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Protesto dos Tapeba fecha trecho da rodovia BR-222
03/07/2012
Autor: Leonardo Bezerra
Fonte: Diário do Nordeste - http://diariodonordeste.globo.com/
Famílias indígenas que moravam na Aldeia do Sobradinho querem reconstrução de casas que foram demolidas
Caucaia - Índios Tapeba realizaram protesto ontem pela manhã no KM 12 da BR-222, neste Município da Região Metropolitana de Fortaleza. Os indígenas, vestidos com cocar, pintados, portando lanças, burdunas e chocalhos, fizeram uma barreira com um trator, duas carroças e alguns pedaços de madeira.
A manifestação foi pacífica, e protestou pela demolição de todas as dez casas da Aldeia do Sobradinho. Cerca de 17 comunidades indígenas Tapebas estiveram no trecho interditado, em solidariedade aos moradores da aldeia demolida. A Polícia Rodoviária Federal foi até o local orientar os motoristas a pegarem vias alternativas.
Representantes da Defensoria Pública do Estado e do Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza estiveram no local acompanhando o movimento, e afirmaram que irão investigar os acontecimentos.
Demolições
Segundo Gabriel Tapeba, presidente da Associação das Comunidades dos Índios Tapebas de Caucaia (Acita), o bloqueio foi finalizado às 17h desta segunda-feira, no entanto, outros bloqueios podem acontecer ao longo desta semana, dependendo do posicionamento da Fundação Nacional do Índio (Funai), em relação às reivindicações.
Os índios reivindicam a publicação pela Funai do Relatório de Identificação e Delimitação da Terra Tapeba no Diário Oficial, além da reconstrução de todas as casas demolidas durante a ação do último dia 22.
Naquele dia, a Justiça determinou a demolição das dez casas erguidas no terreno localizado às margens da BR-020 e a reintegração da posse a um proprietário particular.
A ação aconteceu por volta das 6h30 da manhã, quando os moradores ainda estavam dormindo e, segundo informações da Acita, contou com a presença de cerca de 200 policiais do Batalhão de Choque, além de tratores e um helicóptero.
Gabriel Tapeba, presenciou o momento em que as casas foram demolidas e afirma que, em nenhum momento, os moradores foram notificados previamente do mandado. "A aldeia foi invadida por tratores pela manhã e os policias foram logo agredindo os moradores verbalmente. Nós tivemos nossos direitos desrespeitados. O Estado é responsável pelo danos causados à aldeia e tem que, pelo menos, reconstruir as casas demolidas", afirma Gabriel Tapeba.
Cacique Alberto, é morador da Aldeia Sobradinho e teve a sua casa demolida. "Eu tinha acabado de acordar quando ouvi o barulho de tratores entrando na aldeia. Eles não avisaram nada a ninguém, foram logo gritando, vindo com arbitrariedade. Foi um abuso de autoridade. Se tivéssemos reagido, com certeza teríamos sido presos com aquela quantidade enorme de policiais", afirma.
O coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo, Dourado Tapeba, afirma que ação visa arrendamento da terra.
Articulações
Aline Furtado, advogada do Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza, afirma que a instituição está se articulando judicialmente com o Ministério Público Federal para a solução dos casos de despejos
Segundo a advogada, a ação realizada pela Polícia no último dia 22 não foi a primeira. "Na ação passada, o processo também aconteceu à revelia, sem conhecimento público", afirma. Durante esse processo, a Funai realizou uma intervenção e apenas uma casa foi demolida.
A Funai afirma que a terra já havia sido identificada e é reivindicada, por isso, não poderia haver a ordem de demolição.
De acordo com informações da Acita, os indígenas da Aldeia Sobradinho estão vivendo em moradias improvisadas com lonas e pedaços de paus.
Prejuízos
Apesar do congestionamento não ter sido intenso no local, caminhoneiros que trafegavam pela BR-222 reclamaram da falta de informação. "Nós pagamos caro para trafegar em estradas federais e somos prejudicados com esse bloqueio. Não temos nada a ver com isso. Além disso, a Polícia Rodoviária não avisou nada. Pensamos que estavam apenas ajeitando alguns buracos. E agora, como a gente faz?", disse Nilson Jorge Nascimento, caminhoneiro de Santa Catarina que passava pelo trecho.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1155579
Caucaia - Índios Tapeba realizaram protesto ontem pela manhã no KM 12 da BR-222, neste Município da Região Metropolitana de Fortaleza. Os indígenas, vestidos com cocar, pintados, portando lanças, burdunas e chocalhos, fizeram uma barreira com um trator, duas carroças e alguns pedaços de madeira.
A manifestação foi pacífica, e protestou pela demolição de todas as dez casas da Aldeia do Sobradinho. Cerca de 17 comunidades indígenas Tapebas estiveram no trecho interditado, em solidariedade aos moradores da aldeia demolida. A Polícia Rodoviária Federal foi até o local orientar os motoristas a pegarem vias alternativas.
Representantes da Defensoria Pública do Estado e do Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza estiveram no local acompanhando o movimento, e afirmaram que irão investigar os acontecimentos.
Demolições
Segundo Gabriel Tapeba, presidente da Associação das Comunidades dos Índios Tapebas de Caucaia (Acita), o bloqueio foi finalizado às 17h desta segunda-feira, no entanto, outros bloqueios podem acontecer ao longo desta semana, dependendo do posicionamento da Fundação Nacional do Índio (Funai), em relação às reivindicações.
Os índios reivindicam a publicação pela Funai do Relatório de Identificação e Delimitação da Terra Tapeba no Diário Oficial, além da reconstrução de todas as casas demolidas durante a ação do último dia 22.
Naquele dia, a Justiça determinou a demolição das dez casas erguidas no terreno localizado às margens da BR-020 e a reintegração da posse a um proprietário particular.
A ação aconteceu por volta das 6h30 da manhã, quando os moradores ainda estavam dormindo e, segundo informações da Acita, contou com a presença de cerca de 200 policiais do Batalhão de Choque, além de tratores e um helicóptero.
Gabriel Tapeba, presenciou o momento em que as casas foram demolidas e afirma que, em nenhum momento, os moradores foram notificados previamente do mandado. "A aldeia foi invadida por tratores pela manhã e os policias foram logo agredindo os moradores verbalmente. Nós tivemos nossos direitos desrespeitados. O Estado é responsável pelo danos causados à aldeia e tem que, pelo menos, reconstruir as casas demolidas", afirma Gabriel Tapeba.
Cacique Alberto, é morador da Aldeia Sobradinho e teve a sua casa demolida. "Eu tinha acabado de acordar quando ouvi o barulho de tratores entrando na aldeia. Eles não avisaram nada a ninguém, foram logo gritando, vindo com arbitrariedade. Foi um abuso de autoridade. Se tivéssemos reagido, com certeza teríamos sido presos com aquela quantidade enorme de policiais", afirma.
O coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo, Dourado Tapeba, afirma que ação visa arrendamento da terra.
Articulações
Aline Furtado, advogada do Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza, afirma que a instituição está se articulando judicialmente com o Ministério Público Federal para a solução dos casos de despejos
Segundo a advogada, a ação realizada pela Polícia no último dia 22 não foi a primeira. "Na ação passada, o processo também aconteceu à revelia, sem conhecimento público", afirma. Durante esse processo, a Funai realizou uma intervenção e apenas uma casa foi demolida.
A Funai afirma que a terra já havia sido identificada e é reivindicada, por isso, não poderia haver a ordem de demolição.
De acordo com informações da Acita, os indígenas da Aldeia Sobradinho estão vivendo em moradias improvisadas com lonas e pedaços de paus.
Prejuízos
Apesar do congestionamento não ter sido intenso no local, caminhoneiros que trafegavam pela BR-222 reclamaram da falta de informação. "Nós pagamos caro para trafegar em estradas federais e somos prejudicados com esse bloqueio. Não temos nada a ver com isso. Além disso, a Polícia Rodoviária não avisou nada. Pensamos que estavam apenas ajeitando alguns buracos. E agora, como a gente faz?", disse Nilson Jorge Nascimento, caminhoneiro de Santa Catarina que passava pelo trecho.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1155579
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