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São Paulo x Altamira: uma batalha de gigantes
24/09/2025
Autor: Carolina Dantas, Carolina Passos and Renata Hirota
Fonte: Info Amazonia - https://infoamazonia.org
São Paulo e Altamira são duas gigantes das emissões de carbono no Brasil. São Paulo porque tem uma imensa frota de veículos, liberando muitos gases do efeito estufa dentro do setor de transporte. Altamira porque é imensa em área - é o maior município do país, no Pará, dentro da Amazônia, e com a maior taxa de desmatamento acumulado desde pelo menos 2008, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
À primeira vista, sem conhecer o Brasil, um estrangeiro poderia apostar que São Paulo ganha a batalha como maior emissor de gases de efeito estufa. Isso porque, em outras potências emissoras, como Estados Unidos e China, as grandes cidades têm como principal fonte de liberação de CO₂e o setor de energia - assim como São Paulo -, além da indústria ou dos resíduos. É o caso de Xangai, na China, e de Nova York, nos Estados Unidos, por exemplo.
Mas, por aqui, é diferente. A Amazônia Legal brasileira contém um estoque de cerca de 49 bilhões de toneladas de carbono, sendo um dos maiores reservatórios do planeta, quantidade equivalente a quase tudo que o mundo inteiro emitiu em 2023. Só nas terras indígenas, são 12,9 bilhões de toneladas armazenadas, o que representa 26% desse total.
Preservada, a floresta mantém os rios voadores, que reciclam a umidade vinda do oceano e produzem a própria chuva, depois distribuída pela América do Sul. Já se sabe que entre 30% e 50% das precipitações na Amazônia se originam da transpiração de vapor d'água das árvores. Mas o que acontece se uma delas é derrubada?
O fenômeno é oposto. A floresta passa a ter um papel contrário, o de emissor de gás do efeito estufa. Um estudo publicado na revista "Nature" pela pesquisadora do Inpe Luciana Gatti revelou que, em algumas regiões da Amazônia, em especial no sudeste do Pará, a floresta já emite mais do que estoca carbono.
COP EM MAPAS
Este é um dos episódios da série COP em Mapas, da InfoAmazonia, que traz dados sobre a COP30 para você entender de forma clara e direta. Veja mais mapas que explicam o clima e a COP aqui.
É aí que entra o impacto da destruição da floresta de Altamira, mas também de outras cidades. De São Félix do Xingu, também na mesma região do Pará. E de outras novas frentes de desmatamento em outros estados da Amazônia brasileira, como Lábrea, no Amazonas, e antigas frentes, como Porto Velho, em Rondônia.
Na batalha entre Altamira e São Paulo, o desmatamento libera mais carbono do que o transporte. Mesmo com quase 12 milhões de habitantes, a capital paulista emite menos que Altamira, município paraense quase 100 vezes maior em extensão. Só em 2023, Altamira perdeu, em floresta, o equivalente a um quinto da área da metrópole do Sudeste, emitindo 1,5 vezes mais do que a cidade de São Paulo.
https://infoamazonia.org/2025/09/24/sao-paulo-x-altamira-uma-batalha-de-gigantes/
À primeira vista, sem conhecer o Brasil, um estrangeiro poderia apostar que São Paulo ganha a batalha como maior emissor de gases de efeito estufa. Isso porque, em outras potências emissoras, como Estados Unidos e China, as grandes cidades têm como principal fonte de liberação de CO₂e o setor de energia - assim como São Paulo -, além da indústria ou dos resíduos. É o caso de Xangai, na China, e de Nova York, nos Estados Unidos, por exemplo.
Mas, por aqui, é diferente. A Amazônia Legal brasileira contém um estoque de cerca de 49 bilhões de toneladas de carbono, sendo um dos maiores reservatórios do planeta, quantidade equivalente a quase tudo que o mundo inteiro emitiu em 2023. Só nas terras indígenas, são 12,9 bilhões de toneladas armazenadas, o que representa 26% desse total.
Preservada, a floresta mantém os rios voadores, que reciclam a umidade vinda do oceano e produzem a própria chuva, depois distribuída pela América do Sul. Já se sabe que entre 30% e 50% das precipitações na Amazônia se originam da transpiração de vapor d'água das árvores. Mas o que acontece se uma delas é derrubada?
O fenômeno é oposto. A floresta passa a ter um papel contrário, o de emissor de gás do efeito estufa. Um estudo publicado na revista "Nature" pela pesquisadora do Inpe Luciana Gatti revelou que, em algumas regiões da Amazônia, em especial no sudeste do Pará, a floresta já emite mais do que estoca carbono.
COP EM MAPAS
Este é um dos episódios da série COP em Mapas, da InfoAmazonia, que traz dados sobre a COP30 para você entender de forma clara e direta. Veja mais mapas que explicam o clima e a COP aqui.
É aí que entra o impacto da destruição da floresta de Altamira, mas também de outras cidades. De São Félix do Xingu, também na mesma região do Pará. E de outras novas frentes de desmatamento em outros estados da Amazônia brasileira, como Lábrea, no Amazonas, e antigas frentes, como Porto Velho, em Rondônia.
Na batalha entre Altamira e São Paulo, o desmatamento libera mais carbono do que o transporte. Mesmo com quase 12 milhões de habitantes, a capital paulista emite menos que Altamira, município paraense quase 100 vezes maior em extensão. Só em 2023, Altamira perdeu, em floresta, o equivalente a um quinto da área da metrópole do Sudeste, emitindo 1,5 vezes mais do que a cidade de São Paulo.
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