoridade para resolver. Sem o apoio do administrador, ele não consegue fazer nada", afirma.
Segundo o delegado-chefe da Polícia Federal de Rondonópolis, Cristian Lajes, a Polícia Federal esteve na aldeia com a Funai na última sexta-feira (8), para verificar se havia conflitos na região. "Já mandei policiais em quatro ocasiões diferentes para verificar se tinha um conflito eminente entre brancos e índios e, todas as vezes que os policiais estiveram lá, me passaram informações de que a situação estava tranqüila", alega o delegado.
O delegado Cristian Lajes disse que os índios insistem que são ameaçados pelos fazendeiros, mas que a cacique não indica quem está ameaçando e sem essas informações a PF não tem como agir.
O administrador substituto da Funai de Cuiabá, Benedito Cézar Garcia Araújo, disse que a Funai, em conjunto com o Ministério Publico Federal, entrou com ação civil pública na 3ª Vara Federal de Cuiabá para que os índios conquistem a posse da terra. "O território já é deles por direito", diz.
Segundo Benedito Cézar, os índios começaram a receber ameaças depois de terem denunciado os fazendeiros para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por desmatamento na região. De acordo com ele, as ameaças começaram após o órgão multar os fazendeiros em R$ 300 mil. "A Funai está dando toda assistência para eles, acompanhando o caso e dando cestas básicas, mas dependemos do julgamento do caso para resolver o problema", afirma.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source