De Pueblos Indígenas en Brasil
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Unicef pede atenção às crianças indígenas

26/02/2004

Fonte: CB, Brasil, p. 21



Unicef pede atenção às crianças indígenas

Erika Klingl
Da Equipe do Correio

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou ontem o documento Garantindo os Direitos de Crianças Indígenas, que conta iniciativas em favor da formação desses meninos e meninas no mundo. Na apresentação do livro, com dados e depoimentos de diferentes povos, a diretora-executiva do Unicef, Carol Bellamy, apelou às nações para que assegurem os direitos da crianças indígenas, descritas pela entidade como um dos grupos mais marginalizados do mundo.

''A responsabilidade de proteger os direitos dessas crianças é universal'', declarou Bellamy. ''Os indígenas vivem com um legado de exclusão e extrema pobreza'', afirmou. De acordo com o documento, elaborado pelo Centro de Pesquisa Innocenti, do Unicef, existem hoje 300 milhões de indígenas, espalhados por mais de 70 países.

A organização internacional garante que são eles os que têm menos acesso à saúde e à educação. E as crianças sofrem ainda mais. ''As comunidades indígenas sofrem com altas taxas de mortalidade infantil, falta de cuidados médicos, pouca oferta de escolas e de ensino de qualidade'', denuncia o Unicef.

No Brasil, existem cerca de 300 mil índios. O escritório do órgão no país destacou seis programas que ajudam os indígenas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

Embora os maiores problemas estejam relacionados à saúde e à educação, a grande questão, de acordo com Bellamy, é a ''invisibilidade'' das crianças, referindo-se ao desconhecimento das comunidades pelas autoridades de cada país. ''Um meio de tornar essas crianças menos invisíveis logo no começo é o registro de nascimento'', afirmou Bellamy. ''Porque, se ao menos você existir nos olhos do sistema, talvez haja melhores serviços.''

Além do registro, o Unicef apresenta como prioridade para assegurar a sobrevivência dos indígenas de 0 a 17 anos projetos relacionados à nutrição com qualidade, ao respeito às tradições dos povos, à educação e à participação das comunidades em decisões que afetem a vida da aldeia.


PROJETOS BRASILEIROS

Associação Guarani Nhe'e Porã - São Paulo
Cerca de duas mil pessoas de aldeias dos municípios de São Paulo e Bertioga, sendo mais de mil crianças e jovens, participam do projeto que tem como objetivo garantir educação para os índios de 0 a 17 anos. As oficinas e grupos tem como objeto de estudo cantos, brincadeiras, artesanato, culinária e outras tradições dos guaranis.

Formação de professores indígenas do Parque Indígena do Xingu - Mato Grosso
No Parque do Xingu, mais de mil crianças são alfabetizadas em língua nativa e em português. Nas comunidades, 81 professores estão em sala de aula e têm como principal tarefa incentivar os alunos a valorizar as práticas culturais indígenas.

Fórum de Educação Indígena da Bahia
O grupo mobiliza pessoas e organizações em favor da educação de qualidade para crianças, adolescentes e adultos indígenas. Todas as tribos do estado fazem parte do fórum. Entre elas, Pataxó, Pataxó Ha Ha Hãe, Tuxá, Pankararé, Kiriri, Kaindé e Tumbalalá.

CB, 26/02/2004, Brasil, p. 21
 

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