De Pueblos Indígenas en Brasil
Noticias
Estado de Direto
21/04/2004
Autor: SOARES, Hilda L. C. de Azevedo
Fonte: JB, Cartas ao Editor, p. A10
Estado de Direito
Vivemos uma época de contradições, de um lado, o Estado de Direito, com liberdade e outras facilidades conquistadas com o fim da ditadura; de outro, o tráfico, o MST, os garimpeiros, os camelôs dos grandes centros. O MST e os garimpeiros acham que têm direito de invadir a propriedade, a casa do cidadão comum. Tenho de concordar com o presidente da Funai - os índios defenderam o seu lar, a sua casa, o inviolável domicílio. Foi à bala. Mas fazer o quê? Os diamantes e as terras não são dos garimpeiros. Têm dono: o índio. E o direito do outro, onde fica? Assegurar o errado é meio estranho. Imagino que os índios já tivessem feito algum tipo de negociação. Ninguém, nem mesmo o índio, parte para a agressão sem antes ter tentado a negociação. Mas garimpeiros e desordeiros do MST acham que só eles têm direitos, os outros não. Cadê o direito do índio ou do proprietário da terra? A reserva existe. Precisamos lembrar que estamos no século 21 e os índios estavam aqui muito antes da chegada do português. Nesses 500 anos, só temos dizimado nossas populações indígenas; violado seus direitos, além de ter feito deles escravos. Quando o Estado de Direito será retomado? Quando as pessoas que incitam a desordem vão ser punidas? Quando chegaremos realmente ao século 21? Quando passaremos a ver o direito dos diferentes como um direito assegurado? Quando passaremos a respeitar o que está na nossa Constituição? Ficar nesta insegurança não dá. Hilda L. C. de Azevedo-Soares, Rio de Janeiro
JB, 21/04/2004, Cartas ao Editor, p. A10
Vivemos uma época de contradições, de um lado, o Estado de Direito, com liberdade e outras facilidades conquistadas com o fim da ditadura; de outro, o tráfico, o MST, os garimpeiros, os camelôs dos grandes centros. O MST e os garimpeiros acham que têm direito de invadir a propriedade, a casa do cidadão comum. Tenho de concordar com o presidente da Funai - os índios defenderam o seu lar, a sua casa, o inviolável domicílio. Foi à bala. Mas fazer o quê? Os diamantes e as terras não são dos garimpeiros. Têm dono: o índio. E o direito do outro, onde fica? Assegurar o errado é meio estranho. Imagino que os índios já tivessem feito algum tipo de negociação. Ninguém, nem mesmo o índio, parte para a agressão sem antes ter tentado a negociação. Mas garimpeiros e desordeiros do MST acham que só eles têm direitos, os outros não. Cadê o direito do índio ou do proprietário da terra? A reserva existe. Precisamos lembrar que estamos no século 21 e os índios estavam aqui muito antes da chegada do português. Nesses 500 anos, só temos dizimado nossas populações indígenas; violado seus direitos, além de ter feito deles escravos. Quando o Estado de Direito será retomado? Quando as pessoas que incitam a desordem vão ser punidas? Quando chegaremos realmente ao século 21? Quando passaremos a ver o direito dos diferentes como um direito assegurado? Quando passaremos a respeitar o que está na nossa Constituição? Ficar nesta insegurança não dá. Hilda L. C. de Azevedo-Soares, Rio de Janeiro
JB, 21/04/2004, Cartas ao Editor, p. A10
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