From Indigenous Peoples in Brazil
News
Índios da Amazônia denunciam roubo de madeira por peruanos
30/11/2002
Fonte: Tribuna de Imprensa-Rio de Janeiro-RJ
O roubo de madeiras nobres em terras indígenas, na Amazônia, também tem sua face binacional. Desde 1999, os índios Ashaninka (ou Kampa), do extremo-oeste do Acre, denunciam a invasão de madeireiros peruanos em suas terras, do lado brasileiro da fronteira.
As trilhas abertas para a retirada de toras já são usadas por traficantes de cocaína, para trazer a droga para o Brasil. Um grupo binacional, coordenado pelos ministérios de Relações Exteriores do Brasil e do Peru, tenta uma solução, mas a expectativa, tanto dos índios, como da Fundação Nacional do Índio (Funai), é de intervenção do Exército.
Em outubro passado, os índios brasileiros queimaram algumas cabanas, que serviam de apoio aos madeireiros peruanos, que utilizariam mão-de-obra e contariam com o apoio de índios Ashaninka da aldeia Sawawo, localizada em solo peruano.
Entre os dias 9 e 15 deste mês, as instituições que compõem o Grupo de Cooperação Ambiental Fronteiriça Brasil-Peru fizeram uma vistoria, constatando novos cortes de madeira do lado brasileiro.
Participaram da incursão a Polícia Federal (PF), a Funai, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Nacional Peruana e o Instituto Nacional de Recursos Naturais do Peru (Inrena).
Os Ashaninka ainda enviaram um documento aos índios da aldeia Sawawo, proibindo sua passagem e a realização de qualquer tipo de negócio, envolvendo madeira, em terras brasileiras. O documento permite apenas a visita entre famílias.
Na imagem do satélite Landsat 7, cedida pela Embrapa Monitoramento por Satélite, correspondente a agosto de 1999, aparece uma pista de pouso, da aldeia Sawawo, do lado peruano, distante apenas 15 quilômetros da aldeia Ashaninka, localizada do lado brasileiro. Conforme as denúncias, a exploração madeireira ocorre na área situada entre as duas aldeias, assim como o uso das trilhas pelo narcotráfico.
"Desde a primeira denúncia, em 1999, já vieram várias equipes do governo até a aldeia, identificaram o problema, voltaram para Brasília e não aconteceu nada, porque o investimento é muito alto e eles teriam que trazer até helicóptero", diz Francisco de Silva Pinhanta, líder indígena da Apiwtxa, como eles chamam a aldeia localizada às margens do Rio Amônia. "Nós preservamos 80% das nossas terras e consideramos a área de fronteira um santuário, um refúgio onde nós não vamos nem caçar nem pescar para garantir a reprodução dos animais e é justamente lá que os peruanos estão".
As trilhas abertas para a retirada de toras já são usadas por traficantes de cocaína, para trazer a droga para o Brasil. Um grupo binacional, coordenado pelos ministérios de Relações Exteriores do Brasil e do Peru, tenta uma solução, mas a expectativa, tanto dos índios, como da Fundação Nacional do Índio (Funai), é de intervenção do Exército.
Em outubro passado, os índios brasileiros queimaram algumas cabanas, que serviam de apoio aos madeireiros peruanos, que utilizariam mão-de-obra e contariam com o apoio de índios Ashaninka da aldeia Sawawo, localizada em solo peruano.
Entre os dias 9 e 15 deste mês, as instituições que compõem o Grupo de Cooperação Ambiental Fronteiriça Brasil-Peru fizeram uma vistoria, constatando novos cortes de madeira do lado brasileiro.
Participaram da incursão a Polícia Federal (PF), a Funai, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Nacional Peruana e o Instituto Nacional de Recursos Naturais do Peru (Inrena).
Os Ashaninka ainda enviaram um documento aos índios da aldeia Sawawo, proibindo sua passagem e a realização de qualquer tipo de negócio, envolvendo madeira, em terras brasileiras. O documento permite apenas a visita entre famílias.
Na imagem do satélite Landsat 7, cedida pela Embrapa Monitoramento por Satélite, correspondente a agosto de 1999, aparece uma pista de pouso, da aldeia Sawawo, do lado peruano, distante apenas 15 quilômetros da aldeia Ashaninka, localizada do lado brasileiro. Conforme as denúncias, a exploração madeireira ocorre na área situada entre as duas aldeias, assim como o uso das trilhas pelo narcotráfico.
"Desde a primeira denúncia, em 1999, já vieram várias equipes do governo até a aldeia, identificaram o problema, voltaram para Brasília e não aconteceu nada, porque o investimento é muito alto e eles teriam que trazer até helicóptero", diz Francisco de Silva Pinhanta, líder indígena da Apiwtxa, como eles chamam a aldeia localizada às margens do Rio Amônia. "Nós preservamos 80% das nossas terras e consideramos a área de fronteira um santuário, um refúgio onde nós não vamos nem caçar nem pescar para garantir a reprodução dos animais e é justamente lá que os peruanos estão".
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