De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Moradores da Enseada de Brito e índios guaranis voltam a viver em clima de tensão
31/07/2017
Autor: Brunela Maria
Fonte: Notícias do Dia ndonline.com.br
O processo de demarcação da reserva indígena na região do Morro dos Cavalos e da Enseada de Brito, em Palhoça, volta a provocar tensão entre os índios guaranis e os moradores da região. Enquanto as famílias dizem que suas terras estão sendo invadidas, os indígenas cobram agilidade da Funai (Fundação Nacional do Índio) para homologar a conclusão dos trabalhos.
Um grupo de 200 moradores da região fez um protesto, na manhã de domingo (30), nas proximidades da BR-101, em apoio à famílias que, segundo eles, estariam sendo impedidas de ter acesso às suas casas, já ocupadas pelos guaranis. O presidente da Associação dos Moradores da Enseada do Brito, Rodrigo Rosa, disse que a mobilização reforça o descontentamento da comunidade "diante das recentes invasões nos imóveis com escritura pública". Para a comunidade, segundo ele, há irregularidades no processo de demarcação "Isso tirou os lares de pessoas da comunidade e prejudicou muitas famílias, que inclusive moram aqui há mais de 100 anos. Se for homologado, essas pessoas terão que sair de suas casas", comenta.
Morador há quase 20 anos da Enseada do Brito, o motorista Valdeci Amado dos Passos, 43, diz que a situação é insustentável. Ele teme sofrer uma invasão ou qualquer outro atentado por conta do entrave na justiça. "Temos medo porque envolve muitas questões. Um pessoal do governo e também da Funai esteve aqui avaliando nossa casa, ofereceram R$ 25 mil e não aceitei desocupar", conta. O terreno que faz parte da área demarcada foi uma herança de família e segundo antecipa, não pretende sair do local sob nenhuma possibilidade. Conforme Passos, uma residência que permanecia fechada foi invadida pelos índios. No mesmo terreno eles montaram quatro barracas de lona e madeira.
Indígenas dizem que posse já está definida
Para os indígenas, a espera pela homologação dos 1.989 hectares delimitados e sinalizados nas localidades da Baixada do Massiambu, Morro dos Cavalos e Enseada do Brito, em Palhoça, já dura 20 anos. O caminho para a conquista definitiva das terras onde teriam vivido seus antepassados é repleto disputas não apenas com a população local, mas como o governo e dirigentes de entidades como a Funai.
Nas redes sociais, no final de semana, a organização dos guaranis definiu o domingo como mais um dia de luta e mostrou integrantes da comunidade pintados e armados com arcos e flechas. Também disse que, mais uma vez, políticos de Palhoça estavam tentando se promover às custas da causa indígena. Também garantiu que não há nenhum tipo de invasão.
"Estamos vivendo em cima do que é nosso. Não invadimos, não tomamos terra de ninguém, nossa terra é um território demarcado com portaria declaratória e isso perante o branco é o documento oficial que reconhece e garante nossa permanência nesse espaço", disse a dirigente da Comissão Guarani, Yvyrupa, Kerexu Yxapyry
A Funai, que acompanha o processo desde 1992, não se manifestou a respeito do assunto.
https://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/moradores-da-enseada-de-brito-e-indios-guaranis-voltam-a-viver-em-clima-de-tensao
Um grupo de 200 moradores da região fez um protesto, na manhã de domingo (30), nas proximidades da BR-101, em apoio à famílias que, segundo eles, estariam sendo impedidas de ter acesso às suas casas, já ocupadas pelos guaranis. O presidente da Associação dos Moradores da Enseada do Brito, Rodrigo Rosa, disse que a mobilização reforça o descontentamento da comunidade "diante das recentes invasões nos imóveis com escritura pública". Para a comunidade, segundo ele, há irregularidades no processo de demarcação "Isso tirou os lares de pessoas da comunidade e prejudicou muitas famílias, que inclusive moram aqui há mais de 100 anos. Se for homologado, essas pessoas terão que sair de suas casas", comenta.
Morador há quase 20 anos da Enseada do Brito, o motorista Valdeci Amado dos Passos, 43, diz que a situação é insustentável. Ele teme sofrer uma invasão ou qualquer outro atentado por conta do entrave na justiça. "Temos medo porque envolve muitas questões. Um pessoal do governo e também da Funai esteve aqui avaliando nossa casa, ofereceram R$ 25 mil e não aceitei desocupar", conta. O terreno que faz parte da área demarcada foi uma herança de família e segundo antecipa, não pretende sair do local sob nenhuma possibilidade. Conforme Passos, uma residência que permanecia fechada foi invadida pelos índios. No mesmo terreno eles montaram quatro barracas de lona e madeira.
Indígenas dizem que posse já está definida
Para os indígenas, a espera pela homologação dos 1.989 hectares delimitados e sinalizados nas localidades da Baixada do Massiambu, Morro dos Cavalos e Enseada do Brito, em Palhoça, já dura 20 anos. O caminho para a conquista definitiva das terras onde teriam vivido seus antepassados é repleto disputas não apenas com a população local, mas como o governo e dirigentes de entidades como a Funai.
Nas redes sociais, no final de semana, a organização dos guaranis definiu o domingo como mais um dia de luta e mostrou integrantes da comunidade pintados e armados com arcos e flechas. Também disse que, mais uma vez, políticos de Palhoça estavam tentando se promover às custas da causa indígena. Também garantiu que não há nenhum tipo de invasão.
"Estamos vivendo em cima do que é nosso. Não invadimos, não tomamos terra de ninguém, nossa terra é um território demarcado com portaria declaratória e isso perante o branco é o documento oficial que reconhece e garante nossa permanência nesse espaço", disse a dirigente da Comissão Guarani, Yvyrupa, Kerexu Yxapyry
A Funai, que acompanha o processo desde 1992, não se manifestou a respeito do assunto.
https://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/moradores-da-enseada-de-brito-e-indios-guaranis-voltam-a-viver-em-clima-de-tensao
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