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G20: Coiab e Apib cobram demarcação de terras e proteção de indígenas
18/11/2024
Fonte: BNC - https://bncamazonas.com.br
Marciely Ayap Tupari, representante indígena, cobra demarcação de terras, critica exploração de petróleo e alerta sobre retrocessos climáticos no G20 Social.
Em uma plenária sobre desenvolvimento sustentável no G20 Social, evento paralelo à Cúpula de Líderes do G20, Marciely Ayap Tupari, representante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), destacou a necessidade urgente de demarcação de terras indígenas e proteção das populações nativas contra invasores.
"A sustentabilidade, que hoje é apresentada como solução, sempre foi parte de nossas práticas. Mas o que estamos fazendo hoje terá impacto nos próximos 20 anos. Estamos pensando nas futuras gerações?", questionou Tupari.
Demarcação como pauta climática
A líder indígena ressaltou que os povos indígenas preservam 80% da biodiversidade global, apesar de representarem apenas 5% da população mundial. Segundo ela, isso é resultado de conhecimentos ancestrais e da resistência histórica das comunidades indígenas.
Tupari criticou o Marco Temporal, afirmando que ele representa um grande retrocesso nos direitos indígenas no Brasil. "Estamos debatendo para que a demarcação de terras seja reconhecida como uma estratégia climática no G20 Social", defendeu.
Além da demarcação, ela pediu maior proteção para as comunidades indígenas, que, segundo ela, enfrentaram invasores diretamente durante o governo anterior. "Não basta demarcar. É preciso garantir proteção", destacou.
Burocracia nos financiamentos
Tupari também criticou a dificuldade de acesso a financiamentos internacionais prometidos aos povos indígenas. Ela apontou que a burocracia de bancos multilaterais e do governo brasileiro impede que os recursos cheguem às comunidades nativas.
"Criam-se muitos fundos nas conferências climáticas, mas não vemos nada acontecer. Hoje, os movimentos indígenas estão criando seus próprios fundos para tentar acessar esses recursos", afirmou.
Críticas à exploração de petróleo
Outro ponto de destaque no discurso foi a oposição ao projeto da Petrobras de explorar petróleo na Margem Equatorial, que inclui a foz do rio Amazonas. A exploração é vista por ambientalistas como uma ameaça ao meio ambiente e ao combate às mudanças climáticas.
"Não podemos aumentar a extração de combustíveis fósseis se queremos conter o aquecimento global. Se o Brasil quer ser visto como um país sustentável, não pode explorar petróleo na Amazônia", declarou Tupari, sendo aplaudida pela plateia.
A líder também anunciou que os movimentos indígenas estão organizados para se manifestar contra a exploração da Margem Equatorial durante a COP 30, que será realizada em Belém, no Pará, no próximo ano.
https://bncamazonas.com.br/municipios/indigenas-8/
Em uma plenária sobre desenvolvimento sustentável no G20 Social, evento paralelo à Cúpula de Líderes do G20, Marciely Ayap Tupari, representante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), destacou a necessidade urgente de demarcação de terras indígenas e proteção das populações nativas contra invasores.
"A sustentabilidade, que hoje é apresentada como solução, sempre foi parte de nossas práticas. Mas o que estamos fazendo hoje terá impacto nos próximos 20 anos. Estamos pensando nas futuras gerações?", questionou Tupari.
Demarcação como pauta climática
A líder indígena ressaltou que os povos indígenas preservam 80% da biodiversidade global, apesar de representarem apenas 5% da população mundial. Segundo ela, isso é resultado de conhecimentos ancestrais e da resistência histórica das comunidades indígenas.
Tupari criticou o Marco Temporal, afirmando que ele representa um grande retrocesso nos direitos indígenas no Brasil. "Estamos debatendo para que a demarcação de terras seja reconhecida como uma estratégia climática no G20 Social", defendeu.
Além da demarcação, ela pediu maior proteção para as comunidades indígenas, que, segundo ela, enfrentaram invasores diretamente durante o governo anterior. "Não basta demarcar. É preciso garantir proteção", destacou.
Burocracia nos financiamentos
Tupari também criticou a dificuldade de acesso a financiamentos internacionais prometidos aos povos indígenas. Ela apontou que a burocracia de bancos multilaterais e do governo brasileiro impede que os recursos cheguem às comunidades nativas.
"Criam-se muitos fundos nas conferências climáticas, mas não vemos nada acontecer. Hoje, os movimentos indígenas estão criando seus próprios fundos para tentar acessar esses recursos", afirmou.
Críticas à exploração de petróleo
Outro ponto de destaque no discurso foi a oposição ao projeto da Petrobras de explorar petróleo na Margem Equatorial, que inclui a foz do rio Amazonas. A exploração é vista por ambientalistas como uma ameaça ao meio ambiente e ao combate às mudanças climáticas.
"Não podemos aumentar a extração de combustíveis fósseis se queremos conter o aquecimento global. Se o Brasil quer ser visto como um país sustentável, não pode explorar petróleo na Amazônia", declarou Tupari, sendo aplaudida pela plateia.
A líder também anunciou que os movimentos indígenas estão organizados para se manifestar contra a exploração da Margem Equatorial durante a COP 30, que será realizada em Belém, no Pará, no próximo ano.
https://bncamazonas.com.br/municipios/indigenas-8/
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