De Pueblos Indígenas en Brasil
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Homologada terra dos Mundurucus
29/02/2004
Fonte: A Crítica, Brasil, p. A9
Homologada terra dos Mundurucus
Os índios Mundurucus, de Jacareacanga (PA), têm garantidos a posse permanente 2.381.795, 7765 hectares. Essa é a superfície das terras deles, homologadas por decreto do Presidente da República, publicado no Diário Oficial da União de quinta-feira. A homologação encerra uma batalha, que se arrasta desde a década de 40, quando a 2° Inspetoria Regional do Serviço de Proteção do Índio requereu ao Governo do Estado do Pará uma reserva de terras aos índios Mundurucus, aos quais foram "concedidos", na ocasião, cerca de 510 mil hectares. A informação é da Assessoria de Comunicação da Funai.
Durante vários anos os índios reivindicaram ampliação do seu território, já que a área era considerada insuficiente para a reprodução física e cultural do grupo. Em 1977, finalmente foi concluída a delimitação dessa terra indígena, cuja superfície era de 2.362.000 hectares, sendo a referida área declarada de posse permanente dos Munduruku, pela Portaria n° 823, de 11.12.98, com superfície aproximada de 2.340.360 hectares, sendo demarcada em 2002, com a superfície constante do Decreto de Homologação. A área dos Mundurucus foi a primeira homologada dentre as 28 terras encaminhadas pelo presidente da Funai Mércio Pereira Gomes ao Ministério da Justiça.
ORIGEM
As referências aos Mundurucus, povo do grupo Tupi, datam do século XVIII, e registram a extensa área por eles habitada, entre os rios Madeira e Tocantins. Relatos de ataques-a acampamentos de "brancos" ao longo dos rios Madeira, Tapajós, Xingu, Pacajá, Jacundá e Tocantins são feitos, entre os anos 1770 e 1773, pelos comandantes das expedições armadas organizadas para destruir aldeamentos Mundurucu ao longo desses rios. As suas referências históricas se tornam ainda mais numerosas durante o século XIX, através de informações de militares como o capitão Francisco Ribeiro, Antônio Ladislau Monteiro Baena, coronel Cerqueira, e de viajantes e naturalistas que percorreram a região, testemunhando a presença do referido grupo. A história dessa etnia é marcada entre outros momentos, pela participação eficiente do grupo na Cabanagem, na década de 30 do século passado, contra os cabanos do Tapajós e Madeira. Esses índios sempre tiveram participação nos conflitos entre os naturais do País e os reinois, que se estenderam dos anos da Independência até o. movimento nativista de 1832 e a cabanagem. A população atual Mundurucu é de aproximadamente 7 mil.
A Crítica, 29/02/2004, Brasil, p. A9.
Os índios Mundurucus, de Jacareacanga (PA), têm garantidos a posse permanente 2.381.795, 7765 hectares. Essa é a superfície das terras deles, homologadas por decreto do Presidente da República, publicado no Diário Oficial da União de quinta-feira. A homologação encerra uma batalha, que se arrasta desde a década de 40, quando a 2° Inspetoria Regional do Serviço de Proteção do Índio requereu ao Governo do Estado do Pará uma reserva de terras aos índios Mundurucus, aos quais foram "concedidos", na ocasião, cerca de 510 mil hectares. A informação é da Assessoria de Comunicação da Funai.
Durante vários anos os índios reivindicaram ampliação do seu território, já que a área era considerada insuficiente para a reprodução física e cultural do grupo. Em 1977, finalmente foi concluída a delimitação dessa terra indígena, cuja superfície era de 2.362.000 hectares, sendo a referida área declarada de posse permanente dos Munduruku, pela Portaria n° 823, de 11.12.98, com superfície aproximada de 2.340.360 hectares, sendo demarcada em 2002, com a superfície constante do Decreto de Homologação. A área dos Mundurucus foi a primeira homologada dentre as 28 terras encaminhadas pelo presidente da Funai Mércio Pereira Gomes ao Ministério da Justiça.
ORIGEM
As referências aos Mundurucus, povo do grupo Tupi, datam do século XVIII, e registram a extensa área por eles habitada, entre os rios Madeira e Tocantins. Relatos de ataques-a acampamentos de "brancos" ao longo dos rios Madeira, Tapajós, Xingu, Pacajá, Jacundá e Tocantins são feitos, entre os anos 1770 e 1773, pelos comandantes das expedições armadas organizadas para destruir aldeamentos Mundurucu ao longo desses rios. As suas referências históricas se tornam ainda mais numerosas durante o século XIX, através de informações de militares como o capitão Francisco Ribeiro, Antônio Ladislau Monteiro Baena, coronel Cerqueira, e de viajantes e naturalistas que percorreram a região, testemunhando a presença do referido grupo. A história dessa etnia é marcada entre outros momentos, pela participação eficiente do grupo na Cabanagem, na década de 30 do século passado, contra os cabanos do Tapajós e Madeira. Esses índios sempre tiveram participação nos conflitos entre os naturais do País e os reinois, que se estenderam dos anos da Independência até o. movimento nativista de 1832 e a cabanagem. A população atual Mundurucu é de aproximadamente 7 mil.
A Crítica, 29/02/2004, Brasil, p. A9.
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