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Eletronorte vê risco menor, mas índios reforçam ameaça

08/06/2007

Fonte: OESP, Nacional, p. A14



Eletronorte vê risco menor, mas índios reforçam ameaça
Enquanto gerente diz que torres já não são foco, cacique promete derrubá-las

Suzana Beckman

Apesar das ameaças dos índios guajajaras de incendiar as duas torres da Eletronorte que passam por dentro da reserva Cana Brava, no interior do Maranhão, o gerente regional da empresa, Mauro Aquino, acredita que o perigo maior já passou. "Estamos mais tranqüilos. As torres não são mais o foco principal da manifestação dos indígenas", disse Aquino.

Os indígenas, porém, dizem o contrário. "A gente vai derrubar e tocar fogo nelas", prometeu Zé Murry, cacique da aldeia Cana Brava. As duas torres fazem a transmissão de energia da hidrelétrica de Tucuruí (PA) para a capital do Maranhão. Por precaução, a Eletronorte desativou uma delas, justamente a que teve um dos cabos de sustentação cortados pelos índios. Mas, segundo o cacique, os índios já soltaram os parafusos da base de outra torre. "A qualquer momento ela pode cair", disse Zé Murry.

SOBRECARGA

A Eletronorte mantém desde terça-feira um indigenista no local do conflito, para negociar com os guajajaras. Na hipótese de os índios cumprirem a ameaça, a transmissão de corrente elétrica se concentraria toda na única via que passa fora da reserva e também distribui a energia para o resto do País. Isso sobrecarregaria a torre restante.

O gerente regional da Eletronorte disse que, diante desse risco, a solução seria diminuir a energia disponível para as grandes empresas que operam na região, como a Alumar e a Companhia Vale do Rio Doce, até que se construísse uma nova torre. "Podemos instalar uma torre auxiliar em três dias, mas para reconstruir seria preciso pelo menos um mês", explicou ele.

Os indígenas mantêm totalmente interditada a BR-226 desde terça-feira, em protesto contra a extinção dos núcleos da Funai nos municípios de Barra do Corda e Grajaú, região centro-sul do Maranhão. Só ambulâncias podem passar pela rodovia bloqueada. Segundo Zé Murry, contudo, a fila de carros tem diminuído.

"Tem vários carros e caminhões, mas a fila diminuiu. Acho que, como as pessoas sabem que aqui está bloqueado, estão procurando outros caminhos", avaliou, reforçando a disposição de manter a ocupação. "Só sairemos daqui quando a Funai mandar alguém para conversar com a gente."

OESP, 08/06/2007, Nacional, p. A14
 

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