De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

Noticias

Funai pede desintrução da reserva

23/10/2001

Fonte: Diário da Amazônia-Porto Velho -RO



A administração regional da Fundação Nacional do Índio - Funai - solicitou apoio da Procuradoria Geral da República e da diretoria-geral da Polícia Federal para a realização de uma nova operação para desintrusão da Reserva Cinta Larga. Os caciques, sem dinheiro e sem madeira para continuar vendendo aos "toreiros" e agora revoltados porque ficam com a menor parte do lucro da exploração ilegal de diamantes, decidiram transformar o Parque Aripuanã num "território proibido" para brancos. Mas são acusados, ao mesmo tempo, de serem vítimas da ganância das lideranças que autorizaram a garimpagem de pedras preciosas em suas aldeias. O acesso só estaria sendo permitido, por exemplo, com autorização e pagamento de pedágio de R$ 15 mil a R$ 20 mil ao árabe Kaledh e seu guarda-costas "Chicão". A administração da Funai, em Cacoal, tem conhecimento desses "boatos" sobre as atividades dos dois intermediários, que estariam contrabandeando diamantes para outros países. Domingo já era grande o número de garimpeiros dentro da Reserva, conforme boletim via rádio transmitido pelos funcionários do Posto Indígena Roosevelt à sede da administração em Cacoal. Não é possível, ainda, segundo apurou a reportagem, prever a quantidade de pessoas que voltou a invadir a área indígena. A Funai, responsável pela tutela dos índios, protocolou representação junto à Procuradoria Geral da República e à direção da Polícia Federal, em Brasília, solicitando apoio para realização de nova operação de desintrusão no Parque Aripuanã, onde está localizada a Reserva Indígena. A presença do Exército, desta vez, não está sendo cogitada. Essa solicitação pode ser feita pelo Departamento do Meio Ambiente da Funai (Deprima), em Brasília, . HOTÉIS LOTADOS Os hotéis de Cacoal, a 200 quilômetros das aldeias Cinta Larga, estão lotados desde a semana passada e o movimento de pessoas já é maior do que em Espigão D´Oeste, cidade localizada a 80 quilômetros do garimpo. A União Nacional dos Garimpeiros e Mineradores do Brasil estima que foram transportados para a reserva, na sexta- feira última, 40 pares de máquinas, sendo que 300 pessoas teriam invadido novamente a reserva. A presidente da entidade, Jane Maria Rezende, estranha a omissão dos responsáveis pelo controle da jazida de diamante, principalmente exploração mineral a cargo de estrangeiros, pois quinta-feira última a Câmara Federal aprovou projeto de lei que proíbe o envolvimento de estrangeiros em áreas indígenas. A Funai afastou em setembro para averiguação de denúncias dos próprios índios, de envolvimento com o esquema, o ex-administrador Augusto Silva e o ex-chefe de Fiscalização, Valdir de Jesus. Jesus também é um dos acusados pela União dos Garimpeiros. A PF tem planos para montar uma barreira na estrada de acesso ao garimpo, para tentar controlar a nova invasão. A administração regional da Funai, em Cacoal, admite não ter pessoal suficiente para impedir a invasão, a não ser duas equipes de 5 homens, uma na aldeia João Bravo e outra na Rooosevelt, a 50 quilômetros entre as duas aldeias.
 

Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.