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Anacés ansiosos pela visita de Lula e por fim de impasses
29/12/2010
Autor: Andreh Jonathas
Fonte: O Povo OnLine - http://www.opovo.com.br
A etnia Anacé vive duas expectativas. A despedida de Lula, na sua última visita ao Ceará, hoje, traz sorrisos. O impasse sobre uma parte do terreno da Refinaria Premium II, da Petrobras, traz aborrecimentos.
O POVO visitou ontem as duas localidades Anacés mais próximas de onde Lula vai lançar a pedra fundamental da Refinaria.
Na escolinha Direito de Aprender do Povo Anacé, na localizada de Matões, Ângela Maria Moraes, liderança da comunidade, desabafou: "A nossa esperança é de que a Dilma, em quem a gente votou, possa respeitar o povo indígena do Estado".
Para Ângela, Lula foi um "excelente presidente". O problema, para ela, é que "às vezes, o dinheiro fala mais alto".
Sentada, passando notas para o boletim dos alunos, ela comentou que o crescimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), é positivo, mas carrega junto desafios sociais. Traz empregos para as comunidades, mas traz também prostituição, drogas e pessoas de fora da comunidade. "A gente vive com medo de tudo", ressaltou.
Desconfiada e comedida, preferiu não ser fotografada pela reportagem.
Ao lado de Ângela, a diretora da escolinha inconclusa, Mazé Paulino, não estava sabendo da visita do presidente. Ela criticou o modo como a indústria está se desenvolvendo no CIPP. "Só lamento como o progresso está vindo. No momento, queremos assegurar que a gente vai continuar aqui".
O Jonas Alves Gomes, o Cacique Jonas, por telefone ao O POVO. A liderança Anacé não estava sabendo da vinda de Lula e afirmou que não vai ao evento. "Não posso dizer se acho bom ou ruim. O negócio dele é lá com o governo de estado, não é com a gente não", afirmou, antes da ligação cair.
A prefeitura de Caucaia organizou uma caravana de dois ônibus com representantes dos Anacés e dos Tapebas para participarem do evento, segundo informou Ricardo Weibe Nascimento, Assistente Técnico da Fundação Nacional do Índio (Funai) no Ceará.
Grupo de Trabalho
A Funai organizou um Grupo de Trabalho (GT) para realizar estudos com o objetivo de identificar e delimitar as terras Anacés que fazem parte da área da Refinaria.
Conforme Nascimento, a coordenadora do GT, a antropóloga Siglia Zambrotti, vai voltar ao Ceará em janeiro de 2011, para seguir as atividades. Com isso, vai ser dado início à terceira, e última, etapa dos trabalhos, com a realização do levantamento fundiário, além da avaliação da organização social da comunidade, disse.
ENTENDA A NOTÍCIA
O Governo do Estado afirma que está desapropriando 92% do terreno da Refinaria. No entanto, só pode ser passada a posse para a Petrobras após resolução do impasse com a etnia Anacé. Refinaria está prevista para operar em 2017.
http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2010/12/29/noticiaeconomiajornal,2083349/anaces-ansiosos-pela-visita-de-lula-e-por-fim-de-impasses.shtml
O POVO visitou ontem as duas localidades Anacés mais próximas de onde Lula vai lançar a pedra fundamental da Refinaria.
Na escolinha Direito de Aprender do Povo Anacé, na localizada de Matões, Ângela Maria Moraes, liderança da comunidade, desabafou: "A nossa esperança é de que a Dilma, em quem a gente votou, possa respeitar o povo indígena do Estado".
Para Ângela, Lula foi um "excelente presidente". O problema, para ela, é que "às vezes, o dinheiro fala mais alto".
Sentada, passando notas para o boletim dos alunos, ela comentou que o crescimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), é positivo, mas carrega junto desafios sociais. Traz empregos para as comunidades, mas traz também prostituição, drogas e pessoas de fora da comunidade. "A gente vive com medo de tudo", ressaltou.
Desconfiada e comedida, preferiu não ser fotografada pela reportagem.
Ao lado de Ângela, a diretora da escolinha inconclusa, Mazé Paulino, não estava sabendo da visita do presidente. Ela criticou o modo como a indústria está se desenvolvendo no CIPP. "Só lamento como o progresso está vindo. No momento, queremos assegurar que a gente vai continuar aqui".
O Jonas Alves Gomes, o Cacique Jonas, por telefone ao O POVO. A liderança Anacé não estava sabendo da vinda de Lula e afirmou que não vai ao evento. "Não posso dizer se acho bom ou ruim. O negócio dele é lá com o governo de estado, não é com a gente não", afirmou, antes da ligação cair.
A prefeitura de Caucaia organizou uma caravana de dois ônibus com representantes dos Anacés e dos Tapebas para participarem do evento, segundo informou Ricardo Weibe Nascimento, Assistente Técnico da Fundação Nacional do Índio (Funai) no Ceará.
Grupo de Trabalho
A Funai organizou um Grupo de Trabalho (GT) para realizar estudos com o objetivo de identificar e delimitar as terras Anacés que fazem parte da área da Refinaria.
Conforme Nascimento, a coordenadora do GT, a antropóloga Siglia Zambrotti, vai voltar ao Ceará em janeiro de 2011, para seguir as atividades. Com isso, vai ser dado início à terceira, e última, etapa dos trabalhos, com a realização do levantamento fundiário, além da avaliação da organização social da comunidade, disse.
ENTENDA A NOTÍCIA
O Governo do Estado afirma que está desapropriando 92% do terreno da Refinaria. No entanto, só pode ser passada a posse para a Petrobras após resolução do impasse com a etnia Anacé. Refinaria está prevista para operar em 2017.
http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2010/12/29/noticiaeconomiajornal,2083349/anaces-ansiosos-pela-visita-de-lula-e-por-fim-de-impasses.shtml
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