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Noticias

Índios e madeireiros dificultam acesso de fiscais no sul do Pará

30/10/2001

Autor: Carlos Mendes

Fonte: Estado de S. Paulo-SP



Pintados para a guerra, indígenas querem impedir fiscalização na venda ilegal de mogno

Índios caiapós e madeireiros de São Félix do Xingu, no sul do Pará, estão criando dificuldades para os fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) terem acesso às reservas indígenas e apreenderem a madeira extraída ilegalmente. Pintados para a guerra, os caiapós alegam que vendem a madeira de suas terras porque estão sem dinheiro para alimentar seu povo e comprar medicamentos. Os madeireiros, por sua vez, resolveram protestar contra a presença dos fiscais no município, fechando as portas da metade das 300 serrarias existentes na região. Por tora de mogno, o madeireiro paga R$ 80 aos índios e revende por R$ 1.200. Desde sábado, cerca de 90 pessoas, entre fiscais e ativistas do movimento ambientalista Greenpeace estão participando da Operação Mogno, em Tucumã, município a 200 km de São Félix do Xingu. A apreensão de 20 mil metros cúbicos de mogno, no sábado, em Tucumã, deixou em estado de alerta os índios e madeireiros de São Félix. A notícia espalhou-se rapidamente pela região, onde os madeireiros representam um poder paralelo ao do governo do Pará. Mesmo sabendo que a legislação pune com prisão e multa quem extrai mogno na Amazônia, os madeireiros avisam que não vão paralisar o corte. A reação ao trabalho do Ibama já era esperada pelos fiscais, mas o medo deles é a possibilidade de violência física e danos ao patrimônio do órgão. Quatro helicópteros do governo e dois aviões do Greenpeace estão sendo guardados dia e noite pelos homens que participam da operação. Enquanto isso, eles aguardavam ontem a prometida chegada dos agentes da Polícia Federal de Brasília para continuar o trabalho. Não está descartada a possibilidade de a operação ser suspensa por falta de segurança policial.
 

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