De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Noticias
Árabe controla jazida de diamantes na Roosevelt
18/10/2001
Fonte: Diário da Amazônia-Porto Velho -RO
Um homem árabe, identificado como Kaledh, com residência no Paraná, foi apontado ontem pela Comissão Nacional de Apoio e Defesa dos Garimpeiros, Mineradores e Agricultores da Amazônia, como o "manda chuva" do esquema de exploração de diamantes na Reserva Roosevelt, em Espigão do Oeste. Um observador da entidade informou que ontem Kaledh estaria controlando a entrada de veículos e máquinas no local, registrando números de Registro de Identidade e CPF e cobrando "pedágios" que variam entre R$ 15 a R$ 20 mil. O árabe estaria hospedado na casa de um chefe do posto da Funai, conhecido como "Irmão". A situação da Reserva Indígena Roosevelt, habitada pelos índios Cinta Larga, é cada vez mais complexa. Conforme a presidente da União Nacional dos Garimpeiros e Mineradores do Brasil, Jane Maria Rezende, a operação de retirada de máquinas, equipamentos e garimpeiros que estavam no local realizada nos últimos dias, "serviu apenas para liberar a área para que se instalasse de vez o esquema maior, patrocinado pelas empresas DTVM Ouro Minas e Dee Beers". A Dee Beers, conforme, Jane Rezende, é uma empresa Sul Africana que além do comércio internacional de minerais atua como o maior sindicato patronal de produtores de ouro e diamantes do mundo. O que é mais questionado na região pelas ONGs é o poder que Kaledh estaria exercendo sobre o esquema e as ligações que ele teria com a multinacional. Até ontem, conforme a Comissão Nacional de Apoio e Defesa dos Garimpeiros da Amazônia, já haviam chegado à Reserva Roosevelt aproximadamente 300 pessoas e 40 pares de máquinas, sendo equipamentos com tecnologia de ponta. O promotor Alex Nunes Figueiredo, de Cacoal, disse ontem ao Diário que todos os crimes que tenham ligações com a reserva indígena deverão ser apurados pelo Ministério Público Federal e que o caso não é de competência da promotoria local. "Os documentos estão sendo encaminhados ao Ministério Público Federal, para que as denúncias sejam apuradas", disse. A Funai em Cacoal, responsável pela Reserva Roosevelt, ainda não se manifestou sobre o caso. A evasão de divisas vem se tornando um dos problemas mais sérios enfrentados por Rondônia, já que as prefeituras locais não arrecadam com os garimpos. O Brasil ocupa o nono lugar no ranking mundial do segmento de produção bruta de diamantes, depois de arrancar das principais jazidas 1 milhão de quilates em 2000. Sem nenhum controle sobre a produção, alguns estados, como Rondônia, deixam de arrecadar milhões de reais com a atividade. Entre as informações do Sumário Mineral de 2001, do DNPM, estão a reativação de alguns depósitos aluvionares diamantíferos, com alto teor, em áreas indígenas de Rondônia, e a elevação do percentual do segmento empresarial de 2 por cento, em 99, para 8 por cento, o que corresponde a 80 mil quilates, no valor estimado de US$ 45 milhões. Quanto ao que ocorreu em Espigão do Oeste, desde a primeira invasão à reserva no ano passado, os crimes de trabalho escravo, tortura, assassinato, ocultação de cadáver, perseguição de lideranças, roubo, extorsão, formação de quadrilha e evasão de divisas, denunciados pela União dos Garimpeiros e Mineradores do Brasil ao MP, devem alterar os rumos da exploração de diamantes em Roosevelt, onde foram encontrados quatro corpos de pessoas mortas provavelmente com requintes de crueldade e tortura. O objetivo maior da União Nacional dos Garimpeiros, conforme Jane Rezende, que preside a organização, "é fazer com que a população de Rondônia se beneficie das riquezas que estão aqui". Ela explica que "o mesmo ocorreu com o garimpo de Serra Pelada, no Pará, antes explorado pela Companhia Vale do Rio Doce e hoje nas mãos do próprio povo, que integra diversas organizações nacionais".
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.