De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Índio desiste de tratamento contra cirrose hepática
21/07/2007
Autor: Lucinthya Gomes
Fonte: O Povo
O transplante de órgãos ainda é negado por algumas crenças. Portador de cirrose hepática, o índio amazonense Zico Konabi Eeteri Yanomami, 27, estava internado desde março deste ano na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMT-AM), em Manaus. A recomendação médica era o transplante de fígado. Por isso, o índio, da etnia yanomami, estava sendo tratado para ter as condições ideais de saúde para vir a Fortaleza no último dia 17, e se consultar no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), referência Norte e Nordeste em transplante de fígado.
Ele até esteve em Fortaleza em novembro de 2006, mas o retorno - no qual ele faria os exames necessários para entrar na fila de espera - foi adiado por duas vezes, pois a doença estava se agravando e ele não apresentava quadro clínico ideal para fazer a viagem. Quando souberam que transplante significava receber o órgão de um morto, a família, a tribo e o próprio Zico recusaram o tratamento. No fim do mês de junho, o índio voltou à aldeia Kona, situada no município de Santa Isabel do Rio Negro, distante 630 quilômetros de Manaus.
"Eles não falam português e achavam que Zico ia fazer uma cirurgia no fígado. O Zico queria muito fazer. Quando a gente explicou que era um transplante, eles não quiseram e exigiram o retorno de Zico à aldeia", explica o coordenador técnico de saúde do Serviço de Cooperação com o Povo Yanomami (Secoya) no Amazonas, Jaime Lousada, que disse ter sido necessário o uso de desenhos para explicar aos índios como se dava o transplante, por causa da dificuldade de comunicação.
A entidade presta serviços para a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) na reserva indígena Kona. De acordo com Lousada, a decisão da tribo foi de que o índio morreria na aldeia. "E o Zico também falou que quer morrer na aldeia", afirmou. Desse modo, o doente não chegou a embarcar rumo a Fortaleza. Segundo Lousada, desde que saiu do hospital, o índio tem sido acompanhado pela equipe médica do Secoya. "No momento, ele está bem. Mas a gente sabe que é uma questão de tempo para ele ter problemas", lamentou.
Conforme o coordenador clínico da FMT-AM, Antônio Magela Tavares, enquanto estava internado, Zico teve disfunção hepática chamada de ascite, que é o acúmulo anormal de líquido na cavidade abdominal, uma contra-indicação para o transplante de fígado. "A gente não conseguiu reverter a disfunção para que ele tivesse segurança e condições ideais para viajar", informa, acrescentando que o estado dele é grave.
De acordo com o cirurgião João Batista Marinho, que compõe a equipe do Centro de Transplante de Fígado do Ceará, no HUWC, o índio se consultou em Fortaleza em novembro de 2006. "Ele não fala português e veio com intérprete. Mas foi só uma vez e nunca mais veio", disse. O médico explica que Zico não chegou a fazer todos os exames necessários à inserção do nome dele na lista da Central de Transplante. Por isso, antes de entrar na fila, Zico tinha de vir a Fortaleza para fazer toda a avaliação médica, para, em seguida, aguardar a doação de um fígado compatível.
Ele até esteve em Fortaleza em novembro de 2006, mas o retorno - no qual ele faria os exames necessários para entrar na fila de espera - foi adiado por duas vezes, pois a doença estava se agravando e ele não apresentava quadro clínico ideal para fazer a viagem. Quando souberam que transplante significava receber o órgão de um morto, a família, a tribo e o próprio Zico recusaram o tratamento. No fim do mês de junho, o índio voltou à aldeia Kona, situada no município de Santa Isabel do Rio Negro, distante 630 quilômetros de Manaus.
"Eles não falam português e achavam que Zico ia fazer uma cirurgia no fígado. O Zico queria muito fazer. Quando a gente explicou que era um transplante, eles não quiseram e exigiram o retorno de Zico à aldeia", explica o coordenador técnico de saúde do Serviço de Cooperação com o Povo Yanomami (Secoya) no Amazonas, Jaime Lousada, que disse ter sido necessário o uso de desenhos para explicar aos índios como se dava o transplante, por causa da dificuldade de comunicação.
A entidade presta serviços para a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) na reserva indígena Kona. De acordo com Lousada, a decisão da tribo foi de que o índio morreria na aldeia. "E o Zico também falou que quer morrer na aldeia", afirmou. Desse modo, o doente não chegou a embarcar rumo a Fortaleza. Segundo Lousada, desde que saiu do hospital, o índio tem sido acompanhado pela equipe médica do Secoya. "No momento, ele está bem. Mas a gente sabe que é uma questão de tempo para ele ter problemas", lamentou.
Conforme o coordenador clínico da FMT-AM, Antônio Magela Tavares, enquanto estava internado, Zico teve disfunção hepática chamada de ascite, que é o acúmulo anormal de líquido na cavidade abdominal, uma contra-indicação para o transplante de fígado. "A gente não conseguiu reverter a disfunção para que ele tivesse segurança e condições ideais para viajar", informa, acrescentando que o estado dele é grave.
De acordo com o cirurgião João Batista Marinho, que compõe a equipe do Centro de Transplante de Fígado do Ceará, no HUWC, o índio se consultou em Fortaleza em novembro de 2006. "Ele não fala português e veio com intérprete. Mas foi só uma vez e nunca mais veio", disse. O médico explica que Zico não chegou a fazer todos os exames necessários à inserção do nome dele na lista da Central de Transplante. Por isso, antes de entrar na fila, Zico tinha de vir a Fortaleza para fazer toda a avaliação médica, para, em seguida, aguardar a doação de um fígado compatível.
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