De Pueblos Indígenas en Brasil
Notícias
Não houve como reagir, conta sobrevivente
20/04/2004
Fonte: OESP, Nacional, p.A10
'Não houve como reagir', conta sobrevivente
NILTON SALINA. Especial para o Estado
O garimpeiro Márcio Antonio, de 34 anos, é um dos sobreviventes do ataque dos índios cintas-largas a um grupo de 250 homens que procuravam diamantes na Reserva Roosevelt. Ele contou que os guerreiros entraram no acampamento atirando com fuzis, metralhadoras, escopetas e pistolas automáticas. Os garimpeiros correram para a mata, onde aconteceu uma caçada humana.
"Não houve como reagir, porque os índios não permitem que brancos entrem armados na reserva. Antes que eu chegasse até a selva, vi alguns colegas caindo. Depois, ouvi gritos de mais gente atingida por balas", disse o garimpeiro.
Márcio Antonio demorou quatro dias para percorrer cerca de 50 quilômetros até Espigão D'Oeste. Ele andou pela floresta fechada. Na cidade, encontrou alguns de seus colegas na sede do Sindicato dos Garimpeiros.
Moacir Francisco Silva, de 42 anos, também conseguiu escapar do massacre.
Ele disse que a matança aconteceu porque os índios descobriram que parte do grupo não repassava a quantidade de diamantes combinada com os caciques, que variava de 20% a 50% das pedras, dependendo da produção. "Por isso os encarregados de vigiar devem ter chamado os guerreiros, que nos pegaram de surpresa." Outro que conseguiu fugir foi Bento Carvalho de Souza, de 34 anos. "Alguns garimpeiros alegavam ter despesas, por isso ficaram com mais pedras do que o acertado. Para complicar, os índios aprenderam como nós identificamos o diamante bruto, e decidiram ficar com os equipamentos que usávamos na lavra."
OESP, 20/04/2004, p. A10
NILTON SALINA. Especial para o Estado
O garimpeiro Márcio Antonio, de 34 anos, é um dos sobreviventes do ataque dos índios cintas-largas a um grupo de 250 homens que procuravam diamantes na Reserva Roosevelt. Ele contou que os guerreiros entraram no acampamento atirando com fuzis, metralhadoras, escopetas e pistolas automáticas. Os garimpeiros correram para a mata, onde aconteceu uma caçada humana.
"Não houve como reagir, porque os índios não permitem que brancos entrem armados na reserva. Antes que eu chegasse até a selva, vi alguns colegas caindo. Depois, ouvi gritos de mais gente atingida por balas", disse o garimpeiro.
Márcio Antonio demorou quatro dias para percorrer cerca de 50 quilômetros até Espigão D'Oeste. Ele andou pela floresta fechada. Na cidade, encontrou alguns de seus colegas na sede do Sindicato dos Garimpeiros.
Moacir Francisco Silva, de 42 anos, também conseguiu escapar do massacre.
Ele disse que a matança aconteceu porque os índios descobriram que parte do grupo não repassava a quantidade de diamantes combinada com os caciques, que variava de 20% a 50% das pedras, dependendo da produção. "Por isso os encarregados de vigiar devem ter chamado os guerreiros, que nos pegaram de surpresa." Outro que conseguiu fugir foi Bento Carvalho de Souza, de 34 anos. "Alguns garimpeiros alegavam ter despesas, por isso ficaram com mais pedras do que o acertado. Para complicar, os índios aprenderam como nós identificamos o diamante bruto, e decidiram ficar com os equipamentos que usávamos na lavra."
OESP, 20/04/2004, p. A10
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