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Duas mortes confirmadas na área Yanomami

05/12/2007

Autor: Cyneida Correa

Fonte: Folha de Boa Vista




Uma briga de casal se transformou em um grande conflito na terra indígena Yanomami, na região de Auaris, em Roraima, com iminente confronto armado entre duas tribos indígenas, necessitando da intervenção do Exército e da Polícia Federal. Dois indígenas já foram mortos a tiros por integrantes de outra tribo. Por enquanto, a Funai não sabe o número de índios armados no local, mas já tem informações de que a tribo das vítimas pretende revidar as mortes.

Segundo informações dos integrantes da entidade que representa os índios, a Associação Hutukara, o conflito na área indígena Yanomami começou quando a mulher de um indígena chamado Sanuma Pokai, da comunidade Katimani, abandonou a aldeia depois de ser espancada pelo marido. Ela foi se refugiar na tribo Sanumá, que mandou devolvê-la ao marido.

Dois integrantes da tribo, conhecidos apenas como Oimos e Makina, foram mortos por Pokai no momento em que deixavam a jovem no local. Eles levaram vários tiros de espingarda calibre 12.

Os parentes dos mortos se reuniram e, armados com revólveres, arcos e flechas, além de espingardas, saíram à procura do índio agressor e de seus familiares para se vingar. Como o conflito pode se ampliar para outras comunidades da região, a Funai resolveu intervir.

Segundo o administrador da Funai em Roraima, Gonçalo Teixeira, se não ocorrer essa intervenção, pode haver uma guerra com muitos mortos entre as comunidades. O posto da Funai na região recebeu mais dois servidores para reforçar o contingente e tentar controlar os ânimos dos indígenas.

A Polícia Federal e o Exército também foram acionados. "Eles devem ir ao local proceder ao desarmamento dos indígenas. Estamos preocupados com essa questão das armas, que eles devem ter adquirido de garimpeiros", acrescentou.

A região conhecida como Auaris, na reserva Yanomami, fica a mais de duas horas de vôo de Boa Vista e, como o local é de difícil acesso, os indígenas não têm contato com a civilização. Na área, que fica localizada no extremo norte do Brasil, há um posto do Exército. "Esses conflitos entre tribos indígenas podem ocorrer até com certa freqüência. Mas eles geralmente usam arco e flecha e a presença de armas de fogo nos causa grande preocupação", frisou Teixeira.
 

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