De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Noticias
Protesto indígena bloqueia Estrada de Ferro Carajás
06/07/2013
Fonte: OESP, Economia, p. B3
Protesto indígena bloqueia Estrada de Ferro Carajás
Índios de sete etnias pedem melhorias no atendimento médico da região; bloqueio teve início na quinta-feira
Ernesto Batista
ESPECIAL PARA O ESTADO / SÃO LUÍS
Cerca de 150 índios de sete etnias - Krenjê, Guajajara, Awá-Guajá, Apãniekra, Ramkokramekra, Gavião e Krikati - interditaram a Estrada de Ferro Carajás (EFC), no trecho que cruza a Aldeia Maçaranduba, Terra Indígena Caru, no município de Bom Jardim, a 283 quilômetros da capital maranhense, impedindo a circulação dos trens de minério de ferro e de passageiros da mineradora Vale, que opera a ferrovia.
O bloqueio começou na tarde de quinta-feira e até o fechamento desta edição ainda não havia sido liberada. Com a interdição, pelo menos 300 mil toneladas e 1.200 passageiros deixaram de ser transportados.
Os índios protestam contra a precariedade das condições de saúde e pedem a saída dos diretores do Distrito de Sanitário Especial Indígena (DSEI). É o mesmo motivo pelo qual os indígenas maranhenses ocuparam a sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em São Luís, há cerca de 10 dias - o ainda não foi desocupado.
De acordo com as lideranças do movimento, a ferrovia foi bloqueada porque o DSEI-Maranhão até agora não atendeu a nenhuma das reivindicações dos indígenas. "Então os parentes decidiram interditar a ferrovia para serem ouvidos", explica Lourenço Krikati, da Terra Indígena Krikati.
O que os povos pedem é a exoneração de Licínio Carmona, gestor do distrito, e Antonio Izildo, chefe da equipe de divisão técnica. "Eles desrespeitam o controle social da saúde indígena e a gestão é péssima. Precisamos de pessoas que priorizem o diálogo com o movimento indígena e as comunidades.
Além da substituição dos dirigentes, os povos exigem melhoras nas condições de trabalho dos servidores do DSEI. Desde o dia 24 de junho, as comunidades contabilizaram seis mortes por causa da falta de estrutura para o atendimento da saúde.
Esse bloqueio é a segunda ação do tipo registrada na EFC no Maranhão. No começo da semana, um grupo de moradores de Açailândia, um dos municípios maranhenses cortados pela estrada de ferro, interditaram a linha por duas horas.
Em nota, a Vale, informou que já esta de posse da ordem de reintegração de posse, expedida pela Justiça Federal, e que determina a imediata desocupação da EFC.
Alternativa
A Vale informou que por causa da interdição, todas as viagens do trem de passageiros foram canceladas. A empresa fretou ônibus para o transporte das pessoas prejudicadas.
OESP, 06/07/2013, Economia, p. B3
Índios de sete etnias pedem melhorias no atendimento médico da região; bloqueio teve início na quinta-feira
Ernesto Batista
ESPECIAL PARA O ESTADO / SÃO LUÍS
Cerca de 150 índios de sete etnias - Krenjê, Guajajara, Awá-Guajá, Apãniekra, Ramkokramekra, Gavião e Krikati - interditaram a Estrada de Ferro Carajás (EFC), no trecho que cruza a Aldeia Maçaranduba, Terra Indígena Caru, no município de Bom Jardim, a 283 quilômetros da capital maranhense, impedindo a circulação dos trens de minério de ferro e de passageiros da mineradora Vale, que opera a ferrovia.
O bloqueio começou na tarde de quinta-feira e até o fechamento desta edição ainda não havia sido liberada. Com a interdição, pelo menos 300 mil toneladas e 1.200 passageiros deixaram de ser transportados.
Os índios protestam contra a precariedade das condições de saúde e pedem a saída dos diretores do Distrito de Sanitário Especial Indígena (DSEI). É o mesmo motivo pelo qual os indígenas maranhenses ocuparam a sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em São Luís, há cerca de 10 dias - o ainda não foi desocupado.
De acordo com as lideranças do movimento, a ferrovia foi bloqueada porque o DSEI-Maranhão até agora não atendeu a nenhuma das reivindicações dos indígenas. "Então os parentes decidiram interditar a ferrovia para serem ouvidos", explica Lourenço Krikati, da Terra Indígena Krikati.
O que os povos pedem é a exoneração de Licínio Carmona, gestor do distrito, e Antonio Izildo, chefe da equipe de divisão técnica. "Eles desrespeitam o controle social da saúde indígena e a gestão é péssima. Precisamos de pessoas que priorizem o diálogo com o movimento indígena e as comunidades.
Além da substituição dos dirigentes, os povos exigem melhoras nas condições de trabalho dos servidores do DSEI. Desde o dia 24 de junho, as comunidades contabilizaram seis mortes por causa da falta de estrutura para o atendimento da saúde.
Esse bloqueio é a segunda ação do tipo registrada na EFC no Maranhão. No começo da semana, um grupo de moradores de Açailândia, um dos municípios maranhenses cortados pela estrada de ferro, interditaram a linha por duas horas.
Em nota, a Vale, informou que já esta de posse da ordem de reintegração de posse, expedida pela Justiça Federal, e que determina a imediata desocupação da EFC.
Alternativa
A Vale informou que por causa da interdição, todas as viagens do trem de passageiros foram canceladas. A empresa fretou ônibus para o transporte das pessoas prejudicadas.
OESP, 06/07/2013, Economia, p. B3
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.