De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Caatinga e terras indígenas receberão recursos do fundo global de biodiversidade
01/04/2024
Fonte: Valor Econômico, Brasil, p. A6
Caatinga e terras indígenas receberão recursos do fundo global de biodiversidade
Dois projetos brasileiros foram escolhidos pelo mecanismo criado na COP 15, a conferência da biodiversidade de Montreal, em 2022
Daniela Chiaretti
01/04/2024
Dois projetos brasileiros estão entre os quatro primeiros do novo fundo global de biodiversidade criado há um ano e decidido na conferência das Nações Unidas para a Biodiversidade, a COP 15, no Canadá, em 2022. Um deles pretende ampliar a conservação da Caatinga e o segundo, apoiar povos indígenas. Os dois somam US$ 19 milhões.
Os quatro projetos chegam US$ 40 milhões em doações via Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). O GEF é administrado pelo Banco Mundial, com governança independente. Além do Brasil há um projeto aprovado no México (de US$ 18 milhões) e outro no Gabão (de US$ 1,5 milhão).
Uma das propostas brasileiras pretende garantir o uso sustentável da biodiversidade em terras indígenas. Os recursos, de US$ 9,8 milhões, vêm do GEF para o Funbio, o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade. O outro projeto, de US$ 9,77 milhões, quer melhorar a gestão de unidades de conservação na Caatinga e os recursos vão para o Funbio e o WWF.
"A Caatinga, como o Cerrado, foi o bioma brasileiro com menos foco nos esforços de proteção nacionais e internacionais", diz Claude Gascon, diretor de estratégia e operações do Fundo Global para o Meio Ambiente, o GEF. "Os dois projetos colocam foco na biodiversidade na Caatinga e na Amazônia, mas terão impacto imenso na proteção do clima e irão apoiar povos indígenas e comunidades", segue.
O novo fundo foi aprovado em reunião do conselho do GEF em junho, no Brasil. O fundo da biodiversidade foi formado para financiar as metas do Marco Global da Biodiversidade de Kunming-Motreal, uma decisão tão importante para conter a perda de espécies e ecossistemas no mundo como o Acordo de Paris foi para o clima.
"Pela primeira vez na história dos fundos ambientais globais, um ano depois da decisão de criar o fundo conseguimos colocá-lo de pé e em menos de um ano da criação, temos recursos saindo para os países", diz Gascon. O Global Biodiversity Framework Fund (GBFF), ou Fundo do Marco Global para a Biodiversidade, pretende mobilizar recursos de fontes públicas, privadas e filantrópicas.
O fundo começou com US$ 230 milhões de recursos do Canadá, Reino Unido, Alemanha, Japão, Espanha e Luxemburgo. A ideia é acelerar investimentos em conservação, proteger ecossistemas e espécies de incêndios, inundações e desmatamento, por exemplo. Pelo menos 20% dos recursos do GBFF devem apoiar iniciativas de povos indígenas relacionadas à preservação. Também priorizará pequenas ilhas e países menos desenvolvidos, que devem receber um terço dos recursos do GBFF.
Gascon está no Brasil para participar de duas reuniões do G20, uma do grupo de trabalho de Finanças Sustentáveis e a outra da Força-Tarefa do clima. "O GEF é convidado pelo Ministério da Fazenda para participar dos dois comitês", diz. "A razão é que o GEF é o mecanismo que vem financiando investimentos de clima, entre outros, para países em desenvolvimento", segue. O GEF apoia as convenções da ONU de clima, biodiversidade e desertificação. "Os dois projetos aprovados e outros, do GEF, se encaixam na visão do Plano de Transição Ecológica do Brasil".
O Marco Global da Biodiversidade tem 23 metas. Uma das mais famosas é a que diz que o mundo deve preservar 30% de áreas terrestres e 30% de regiões costeiras e marinhas em 2030. O debate pelo novo fundo foi controverso na COP de Montreal. Os países em desenvolvimento, inclusive o Brasil, queriam um fundo próprio para a biodiversidade, com recursos dos países ricos aos em desenvolvimento, de US$ 100 bilhões ao ano. O acordo final, contudo, foi de instalar um fundo específico sob o GEF, para ser mais rápido e eficiente.
O atual orçamento do GEF, de 2022 a 2026, é de US$ 5,33 bilhões, um aumento de 30% sobre o período anterior. "No GEF buscamos integrar recursos em projetos que beneficiem clima, biodiversidade e terras", diz Gascon. "Proteger a biodiversidade em florestas tropicais também reduz as emissões de carbono, mantém a qualidade dos solos, preserva serviços ecossistêmicos de água e polinização, entre outros, além de proteger o ecossistema e as espécies", diz ele.
Valor Econômico, 01/04/2024, Brasil, p. A6
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2024/04/01/caatinga-e-terras-indigenas-receberao-recursos-do-fundo-global-de-biodiversidade.ghtml
Dois projetos brasileiros foram escolhidos pelo mecanismo criado na COP 15, a conferência da biodiversidade de Montreal, em 2022
Daniela Chiaretti
01/04/2024
Dois projetos brasileiros estão entre os quatro primeiros do novo fundo global de biodiversidade criado há um ano e decidido na conferência das Nações Unidas para a Biodiversidade, a COP 15, no Canadá, em 2022. Um deles pretende ampliar a conservação da Caatinga e o segundo, apoiar povos indígenas. Os dois somam US$ 19 milhões.
Os quatro projetos chegam US$ 40 milhões em doações via Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). O GEF é administrado pelo Banco Mundial, com governança independente. Além do Brasil há um projeto aprovado no México (de US$ 18 milhões) e outro no Gabão (de US$ 1,5 milhão).
Uma das propostas brasileiras pretende garantir o uso sustentável da biodiversidade em terras indígenas. Os recursos, de US$ 9,8 milhões, vêm do GEF para o Funbio, o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade. O outro projeto, de US$ 9,77 milhões, quer melhorar a gestão de unidades de conservação na Caatinga e os recursos vão para o Funbio e o WWF.
"A Caatinga, como o Cerrado, foi o bioma brasileiro com menos foco nos esforços de proteção nacionais e internacionais", diz Claude Gascon, diretor de estratégia e operações do Fundo Global para o Meio Ambiente, o GEF. "Os dois projetos colocam foco na biodiversidade na Caatinga e na Amazônia, mas terão impacto imenso na proteção do clima e irão apoiar povos indígenas e comunidades", segue.
O novo fundo foi aprovado em reunião do conselho do GEF em junho, no Brasil. O fundo da biodiversidade foi formado para financiar as metas do Marco Global da Biodiversidade de Kunming-Motreal, uma decisão tão importante para conter a perda de espécies e ecossistemas no mundo como o Acordo de Paris foi para o clima.
"Pela primeira vez na história dos fundos ambientais globais, um ano depois da decisão de criar o fundo conseguimos colocá-lo de pé e em menos de um ano da criação, temos recursos saindo para os países", diz Gascon. O Global Biodiversity Framework Fund (GBFF), ou Fundo do Marco Global para a Biodiversidade, pretende mobilizar recursos de fontes públicas, privadas e filantrópicas.
O fundo começou com US$ 230 milhões de recursos do Canadá, Reino Unido, Alemanha, Japão, Espanha e Luxemburgo. A ideia é acelerar investimentos em conservação, proteger ecossistemas e espécies de incêndios, inundações e desmatamento, por exemplo. Pelo menos 20% dos recursos do GBFF devem apoiar iniciativas de povos indígenas relacionadas à preservação. Também priorizará pequenas ilhas e países menos desenvolvidos, que devem receber um terço dos recursos do GBFF.
Gascon está no Brasil para participar de duas reuniões do G20, uma do grupo de trabalho de Finanças Sustentáveis e a outra da Força-Tarefa do clima. "O GEF é convidado pelo Ministério da Fazenda para participar dos dois comitês", diz. "A razão é que o GEF é o mecanismo que vem financiando investimentos de clima, entre outros, para países em desenvolvimento", segue. O GEF apoia as convenções da ONU de clima, biodiversidade e desertificação. "Os dois projetos aprovados e outros, do GEF, se encaixam na visão do Plano de Transição Ecológica do Brasil".
O Marco Global da Biodiversidade tem 23 metas. Uma das mais famosas é a que diz que o mundo deve preservar 30% de áreas terrestres e 30% de regiões costeiras e marinhas em 2030. O debate pelo novo fundo foi controverso na COP de Montreal. Os países em desenvolvimento, inclusive o Brasil, queriam um fundo próprio para a biodiversidade, com recursos dos países ricos aos em desenvolvimento, de US$ 100 bilhões ao ano. O acordo final, contudo, foi de instalar um fundo específico sob o GEF, para ser mais rápido e eficiente.
O atual orçamento do GEF, de 2022 a 2026, é de US$ 5,33 bilhões, um aumento de 30% sobre o período anterior. "No GEF buscamos integrar recursos em projetos que beneficiem clima, biodiversidade e terras", diz Gascon. "Proteger a biodiversidade em florestas tropicais também reduz as emissões de carbono, mantém a qualidade dos solos, preserva serviços ecossistêmicos de água e polinização, entre outros, além de proteger o ecossistema e as espécies", diz ele.
Valor Econômico, 01/04/2024, Brasil, p. A6
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2024/04/01/caatinga-e-terras-indigenas-receberao-recursos-do-fundo-global-de-biodiversidade.ghtml
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