De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Noticias
Impactos de uma seca recorde que não é de hoje
05/09/2024
Fonte: FSP - https://www1.folha.uol.com.br/
Impactos de uma seca recorde que não é de hoje
Estiagem, a mais intensa desde 1950, já dava sinais anteriores de agravamento; mudança climática afeta economia e saúde
05/09/2024
O Brasil enfrenta a pior seca desde o longínquo 1950, início da série histórica do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. A estiagem não surgiu do nada. Ela dá sinais de agravamento há muitos anos.
Quase foi necessário fazer racionamento de água em diversas regiões em 2014, 2017 e 2021. Em 2023, cidades da Amazônia ficaram encobertas por fumaça de queimadas, e o Rio Negro atingiu o menor nível em 120 anos.
Diretamente imbricada com com o meio ambiente, a agropecuária por óbvio é afetada. Segundo estimativas do Ipea, apresentados em coluna do economista Bráulio Borges na Folha, a produtividade do setor cresceu 4% ao ano entre 1970 e 2011, mas só 1,5% ao ano de 2012 a 2021.
De acordo com o IBGE, no segundo trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto da agropecuária recuou 2,3% ante os três meses anteriores. Em relação ao período correspondente do ano passado, a queda foi de 2,9%.
Decerto se deve considerar que em 2023 colheu-se uma safra de grãos excepcional de 315,4 milhões de toneladas, que impulsionou uma alta do PIB agrícola de 15,1% ante 2022. Por isso uma queda neste ano já era esperada.
Além da base de comparação atípica, a Confederação da Agricultura e Pecuária dá ênfase à sazonalidade típica do setor e ao fenômeno climático El Niño como motivos para a queda. Há mais.
A própria intensidade do El Niño e eventos extremos como as enchentes no Rio Grande do Sul se relacionam aos impactos do aquecimento global -para o qual o país e particularmente o agronegócio contribuem com o avanço do desmatamento, sobretudo na região amazônica.
Com a energia adicionada à atmosfera, há mais evaporação e formação de nuvens que despejam tempestades mais volumosas em períodos curtos.
O início da estação de chuvas também se desloca no calendário, prejudicando a semeadura. Para nada dizer das estiagens prolongadas, como a do presente, e dos ventos secos que propagam queimadas e incêndios florestais.
Como ao poder público e à sociedade em geral, cabe ao agronegócio reconhecer que uma transformação mais ampla do clima está em curso -em não poucos casos superando a propaganda anticientífica que grassa em seu ambiente político e ideológico.
A intensidade atípica do calor e das chuvas no verão deste 2023, por exemplo, já era prevista por pesquisadores brasileiros e organismos internacionais desde o começo do ano passado.
Mesmo assim, governo federal, estados e municípios não se mostraram capazes de enfrentar a contento os efeitos dessas mudanças, que incluíram até a explosão dos casos de dengue.
Com a estiagem, que não é de agora, são afetadas a oferta de alimentos, a produção de eletricidade, a saúde pública, a qualidade do ar, o poder aquisitivo da população. Nada há de abstrato nem de imprevisível nisso.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/09/impactos-de-uma-seca-recorde-que-nao-e-de-hoje.shtml
Estiagem, a mais intensa desde 1950, já dava sinais anteriores de agravamento; mudança climática afeta economia e saúde
05/09/2024
O Brasil enfrenta a pior seca desde o longínquo 1950, início da série histórica do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. A estiagem não surgiu do nada. Ela dá sinais de agravamento há muitos anos.
Quase foi necessário fazer racionamento de água em diversas regiões em 2014, 2017 e 2021. Em 2023, cidades da Amazônia ficaram encobertas por fumaça de queimadas, e o Rio Negro atingiu o menor nível em 120 anos.
Diretamente imbricada com com o meio ambiente, a agropecuária por óbvio é afetada. Segundo estimativas do Ipea, apresentados em coluna do economista Bráulio Borges na Folha, a produtividade do setor cresceu 4% ao ano entre 1970 e 2011, mas só 1,5% ao ano de 2012 a 2021.
De acordo com o IBGE, no segundo trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto da agropecuária recuou 2,3% ante os três meses anteriores. Em relação ao período correspondente do ano passado, a queda foi de 2,9%.
Decerto se deve considerar que em 2023 colheu-se uma safra de grãos excepcional de 315,4 milhões de toneladas, que impulsionou uma alta do PIB agrícola de 15,1% ante 2022. Por isso uma queda neste ano já era esperada.
Além da base de comparação atípica, a Confederação da Agricultura e Pecuária dá ênfase à sazonalidade típica do setor e ao fenômeno climático El Niño como motivos para a queda. Há mais.
A própria intensidade do El Niño e eventos extremos como as enchentes no Rio Grande do Sul se relacionam aos impactos do aquecimento global -para o qual o país e particularmente o agronegócio contribuem com o avanço do desmatamento, sobretudo na região amazônica.
Com a energia adicionada à atmosfera, há mais evaporação e formação de nuvens que despejam tempestades mais volumosas em períodos curtos.
O início da estação de chuvas também se desloca no calendário, prejudicando a semeadura. Para nada dizer das estiagens prolongadas, como a do presente, e dos ventos secos que propagam queimadas e incêndios florestais.
Como ao poder público e à sociedade em geral, cabe ao agronegócio reconhecer que uma transformação mais ampla do clima está em curso -em não poucos casos superando a propaganda anticientífica que grassa em seu ambiente político e ideológico.
A intensidade atípica do calor e das chuvas no verão deste 2023, por exemplo, já era prevista por pesquisadores brasileiros e organismos internacionais desde o começo do ano passado.
Mesmo assim, governo federal, estados e municípios não se mostraram capazes de enfrentar a contento os efeitos dessas mudanças, que incluíram até a explosão dos casos de dengue.
Com a estiagem, que não é de agora, são afetadas a oferta de alimentos, a produção de eletricidade, a saúde pública, a qualidade do ar, o poder aquisitivo da população. Nada há de abstrato nem de imprevisível nisso.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/09/impactos-de-uma-seca-recorde-que-nao-e-de-hoje.shtml
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.