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Antropólogo índio diz que ciência permite diálogo entre as culturas
17/04/2006
Fonte: FSP, Brasil, p. A7
Antropólogo índio diz que ciência permite diálogo entre as culturas
DO ENVIADO A MACEIÓ (AL)
Antropólogos brancos sempre estudaram as populações indígenas brasileiras. Gersem Santos Luciano, 41, inverteu os papéis. Nascido numa aldeia da comunidade baniwa, na região do Alto Rio Negro (no Amazonas), ele teve que ler vários desses brancos para terminar sua dissertação de mestrado em antropologia na UnB (Universidade de Brasília).
Ela será defendida no próximo dia 28 e teve como tema os projetos de etnodesenvolvimento dos povos indígenas de sua região.
"Minha contribuição é também a de entender melhor a percepção dos brancos sobre nós, indígenas. A antropologia nos permite ter contato e estabelecer um diálogo entre essas duas culturas", diz.
Esse diálogo com a academia, no entanto, não foi tranqüilo. Ele se queixa que o meio acadêmico dá pouco espaço para o questionamento. "Acabei descobrindo que a academia é hermética. Há pouco espaço para o diálogo ou para questionar as teorias que já foram construídas a partir de um ponto de vista ocidental sobre as populações indígenas", afirma.
Luciano acredita que, para romper com as teorias já construídas pelos brancos, serão necessários muitos novos mestrandos e doutorandos índios.
O embate entre essas duas culturas em sua vida aconteceu desde cedo, quando ele foi estudar numa escola mantida por missionários salesianos.
"A gente tinha que sair da aldeia e estudar em regime de internato. O objetivo claro e explícito dessa experiência era "civilizar" os índios por meio da educação e da religião católica."
Luciano estudou filosofia na Universidade Federal do Amazonas. Após concluir a graduação, fez teste para o mestrado da PUC de São Paulo e para a UnB. Passou nos dois e ganhou uma bolsa da Fundação Ford. (AG)
FSP, 17/04/2006, Brasil, p. A7
DO ENVIADO A MACEIÓ (AL)
Antropólogos brancos sempre estudaram as populações indígenas brasileiras. Gersem Santos Luciano, 41, inverteu os papéis. Nascido numa aldeia da comunidade baniwa, na região do Alto Rio Negro (no Amazonas), ele teve que ler vários desses brancos para terminar sua dissertação de mestrado em antropologia na UnB (Universidade de Brasília).
Ela será defendida no próximo dia 28 e teve como tema os projetos de etnodesenvolvimento dos povos indígenas de sua região.
"Minha contribuição é também a de entender melhor a percepção dos brancos sobre nós, indígenas. A antropologia nos permite ter contato e estabelecer um diálogo entre essas duas culturas", diz.
Esse diálogo com a academia, no entanto, não foi tranqüilo. Ele se queixa que o meio acadêmico dá pouco espaço para o questionamento. "Acabei descobrindo que a academia é hermética. Há pouco espaço para o diálogo ou para questionar as teorias que já foram construídas a partir de um ponto de vista ocidental sobre as populações indígenas", afirma.
Luciano acredita que, para romper com as teorias já construídas pelos brancos, serão necessários muitos novos mestrandos e doutorandos índios.
O embate entre essas duas culturas em sua vida aconteceu desde cedo, quando ele foi estudar numa escola mantida por missionários salesianos.
"A gente tinha que sair da aldeia e estudar em regime de internato. O objetivo claro e explícito dessa experiência era "civilizar" os índios por meio da educação e da religião católica."
Luciano estudou filosofia na Universidade Federal do Amazonas. Após concluir a graduação, fez teste para o mestrado da PUC de São Paulo e para a UnB. Passou nos dois e ganhou uma bolsa da Fundação Ford. (AG)
FSP, 17/04/2006, Brasil, p. A7
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