From Indigenous Peoples in Brazil
News
FUNASA - Índios cobram melhoria no atendimento
20/02/2008
Autor: Rebeca Lopes
Fonte: Folha de Boa Vista
Cerca de 20 indígenas da etnia yanomami foram à sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), ontem pela manhã, cobrar da coordenação uma posição sobre a assinatura do convênio com a nova Organização Não-Governamental (ONG) que vai atuar na área em substituição à Fundação Universidade de Brasília (Fub/UnB), além de reivindicar melhoria dos serviços.
Os indígenas reclamaram da atual prestação de serviço e alegaram que, pela falta de qualidade dos serviços levados pelos funcionários da Funasa (em torno de 98) que substituíram os servidores da Fub/Unb, as comunidades estão sofrendo com muitos casos de malária, diarréia e gripe.
"Quando entra quem sabe trabalhar a malária, gripe e diarréia diminuem, porque essas pessoas sabem combater as doenças, mas quando entra quem não sabe a gente fica sofrendo com elas [doenças]. Não estão sabendo trabalhar direito", disse um dos indígenas para o coordenador-adjunto da Funasa, Helder Almeida.
A tuxaua da comunidade do Bananal, no Município de Uiramutã, Maria Eunília Moreira dos Santos, falou em nome dos indígenas e disse que o objetivo de terem saído da Casa de Saúde do Índio (Casai) para a sede da empresa, na manhã de ontem, foi reivindicar a definição de um prazo para que o trabalho na área seja normalizado através da pactuação com nova conveniada.
Eles pediram ainda que o atendimento volte a acontecer nas comunidades e não que os indígenas tenham que sair dos locais de origem para receber atendimento na Capital, como está ocorrendo. No relato dos índios, até bicho-de-pé está sendo tratado em Boa Vista.
Eunília disse que como a resposta da Funasa foi de até março resolver o impasse, eles vão aguardar. Caso não se resolva, ela não descartou buscar uma solução em Brasília. "Se não for resolvido, a gente vai até Brasília para que os índios sejam ouvidos", comentou.
Conforme o coordenador-adjunto Helder Almeida, o convênio com a Secoya ainda não foi assinado devido a uma ação do Ministério Público do Trabalho, em Brasília, na qual proíbe a Funasa e o Governo Federal de prorrogarem ou fazerem novos convênios, mas que a instituição já recorreu e aguarda uma decisão. A expectativa é que até março o convênio seja assinado e os técnicos acostumados com o trabalho voltem à área.
ALARME FALSO - Um boato de que os índios yanomami iriam invadir a sede da Funasa, no final da manhã de ontem, fez mobilizar a Polícia Federal e obrigou os servidores a evacuarem o prédio. Na verdade, os indígenas queriam apenas uma reunião com a coordenação do órgão.
Quando chegaram na sede da fundação, os indígenas ficaram assustados e surpresos com polícia mobilizada e servidores fora de seus locais de trabalho, já que muitos temiam se repetir episódios em que os índios não permitiam ninguém sair ou entrar no prédio.
Os indígenas reclamaram da atual prestação de serviço e alegaram que, pela falta de qualidade dos serviços levados pelos funcionários da Funasa (em torno de 98) que substituíram os servidores da Fub/Unb, as comunidades estão sofrendo com muitos casos de malária, diarréia e gripe.
"Quando entra quem sabe trabalhar a malária, gripe e diarréia diminuem, porque essas pessoas sabem combater as doenças, mas quando entra quem não sabe a gente fica sofrendo com elas [doenças]. Não estão sabendo trabalhar direito", disse um dos indígenas para o coordenador-adjunto da Funasa, Helder Almeida.
A tuxaua da comunidade do Bananal, no Município de Uiramutã, Maria Eunília Moreira dos Santos, falou em nome dos indígenas e disse que o objetivo de terem saído da Casa de Saúde do Índio (Casai) para a sede da empresa, na manhã de ontem, foi reivindicar a definição de um prazo para que o trabalho na área seja normalizado através da pactuação com nova conveniada.
Eles pediram ainda que o atendimento volte a acontecer nas comunidades e não que os indígenas tenham que sair dos locais de origem para receber atendimento na Capital, como está ocorrendo. No relato dos índios, até bicho-de-pé está sendo tratado em Boa Vista.
Eunília disse que como a resposta da Funasa foi de até março resolver o impasse, eles vão aguardar. Caso não se resolva, ela não descartou buscar uma solução em Brasília. "Se não for resolvido, a gente vai até Brasília para que os índios sejam ouvidos", comentou.
Conforme o coordenador-adjunto Helder Almeida, o convênio com a Secoya ainda não foi assinado devido a uma ação do Ministério Público do Trabalho, em Brasília, na qual proíbe a Funasa e o Governo Federal de prorrogarem ou fazerem novos convênios, mas que a instituição já recorreu e aguarda uma decisão. A expectativa é que até março o convênio seja assinado e os técnicos acostumados com o trabalho voltem à área.
ALARME FALSO - Um boato de que os índios yanomami iriam invadir a sede da Funasa, no final da manhã de ontem, fez mobilizar a Polícia Federal e obrigou os servidores a evacuarem o prédio. Na verdade, os indígenas queriam apenas uma reunião com a coordenação do órgão.
Quando chegaram na sede da fundação, os indígenas ficaram assustados e surpresos com polícia mobilizada e servidores fora de seus locais de trabalho, já que muitos temiam se repetir episódios em que os índios não permitiam ninguém sair ou entrar no prédio.
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