From Indigenous Peoples in Brazil
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Índia mordida por cobra divide médicos e pajés
20/01/2009
Fonte: O Globo.com
Índia mordida por cobra divide médicos e pajés
Uma adolescente da etnia tukano que vive em uma aldeia de São Gabriel da Cachoeira, no extremo norte do país, é alvo de uma polêmica entre médicos e pajés. Mordida por uma cobra, ela deu entrada em um hospital público de Manaus há duas semanas. A partir daí, médicos e índios começaram a divergir sobre tratamentos médicos convencionais e tradições indígenas. Segundo os médicos, o local da picada, no pé, já apresentava sinais de necrose, quando as lesões no tecido são irreversíveis. Segundo o tio da menina, João Paulo Barreto, a família foi impedida de praticar rituais de cura no hospital.
Os médicos também não concordaram com as restrições alimentares impostas pelos índios e em proibir o acesso ao local de gestantes e mulheres no período menstrual.
- Dentro da Carta Magna existe um artigo que garante esses direitos, o artigo 231, que diz que devemos respeitar as tradições, línguas, costumes e formas de organização - diz o tio.
O Ministério Público federal emitiu uma recomendação para que o tratamento da criança conciliasse a medicina indígena com os métodos convencionais.
A recomendação foi atendida. O pajé passou a ter acesso à menina, desde que os rituais não incomodassem os outros pacientes. Mas um impasse permaneceu.
- Não temos conhecimento da eficácia no resultado da aplicação combinada dos medicamentos convencionais com as ervas que são parte da tradição na cultura indígena - alerta Joaquim Alves, diretor do hospital.
Por causa da possibilidade de amputação, que não é aceita pelos tukanos, a família levou a menina para a Casa de Apoio à Saúde Indígena, onde ela está sendo tratada por pajés e por um cirurgião geral. O Ministério Público diz que vai continuar acompanhando o caso.
- A preocupação do Ministério Público federal é com a vida da criança. Nesse sentido, eu vou analisar o caso com cuidado e verificar que providências eu vou tomar - observa a procuradora da República Luciana Portal Gadelha.
O Globo.com, 20/01/2009
Uma adolescente da etnia tukano que vive em uma aldeia de São Gabriel da Cachoeira, no extremo norte do país, é alvo de uma polêmica entre médicos e pajés. Mordida por uma cobra, ela deu entrada em um hospital público de Manaus há duas semanas. A partir daí, médicos e índios começaram a divergir sobre tratamentos médicos convencionais e tradições indígenas. Segundo os médicos, o local da picada, no pé, já apresentava sinais de necrose, quando as lesões no tecido são irreversíveis. Segundo o tio da menina, João Paulo Barreto, a família foi impedida de praticar rituais de cura no hospital.
Os médicos também não concordaram com as restrições alimentares impostas pelos índios e em proibir o acesso ao local de gestantes e mulheres no período menstrual.
- Dentro da Carta Magna existe um artigo que garante esses direitos, o artigo 231, que diz que devemos respeitar as tradições, línguas, costumes e formas de organização - diz o tio.
O Ministério Público federal emitiu uma recomendação para que o tratamento da criança conciliasse a medicina indígena com os métodos convencionais.
A recomendação foi atendida. O pajé passou a ter acesso à menina, desde que os rituais não incomodassem os outros pacientes. Mas um impasse permaneceu.
- Não temos conhecimento da eficácia no resultado da aplicação combinada dos medicamentos convencionais com as ervas que são parte da tradição na cultura indígena - alerta Joaquim Alves, diretor do hospital.
Por causa da possibilidade de amputação, que não é aceita pelos tukanos, a família levou a menina para a Casa de Apoio à Saúde Indígena, onde ela está sendo tratada por pajés e por um cirurgião geral. O Ministério Público diz que vai continuar acompanhando o caso.
- A preocupação do Ministério Público federal é com a vida da criança. Nesse sentido, eu vou analisar o caso com cuidado e verificar que providências eu vou tomar - observa a procuradora da República Luciana Portal Gadelha.
O Globo.com, 20/01/2009
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