De Pueblos Indígenas en Brasil
Noticias
Disputa entre etnias
20/08/2006
Fonte: CB, Brasil, p. 15
Disputa entre etnias
Jogos reúnem, no Pará, integrantes de 16 povos para competições esportivas tradicionais e atividades típicas de quem vive em aldeias
Carmen Souza
Enviada Especial
Palco da catequização indígena no final do século 19, Conceição do Araguaia terá, nos próximos dias, a chance de inverter a história. A pouco mais de mil quilômetros de Belém, a cidade sediará, até quarta-feira, a terceira edição dos Jogos Tradicionais Indígenas do Pará. Em vez de dominação, a troca de experiências e a exaltação da cultura brasileira.
"A nossa intenção é mostrar a diversidade. O público vai se encantar com a variedade de etnias que trouxemos este ano", garante Sara Lorenz, coordenadora do evento. Durante cinco dias, 500 índios de 16 etnias disputarão desde as modalidades tradicionais de uma competição esportiva - como futebol, natação e atletismo - a atividades típicas dos homens de aldeia. Arco e flecha, arremesso de lança e corrida de tora fazem parte da segunda lista. Não há premiações.
Mas os índios recebem toda a estrutura para participar do torneio, incluindo hospedagem, alimentação e uniformes. Segundo a organizadora, para os atletas não deixarem em casa o jeito índio de ser, a organização montou uma estrutura com toque tupiniquim. Em uma ilha às margens do Rio Araguaia, malocas dividem espaço com uma arena olímpica. Metais, fios e holofotes estão no meio de caciques exalando liderança; velhas índias que resguardam a naturalidade da nudez; e crianças indicando a vontade de perpetuar as origens.
Como as pequenas kayapós que,ontem,primeiro dia do evento, aliviavam o calor de quase 40º nas águas do Araguaia. Mesmo dentro do rio, colares e pulseiras não saíram do corpo pintando com tinta natural. Trinta e cinco kayapós estão na oca montada na entrada da arena olímpica.
Eles participarão de quatro modalidades: atletismo, futebol, cabo de força e arco e flecha.
Vencedores na última edição dos jogos paraenses em duas modalidades, natação e cabo de força, os habitantes da aldeia de Pururé Gorotira, a seis horas de carro de Conceição dos Araguaia, preferem descartar o favoritismo.
"Não estamos aqui para competir. Queremos mostrar a cultura do índio e fazer com que as etnias juntem forças", diz Davi Kayapó, líder do grupo.
A terceira edição dos Jogos Tradicionais Indígenas do Pará custará R$ 1,1 milhão. O valor é praticamente o mesmo gasto na segunda edição do torneio, que ocorreu em agosto do ano passado em Altamira. "Queríamos fazer um torneio maior. Mas alguns cortes no orçamento nos forçaram a reduzir o número de etnias convidadas para manter a mesma estrutura", reclama Lorenz.
A segunda edição contou com a participação de 600 índios de 18 etnias. Nesta, serão fornecidas diariamente em torno de 2,4 mil refeições para os atletas. A organização calcula que 4 mil pessoas vão circular na cidade durante o evento.
A Repórter e o Fotógrafo viajaram a convite da Secretaria de Esporte e Lazer do Pará
CB, 20/08/2006, Brasil, p. 15
Jogos reúnem, no Pará, integrantes de 16 povos para competições esportivas tradicionais e atividades típicas de quem vive em aldeias
Carmen Souza
Enviada Especial
Palco da catequização indígena no final do século 19, Conceição do Araguaia terá, nos próximos dias, a chance de inverter a história. A pouco mais de mil quilômetros de Belém, a cidade sediará, até quarta-feira, a terceira edição dos Jogos Tradicionais Indígenas do Pará. Em vez de dominação, a troca de experiências e a exaltação da cultura brasileira.
"A nossa intenção é mostrar a diversidade. O público vai se encantar com a variedade de etnias que trouxemos este ano", garante Sara Lorenz, coordenadora do evento. Durante cinco dias, 500 índios de 16 etnias disputarão desde as modalidades tradicionais de uma competição esportiva - como futebol, natação e atletismo - a atividades típicas dos homens de aldeia. Arco e flecha, arremesso de lança e corrida de tora fazem parte da segunda lista. Não há premiações.
Mas os índios recebem toda a estrutura para participar do torneio, incluindo hospedagem, alimentação e uniformes. Segundo a organizadora, para os atletas não deixarem em casa o jeito índio de ser, a organização montou uma estrutura com toque tupiniquim. Em uma ilha às margens do Rio Araguaia, malocas dividem espaço com uma arena olímpica. Metais, fios e holofotes estão no meio de caciques exalando liderança; velhas índias que resguardam a naturalidade da nudez; e crianças indicando a vontade de perpetuar as origens.
Como as pequenas kayapós que,ontem,primeiro dia do evento, aliviavam o calor de quase 40º nas águas do Araguaia. Mesmo dentro do rio, colares e pulseiras não saíram do corpo pintando com tinta natural. Trinta e cinco kayapós estão na oca montada na entrada da arena olímpica.
Eles participarão de quatro modalidades: atletismo, futebol, cabo de força e arco e flecha.
Vencedores na última edição dos jogos paraenses em duas modalidades, natação e cabo de força, os habitantes da aldeia de Pururé Gorotira, a seis horas de carro de Conceição dos Araguaia, preferem descartar o favoritismo.
"Não estamos aqui para competir. Queremos mostrar a cultura do índio e fazer com que as etnias juntem forças", diz Davi Kayapó, líder do grupo.
A terceira edição dos Jogos Tradicionais Indígenas do Pará custará R$ 1,1 milhão. O valor é praticamente o mesmo gasto na segunda edição do torneio, que ocorreu em agosto do ano passado em Altamira. "Queríamos fazer um torneio maior. Mas alguns cortes no orçamento nos forçaram a reduzir o número de etnias convidadas para manter a mesma estrutura", reclama Lorenz.
A segunda edição contou com a participação de 600 índios de 18 etnias. Nesta, serão fornecidas diariamente em torno de 2,4 mil refeições para os atletas. A organização calcula que 4 mil pessoas vão circular na cidade durante o evento.
A Repórter e o Fotógrafo viajaram a convite da Secretaria de Esporte e Lazer do Pará
CB, 20/08/2006, Brasil, p. 15
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