De Pueblos Indígenas en Brasil
Noticias
Assembléia da AYRCA proíbe retirada de madeira de suas terras
22/09/2005
Fonte: CCPY-Comissão Pró-Yanomami-Boa Vista-RR
Assembléia da AYRCA proíbe retirada de madeira de suas terras
Durante a sua última assembléia em Maturacá (AM), de 25 a 27 de julho, lideranças da Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes (AYRCA) proibiram a retirada de madeira de suas terras pelos missionários Salesianos. Segundo os líderes, a madeira era levada, processada e revendida aos próprios Yanomami por um missionário da Inspetoria Salesiana do Amazonas que atua na região desde 1955. A partir desta decisão, a AYRCA se tornará a única responsável pela comercialização da madeira, caso os religiosos desejem adquiri-la.
De acordo com o missionário Raimundo Fernando dos Santos Araújo, diretor da escola da Missão Maturacá, apesar de a prática de troca de produtos existir em regime de cantina, a extração da madeira não tinha fins comerciais. O missionário ressalta, no entanto, que "de fato, há uma situação controversa, que pode escapar do nosso controle, mas a questão é não generalizar dessa forma. São os próprios Yanomami que trazem os produtos pedindo para fazer as trocas. Nós estamos fechando a despensa (cantina) por causa dessa situação, por ordem de superior nosso. Eles pedem que não acabem, pois não têm onde comprar, onde trocar. Temos até grande prejuízo em manter a despensa, de três mil reais, porque alguns objetos de troca não têm retorno, como bananas. O que dá retorno é só o artesanato, o restante não", afirmou Raimundo Fernando de Araújo.
Mais de 300 Yanomami participantes da assembléia ajudaram a escolher a nova diretoria da associação, reelegendo como presidente o Yanomami Armindo Góes Melo, juntamente com José Mario Pereira Góes (vice-presidente), Ruberval Figueredo Mendonça (secretário) e Severo Braulino de Braga (tesoureiro). O evento contou com a presença do presidente da Hutukara Associação Yanomami, Davi Kopenawa, e do coordenador do programa agroflorestal da Comissão Pró-Yanomami, Ednelson Pereira, entre outros representantes de instituições governamentais e não-governamentais.
Além da questão da exploração de madeira, a criação e manutenção de projetos educacionais foi um dos principais tópicos levantados durante a assembléia. Um dos objetivos da nova diretoria é, assim, solicitar à Secretaria Municipal de Educação de São Gabriel da Cachoeira a implantação da primeira série do ensino fundamental nas comunidades de Ariabu e Maturacá. A ampliação do espaço físico da escola da comunidade de Maia, que não comporta mais todas as crianças em idade escolar, e o início do funcionamento da escola em Inambu, já construída, também foram reivindicados como ações prioritárias.
Durante a sua última assembléia em Maturacá (AM), de 25 a 27 de julho, lideranças da Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes (AYRCA) proibiram a retirada de madeira de suas terras pelos missionários Salesianos. Segundo os líderes, a madeira era levada, processada e revendida aos próprios Yanomami por um missionário da Inspetoria Salesiana do Amazonas que atua na região desde 1955. A partir desta decisão, a AYRCA se tornará a única responsável pela comercialização da madeira, caso os religiosos desejem adquiri-la.
De acordo com o missionário Raimundo Fernando dos Santos Araújo, diretor da escola da Missão Maturacá, apesar de a prática de troca de produtos existir em regime de cantina, a extração da madeira não tinha fins comerciais. O missionário ressalta, no entanto, que "de fato, há uma situação controversa, que pode escapar do nosso controle, mas a questão é não generalizar dessa forma. São os próprios Yanomami que trazem os produtos pedindo para fazer as trocas. Nós estamos fechando a despensa (cantina) por causa dessa situação, por ordem de superior nosso. Eles pedem que não acabem, pois não têm onde comprar, onde trocar. Temos até grande prejuízo em manter a despensa, de três mil reais, porque alguns objetos de troca não têm retorno, como bananas. O que dá retorno é só o artesanato, o restante não", afirmou Raimundo Fernando de Araújo.
Mais de 300 Yanomami participantes da assembléia ajudaram a escolher a nova diretoria da associação, reelegendo como presidente o Yanomami Armindo Góes Melo, juntamente com José Mario Pereira Góes (vice-presidente), Ruberval Figueredo Mendonça (secretário) e Severo Braulino de Braga (tesoureiro). O evento contou com a presença do presidente da Hutukara Associação Yanomami, Davi Kopenawa, e do coordenador do programa agroflorestal da Comissão Pró-Yanomami, Ednelson Pereira, entre outros representantes de instituições governamentais e não-governamentais.
Além da questão da exploração de madeira, a criação e manutenção de projetos educacionais foi um dos principais tópicos levantados durante a assembléia. Um dos objetivos da nova diretoria é, assim, solicitar à Secretaria Municipal de Educação de São Gabriel da Cachoeira a implantação da primeira série do ensino fundamental nas comunidades de Ariabu e Maturacá. A ampliação do espaço físico da escola da comunidade de Maia, que não comporta mais todas as crianças em idade escolar, e o início do funcionamento da escola em Inambu, já construída, também foram reivindicados como ações prioritárias.
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.