From Indigenous Peoples in Brazil
News
A arte de trabalhar com sementes
25/07/2003
Autor: ANDRÉA ZÍLIO
Fonte: Página 20-Rio Branco-AC
Índios Apurinãs mostram que arte exige habilidade, paciência e criatividade
A arte de transformar caroços, sementes e cipós em belas pulseiras, colares, anéis, brincos, entre outras peças, vem sendo praticada por diversas pessoas no Estado e é também uma opção de renda. Os índios Apurinãs do 45, localizados à beira da BR-317, a 90 quilômetros de Rio Branco, provam que são mestres no trabalho, mostrando toda a habilidade e destreza na confecção das peças.
O trabalho exige técnica, sensibilidade e muita paciência, para que a matéria prima ganhe formas e cores. A comunidade aonde se concentram 30 famílias de índios Apurinãs, sendo que 10 vivem do artesanato, é uma prova de que quando organizado, o negócio se torna promissor. Hoje, as famílias envolvidas na Associação dos Artesãos Manejadores Indígenas Apurinãs (Asamina), fazem um trabalho de equipe durante todo o processo de fabricação das peças.
O início do trabalho é feito na mata, na coleta das sementes e cipós. Uma tarefa que exige o conhecimento popular de quem vive em contato com a floresta. As famílias Apurinãs muitas vezes se unem e vão de uma só vez em busca da matéria prima. Uma regra é tirar sementes que servem de alimento para alguns animais só depois de eles terem comido. Outra exigência é não tirar nada das árvores, que são identificadas com placas, e apenas catar o que está no solo.
SEMENTES - As variedades de sementes é grande. Algumas ainda estão sendo descobertas. Hoje, os Apurinãs trabalham com sementes de tucumã, paxiubão, paxiubinha, inajá, cibiruna, mulungu, açaí, murmuru, cipó de carrapicho e tala de marajá.
Depois de colhida, a matéria-prima é cuidadosamente lavada e limpada. As semente passam então a ser furadas e os cipós tecidos. Algumas peças, principalmente colares, são colocados primeiramente em ferros, para serem polidos e só então vão para os fios.
POLIMENTO - O trabalho que era feito manualmente e demorava dias para ser concluído, hoje é facilitado com máquinas, mas também exigem muita técnica. Quem pensa que é fácil, acaba ficando na maioria das vezes com as mãos machucadas.
As abotoaduras das pulseiras e cordões seguem a regra do natural e são feitas da própria semente ou cipó. Pingentes também são caroços que ganham formas de botos, folhas, entre outras.
A índia Gené Silva do Vale conta que por diversas vezes furou o dedo com a máquina. "Muitas vezes eu furei o dedo, mas depois que aprendi não tive mais problema. É um trabalho que tem de ter cuidado e deve ser feito com carinho", conta.
A arte de transformar caroços, sementes e cipós em belas pulseiras, colares, anéis, brincos, entre outras peças, vem sendo praticada por diversas pessoas no Estado e é também uma opção de renda. Os índios Apurinãs do 45, localizados à beira da BR-317, a 90 quilômetros de Rio Branco, provam que são mestres no trabalho, mostrando toda a habilidade e destreza na confecção das peças.
O trabalho exige técnica, sensibilidade e muita paciência, para que a matéria prima ganhe formas e cores. A comunidade aonde se concentram 30 famílias de índios Apurinãs, sendo que 10 vivem do artesanato, é uma prova de que quando organizado, o negócio se torna promissor. Hoje, as famílias envolvidas na Associação dos Artesãos Manejadores Indígenas Apurinãs (Asamina), fazem um trabalho de equipe durante todo o processo de fabricação das peças.
O início do trabalho é feito na mata, na coleta das sementes e cipós. Uma tarefa que exige o conhecimento popular de quem vive em contato com a floresta. As famílias Apurinãs muitas vezes se unem e vão de uma só vez em busca da matéria prima. Uma regra é tirar sementes que servem de alimento para alguns animais só depois de eles terem comido. Outra exigência é não tirar nada das árvores, que são identificadas com placas, e apenas catar o que está no solo.
SEMENTES - As variedades de sementes é grande. Algumas ainda estão sendo descobertas. Hoje, os Apurinãs trabalham com sementes de tucumã, paxiubão, paxiubinha, inajá, cibiruna, mulungu, açaí, murmuru, cipó de carrapicho e tala de marajá.
Depois de colhida, a matéria-prima é cuidadosamente lavada e limpada. As semente passam então a ser furadas e os cipós tecidos. Algumas peças, principalmente colares, são colocados primeiramente em ferros, para serem polidos e só então vão para os fios.
POLIMENTO - O trabalho que era feito manualmente e demorava dias para ser concluído, hoje é facilitado com máquinas, mas também exigem muita técnica. Quem pensa que é fácil, acaba ficando na maioria das vezes com as mãos machucadas.
As abotoaduras das pulseiras e cordões seguem a regra do natural e são feitas da própria semente ou cipó. Pingentes também são caroços que ganham formas de botos, folhas, entre outras.
A índia Gené Silva do Vale conta que por diversas vezes furou o dedo com a máquina. "Muitas vezes eu furei o dedo, mas depois que aprendi não tive mais problema. É um trabalho que tem de ter cuidado e deve ser feito com carinho", conta.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source