De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Exército nega ameaças a índios na Amazônia
02/10/2002
Autor: Tânia Monteiro
Fonte: Estado de S. Paulo-São Paulo-SP
Matéria publicada no ´The New York Times´ fala em "intrusão e destruição"
O Comando do Exército brasileiro repudia qualquer tipo de acusação de que os militares possam estar ameaçando índios nas fronteiras da Amazônia. A construção de quartéis, naquela região, é feita respeitando toda a cultura dessas populações e o Comando do Exército lembra ainda que muitos dos soldados que estão servindo nestas unidades militares são índios.
A reação do Exército surgiu em razão de reportagem publicada pelo The New York Times, assinada por Larry Rohter, buscando mostrar que a sobrevivência dos ianomâmis está ameaçada pelos militares.
Na reportagem, realizada na cidade de Surucucu, Roraima, o jornal afirma que, "como parte de um programa para reforçar sua presença ao longo da extensa e em grande parte desprotegida fronteira norte da Amazônia, as Forças Armadas brasileiras estão construindo novas bases e expandindo antigas em territórios reservados aos ianomâmis e outras tribos. À medida que seu número cresce, cada vez mais os soldados estão mantendo relações sexuais com mulheres ianomâmis, disseminando doenças venéreas e desestruturando os padrões de vida do vilarejo, que têm se mantido imutáveis desde a Idade da Pedra".
"Destruição"
Um dos chefes das comunidades locais, chamado Roberto Angamatery, fez declarações enfáticas ao jornal americano. "A destruição já começou", disse ele, em uma entrevista na cabana onde os membros da sua comunidade vivem juntos. "Os soldados dizem que estão aqui para nos proteger, mas eles têm trazido doenças para a nossa terra sem nos consultar. Logo haverá mais e, então, o que nós vamos fazer? Para onde iremos?"
É citado ainda pelo New York Times o secretário-executivo do Conselho Missionário Indígena, Egon Heck, numa entrevisa que teria sido dada em Brasília. "As Forças Armadas simplesmente estão agarrando a oportunidade de ressuscitar um programa que há muito tempo desejavam mas que estava suspenso", disse ele ao jornal. "Não há nada que justifique a construção de bases militares em Roraima, porque não existe uma ameaça concreta de guerrilha lá."
O comandante do Exército, general Gleuber Vieira, já afirmou por diversas vezes que não existe um isolamento entre o índio que está na tribo, que já é praticamente aculturado, que já veste calça jeans, que gosta de ver novela, que aprecia refrigerante, que é a esmagadora maioria, e o que está no quartel. Como existe esta integração, prosseguiu, não há como evitar a convivência.
Segundo ele, 70% da população de São Gabriel da Cachoeira (AM), onde há uma unidade do Exército, por exemplo, é de índios e o natural é que haja a convivência sexual entre soldados índios e índias e até mesmo casamentos.
Para o comandante, é impossível evitar isso, "porque é a lei natural das coisas, que é muito diferente de abuso sexual, que é outra coisa".
O título da reportagem do New York Times é: "Índios da Idade da Pedra temem efeitos da intrusão de militares brasileiros."
O Comando do Exército brasileiro repudia qualquer tipo de acusação de que os militares possam estar ameaçando índios nas fronteiras da Amazônia. A construção de quartéis, naquela região, é feita respeitando toda a cultura dessas populações e o Comando do Exército lembra ainda que muitos dos soldados que estão servindo nestas unidades militares são índios.
A reação do Exército surgiu em razão de reportagem publicada pelo The New York Times, assinada por Larry Rohter, buscando mostrar que a sobrevivência dos ianomâmis está ameaçada pelos militares.
Na reportagem, realizada na cidade de Surucucu, Roraima, o jornal afirma que, "como parte de um programa para reforçar sua presença ao longo da extensa e em grande parte desprotegida fronteira norte da Amazônia, as Forças Armadas brasileiras estão construindo novas bases e expandindo antigas em territórios reservados aos ianomâmis e outras tribos. À medida que seu número cresce, cada vez mais os soldados estão mantendo relações sexuais com mulheres ianomâmis, disseminando doenças venéreas e desestruturando os padrões de vida do vilarejo, que têm se mantido imutáveis desde a Idade da Pedra".
"Destruição"
Um dos chefes das comunidades locais, chamado Roberto Angamatery, fez declarações enfáticas ao jornal americano. "A destruição já começou", disse ele, em uma entrevista na cabana onde os membros da sua comunidade vivem juntos. "Os soldados dizem que estão aqui para nos proteger, mas eles têm trazido doenças para a nossa terra sem nos consultar. Logo haverá mais e, então, o que nós vamos fazer? Para onde iremos?"
É citado ainda pelo New York Times o secretário-executivo do Conselho Missionário Indígena, Egon Heck, numa entrevisa que teria sido dada em Brasília. "As Forças Armadas simplesmente estão agarrando a oportunidade de ressuscitar um programa que há muito tempo desejavam mas que estava suspenso", disse ele ao jornal. "Não há nada que justifique a construção de bases militares em Roraima, porque não existe uma ameaça concreta de guerrilha lá."
O comandante do Exército, general Gleuber Vieira, já afirmou por diversas vezes que não existe um isolamento entre o índio que está na tribo, que já é praticamente aculturado, que já veste calça jeans, que gosta de ver novela, que aprecia refrigerante, que é a esmagadora maioria, e o que está no quartel. Como existe esta integração, prosseguiu, não há como evitar a convivência.
Segundo ele, 70% da população de São Gabriel da Cachoeira (AM), onde há uma unidade do Exército, por exemplo, é de índios e o natural é que haja a convivência sexual entre soldados índios e índias e até mesmo casamentos.
Para o comandante, é impossível evitar isso, "porque é a lei natural das coisas, que é muito diferente de abuso sexual, que é outra coisa".
O título da reportagem do New York Times é: "Índios da Idade da Pedra temem efeitos da intrusão de militares brasileiros."
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