De Pueblos Indígenas en Brasil
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MPF e Mercado Livre firmam acordo para combater comércio ilegal de mercúrio
30/09/2024
Fonte: MPF - https://www.mpf.mp.br/am/sala-de-imprensa/noticias-am/mpf-e-mercado-livre-firmam-acordo-para-c
MPF e Mercado Livre firmam acordo para combater comércio ilegal de mercúrio
30 de Setembro de 2024 às 9h41
Parceria prevê a remoção de anúncios da substância no site, a pedido do MPF e de maneira proativa, quando identificado pela plataforma
Foto mostra, em primeiro plano, uma miniatura de carrinho de compras de metal com detalhes em amarelo e pequenas caixas de papel dentro, sobre uma mesa, tendo ao lado outras pequenas caixas de papel; ao fundo, desfocado, há uma pessoa com a mão esquerda sobre o teclado de um notebook, que está sobre a mesa, e com um cartão magnético na mão esquerda
Foto ilustrativa: Freepik.com
O Ministério Público Federal (MPF) e o site Mercado Livre celebraram acordo para o combate do comércio ilegal de mercúrio líquido e produtos relacionados na plataforma. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado busca reforçar a proteção ambiental e a saúde pública, tendo em vista que o mercúrio, frequentemente utilizado em atividades ilegais de garimpo, é altamente tóxico e representa grave risco à biodiversidade amazônica e às populações indígenas.
O acordo prevê que o Mercado Livre crie um canal exclusivo, denominado Cooperation Agreement Program (CAP), para que o MPF possa realizar pedidos de remoção de anúncios ilegais relacionados ao mercúrio líquido. Além disso, a plataforma de vendas compromete-se a usar ferramentas tecnológicas para identificar e remover proativamente outros anúncios similares.
Caso confirmada a comercialização ilegal da substância e feito o pedido de remoção por parte do MPF, o Mercado Livre deverá retirar o anúncio indicado pelo endereço eletrônico específico, no prazo de até 24 horas, se realizado pelo CAP; ou, no prazo de até cinco dias úteis do recebimento do pedido, se realizado por outros meios.
Em caso de descumprimento do prazo estabelecido, o MPF notificará o Mercado Livre para que, no período de dez dias úteis, remova o conteúdo devidamente indicado, sob pena de multa diária no valor de R$ 1 mil, limitada a R$ 100 mil, em favor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD).
Com validade de três anos, o TAC reforça o compromisso do MPF e da plataforma em combater atividades ilícitas que estejam em desacordo com a legislação ambiental vigente e que ameacem a Amazônia. A medida é fruto da atuação do 2o Ofício da Amazônia Ocidental, especializado no enfrentamento do garimpo ilegal nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima.
Inquérito - O acordo firmado com o Mercado Livre é resultado do Inquérito Civil no 1.13.000.000170/2024-66, instaurado no início de 2024, que identificou irregularidades na comercialização da substância, considerada altamente tóxica para o meio ambiente e saúde pública, especialmente na Amazônia.
O inquérito foi iniciado após o MPF constatar que o Mercado Livre estava sendo utilizado por vendedores para anunciar mercúrio sem controle adequado, em violação à legislação ambiental. Em janeiro, o MPF expediu uma recomendação, que também foi cumprida pela plataforma.
Convenção de Minamata - Desde 2013, o Brasil é um dos 128 países signatários da Convenção de Minamata, tratado que estabeleceu uma série de regras e restrições para a produção e o comércio de mercúrio. A imposição de limites e diretrizes rígidas para a circulação do mercúrio se deve a seus efeitos nocivos à saúde humana, com consequências irreparáveis no desenvolvimento de crianças e a geração de distúrbios nos sistemas nervoso, respiratório e digestivo de pessoas expostas ao contato prolongado com a substância, entre outros prejuízos.
Mercúrio na Amazônia - Em estudo inédito divulgado em 2023, a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz) - em conjunto com a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), o Greenpeace, o Iepé, o Instituto Socioambiental e a WWF-Brasil - identificou que os peixes consumidos pela população em seis estados da Amazônia brasileira têm concentração de mercúrio 21,3% acima do permitido.
Nos municípios amazonenses de Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, por exemplo, a contaminação por mercúrio foi encontrada em 50% dos peixes analisados. Segundo o estudo, o alto índice tem comprovada relação com a expansão dos garimpos ilegais de ouro.
Outro estudo realizado pela Ensp/Fiocruz, em 2019, com a população indígena Yanomami, constatou a presença de mercúrio em 56% das mulheres e crianças que habitam a região de Maturacá (AM).
Termo de Ajustamento de Conduta
Recomendação no 1/2024
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Amazonas
(92) 2129-4700
pram-ascom@mpf.mp.br
instagram.com/mpfamazonas
facebook.com/mpfamazonas
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MPF recomenda ao site Mercado Livre que exclua anúncios de venda ilegal de mercúrio para garimpo
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30 de Setembro de 2024 às 9h41
Parceria prevê a remoção de anúncios da substância no site, a pedido do MPF e de maneira proativa, quando identificado pela plataforma
Foto mostra, em primeiro plano, uma miniatura de carrinho de compras de metal com detalhes em amarelo e pequenas caixas de papel dentro, sobre uma mesa, tendo ao lado outras pequenas caixas de papel; ao fundo, desfocado, há uma pessoa com a mão esquerda sobre o teclado de um notebook, que está sobre a mesa, e com um cartão magnético na mão esquerda
Foto ilustrativa: Freepik.com
O Ministério Público Federal (MPF) e o site Mercado Livre celebraram acordo para o combate do comércio ilegal de mercúrio líquido e produtos relacionados na plataforma. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado busca reforçar a proteção ambiental e a saúde pública, tendo em vista que o mercúrio, frequentemente utilizado em atividades ilegais de garimpo, é altamente tóxico e representa grave risco à biodiversidade amazônica e às populações indígenas.
O acordo prevê que o Mercado Livre crie um canal exclusivo, denominado Cooperation Agreement Program (CAP), para que o MPF possa realizar pedidos de remoção de anúncios ilegais relacionados ao mercúrio líquido. Além disso, a plataforma de vendas compromete-se a usar ferramentas tecnológicas para identificar e remover proativamente outros anúncios similares.
Caso confirmada a comercialização ilegal da substância e feito o pedido de remoção por parte do MPF, o Mercado Livre deverá retirar o anúncio indicado pelo endereço eletrônico específico, no prazo de até 24 horas, se realizado pelo CAP; ou, no prazo de até cinco dias úteis do recebimento do pedido, se realizado por outros meios.
Em caso de descumprimento do prazo estabelecido, o MPF notificará o Mercado Livre para que, no período de dez dias úteis, remova o conteúdo devidamente indicado, sob pena de multa diária no valor de R$ 1 mil, limitada a R$ 100 mil, em favor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD).
Com validade de três anos, o TAC reforça o compromisso do MPF e da plataforma em combater atividades ilícitas que estejam em desacordo com a legislação ambiental vigente e que ameacem a Amazônia. A medida é fruto da atuação do 2o Ofício da Amazônia Ocidental, especializado no enfrentamento do garimpo ilegal nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima.
Inquérito - O acordo firmado com o Mercado Livre é resultado do Inquérito Civil no 1.13.000.000170/2024-66, instaurado no início de 2024, que identificou irregularidades na comercialização da substância, considerada altamente tóxica para o meio ambiente e saúde pública, especialmente na Amazônia.
O inquérito foi iniciado após o MPF constatar que o Mercado Livre estava sendo utilizado por vendedores para anunciar mercúrio sem controle adequado, em violação à legislação ambiental. Em janeiro, o MPF expediu uma recomendação, que também foi cumprida pela plataforma.
Convenção de Minamata - Desde 2013, o Brasil é um dos 128 países signatários da Convenção de Minamata, tratado que estabeleceu uma série de regras e restrições para a produção e o comércio de mercúrio. A imposição de limites e diretrizes rígidas para a circulação do mercúrio se deve a seus efeitos nocivos à saúde humana, com consequências irreparáveis no desenvolvimento de crianças e a geração de distúrbios nos sistemas nervoso, respiratório e digestivo de pessoas expostas ao contato prolongado com a substância, entre outros prejuízos.
Mercúrio na Amazônia - Em estudo inédito divulgado em 2023, a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz) - em conjunto com a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), o Greenpeace, o Iepé, o Instituto Socioambiental e a WWF-Brasil - identificou que os peixes consumidos pela população em seis estados da Amazônia brasileira têm concentração de mercúrio 21,3% acima do permitido.
Nos municípios amazonenses de Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, por exemplo, a contaminação por mercúrio foi encontrada em 50% dos peixes analisados. Segundo o estudo, o alto índice tem comprovada relação com a expansão dos garimpos ilegais de ouro.
Outro estudo realizado pela Ensp/Fiocruz, em 2019, com a população indígena Yanomami, constatou a presença de mercúrio em 56% das mulheres e crianças que habitam a região de Maturacá (AM).
Termo de Ajustamento de Conduta
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Assessoria de Comunicação
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(92) 2129-4700
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