De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Noticias
Economia regenerativa é a chave para mais negócios de baixo carbono
22/10/2024
Autor: PINHATI, Angela
Fonte: FSP - https://www1.folha.uol.com.br/
Economia regenerativa é a chave para mais negócios de baixo carbono
Para Angela Pinhati, diretora de sustentabilidade da Natura, modelo precisa ser expandido
Angela Pinhati
Diretora de Sustentabilidade da Natura
22/10/2024
A temperatura global apresentou um aumento médio de 1,52oC pela primeira vez, entre fevereiro de 2023 e janeiro de 2024, segundo o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus da União Europeia. Além disso, fenômenos como longos períodos de seca, ondas de calor e chuvas intensas estão se tornando mais acentuados, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.
O ritmo alarmante do aquecimento do planeta não é surpresa. As emissões globais de dióxido de carbono, advindas da produção de energia, alcançaram um novo recorde no ano passado, com um aumento de 1,1%.
Embora mais rígidos e robustos desde o Acordo de Paris, de 2015, as políticas e os compromissos ambientais atuais não se mostram efetivos para conter os riscos climáticos iminentes. O superaquecimento global poderá causar danos extremos e até irreversíveis ao planeta, incluindo o colapso da floresta amazônica, a desintegração de calotas polares e mudanças na corrente oceânica.
Uma solução possível para mitigar esses impactos é a economia regenerativa. Trata-se de um sistema que se desenvolve em conjunto com o bem-estar socioambiental, a restauração e revitalização de recursos naturais e sociais, e que combate a perda de biodiversidade.
Em paralelo, ela se mostra mais resiliente aos eventos climáticos extremos e estimula a harmonia entre seres humanos e meio ambiente, em uma lógica que une conservação à geração de mais prosperidade econômica para as populações.
A prática de neutralização de carbono -que envolve compensar as emissões de GEE (gases de efeito estufa) por meio da compra de créditos de carbono- tem caído em desuso. Hoje, é entendida como mitigação para além da cadeia de valor, uma prática que busca acelerar o atingimento do Net Zero global.
É necessário ir além e focar na regeneração dos ecossistemas como a chave para a transformação. Isso implica descarbonizar toda a cadeia de valor, envolver fornecedores e dar ênfase à promoção da justiça climática. Sem essa mudança de paradigma, será difícil o setor empresarial contribuir para uma economia que priorize a vida, o planeta e as pessoas, uma vez que o colapso climático seguirá castigando, de forma desproporcional, as populações mais vulneráveis.
A circularidade é outra solução que precisa ser expandida. Ela envolve logística reversa, reutilização de materiais e redução de resíduos para minimizar emissões ligadas à produção e ao descarte de produtos. A partir do uso de plástico reciclado, conseguimos evitar a emissão de mais de 3.000 toneladas de GEE.
Além disso, a agricultura regenerativa é essencial para restaurar ecossistemas e sequestrar carbono no solo. Um exemplo são sistemas agroflorestais, como o SAF Dendê, implantado há mais de 15 anos na cidade paraense de Tomé-Açu. Nosso projeto promove o cultivo de óleo de palma sustentável e resiliente às mudanças climáticas, enquanto regenera o solo e aumenta a renda e o bem-estar dos produtores.
As empresas têm um potencial maior de gerar impactos socioambientais; ao mesmo tempo, possuem licença da sociedade para operar. A compreensão por parte do setor privado sobre os desafios da emergência climática, portanto, é fundamental para tratá-la como um tema intrínseco às suas estratégias.
https://top-of-mind.folha.uol.com.br/2024/10/economia-regenerativa-e-a-chave-para-mais-negocios-de-baixo-carbono.shtml
Para Angela Pinhati, diretora de sustentabilidade da Natura, modelo precisa ser expandido
Angela Pinhati
Diretora de Sustentabilidade da Natura
22/10/2024
A temperatura global apresentou um aumento médio de 1,52oC pela primeira vez, entre fevereiro de 2023 e janeiro de 2024, segundo o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus da União Europeia. Além disso, fenômenos como longos períodos de seca, ondas de calor e chuvas intensas estão se tornando mais acentuados, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.
O ritmo alarmante do aquecimento do planeta não é surpresa. As emissões globais de dióxido de carbono, advindas da produção de energia, alcançaram um novo recorde no ano passado, com um aumento de 1,1%.
Embora mais rígidos e robustos desde o Acordo de Paris, de 2015, as políticas e os compromissos ambientais atuais não se mostram efetivos para conter os riscos climáticos iminentes. O superaquecimento global poderá causar danos extremos e até irreversíveis ao planeta, incluindo o colapso da floresta amazônica, a desintegração de calotas polares e mudanças na corrente oceânica.
Uma solução possível para mitigar esses impactos é a economia regenerativa. Trata-se de um sistema que se desenvolve em conjunto com o bem-estar socioambiental, a restauração e revitalização de recursos naturais e sociais, e que combate a perda de biodiversidade.
Em paralelo, ela se mostra mais resiliente aos eventos climáticos extremos e estimula a harmonia entre seres humanos e meio ambiente, em uma lógica que une conservação à geração de mais prosperidade econômica para as populações.
A prática de neutralização de carbono -que envolve compensar as emissões de GEE (gases de efeito estufa) por meio da compra de créditos de carbono- tem caído em desuso. Hoje, é entendida como mitigação para além da cadeia de valor, uma prática que busca acelerar o atingimento do Net Zero global.
É necessário ir além e focar na regeneração dos ecossistemas como a chave para a transformação. Isso implica descarbonizar toda a cadeia de valor, envolver fornecedores e dar ênfase à promoção da justiça climática. Sem essa mudança de paradigma, será difícil o setor empresarial contribuir para uma economia que priorize a vida, o planeta e as pessoas, uma vez que o colapso climático seguirá castigando, de forma desproporcional, as populações mais vulneráveis.
A circularidade é outra solução que precisa ser expandida. Ela envolve logística reversa, reutilização de materiais e redução de resíduos para minimizar emissões ligadas à produção e ao descarte de produtos. A partir do uso de plástico reciclado, conseguimos evitar a emissão de mais de 3.000 toneladas de GEE.
Além disso, a agricultura regenerativa é essencial para restaurar ecossistemas e sequestrar carbono no solo. Um exemplo são sistemas agroflorestais, como o SAF Dendê, implantado há mais de 15 anos na cidade paraense de Tomé-Açu. Nosso projeto promove o cultivo de óleo de palma sustentável e resiliente às mudanças climáticas, enquanto regenera o solo e aumenta a renda e o bem-estar dos produtores.
As empresas têm um potencial maior de gerar impactos socioambientais; ao mesmo tempo, possuem licença da sociedade para operar. A compreensão por parte do setor privado sobre os desafios da emergência climática, portanto, é fundamental para tratá-la como um tema intrínseco às suas estratégias.
https://top-of-mind.folha.uol.com.br/2024/10/economia-regenerativa-e-a-chave-para-mais-negocios-de-baixo-carbono.shtml
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.