De Pueblos Indígenas en Brasil
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Noticias
Decisão do Supremo não altera rotina
11/12/2008
Autor: Andrezza Trajano
Fonte: Folha de Boa Vista - www.folhabv.com.br
Até no dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento sobre a legalidade da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol em área contínua, o clima de tranqüilidade permaneceu na região. Não houve qualquer incidente envolvendo índios e não-índios pela posse da terra na região.
Com a retomada do julgamento, estimava-se que novos confrontos semelhantes aos que ocorreram no início fossem registrados. Mas o que se observou foi até um clima de conformismo por parte dos índios ligados à Sociedade de Defesa dos Índios Unidos de Roraima (Sodiur), que contestam a demarcação em área única. Com um placar de 8 votos contra seus pleitos, restou apenas aceitar a decisão parcial da Suprema Corte.
Ontem, na Vila Surumu, distante cerca de 230 quilômetros de Boa Vista, índios integrantes do Conselho Indígena de Roraima (CIR) - que exigem a saída imediata de habitantes não-índios da reserva - comemoraram o resultado. Desde segunda-feira que eles realizam uma feira cultural, com exposição de artesanato e pratos típicos. Homens, mulheres e crianças exibiram uma apresentação da dança Parixara. As fazendas de arroz continuavam fechadas.
"Queremos respeito ao nosso povo e que a demarcação permaneça como foi homologada em 2005", disse um dos coordenadores do CIR, Martinho Macuxi.
"Queremos que a indenização a ser paga pela Funai aos habitantes não-índios que tiverem que deixar a reserva seja justa. Ao mesmo tempo, vamos buscar meios de desenvolver a economia dos povos indígenas. Não queremos isolamento", criticou o tuxaua da Aliança de Integração e Desenvolvimento dos Povos Indígenas de Roraima (Alidicir), José Brazão, ao comentar que a saída de arrozeiros da região irá dificultar a sobrevivência dos moradores.
A comerciante Maria Luiza Pereira, que mora há 60 anos em Surumu, inconformada com o andamento do julgamento, foi às lágrimas. "Aqui é um pedaço de mim. Aqui tive meus filhos, criei netos e bisnetos e enterrei meu marido. Me dói saber que terei que ir embora", lamentou. Ela disse que espera uma indenização de aproximadamente R$ 100 mil da Funai para deixar o local, distinto dos R$ 40 mil que ofereceram. Dona Luiza tem três casas em Surumu.
Nas comunidades de Contão e Placas, distante 30 quilômetros da Vila Surumu, nem parecia que o destino de cerca de 19 mil índios pertencentes a cinco etnias habitantes da reserva estava em jogo. Os moradores sequer sabiam que STF estava julgando a legalidade da demarcação da Raposa serra do Sol. Ao tomarem conhecimento pela Folha sobre o que estava ocorrendo, disseram que "qualquer decisão os agradaria".
Com a retomada do julgamento, estimava-se que novos confrontos semelhantes aos que ocorreram no início fossem registrados. Mas o que se observou foi até um clima de conformismo por parte dos índios ligados à Sociedade de Defesa dos Índios Unidos de Roraima (Sodiur), que contestam a demarcação em área única. Com um placar de 8 votos contra seus pleitos, restou apenas aceitar a decisão parcial da Suprema Corte.
Ontem, na Vila Surumu, distante cerca de 230 quilômetros de Boa Vista, índios integrantes do Conselho Indígena de Roraima (CIR) - que exigem a saída imediata de habitantes não-índios da reserva - comemoraram o resultado. Desde segunda-feira que eles realizam uma feira cultural, com exposição de artesanato e pratos típicos. Homens, mulheres e crianças exibiram uma apresentação da dança Parixara. As fazendas de arroz continuavam fechadas.
"Queremos respeito ao nosso povo e que a demarcação permaneça como foi homologada em 2005", disse um dos coordenadores do CIR, Martinho Macuxi.
"Queremos que a indenização a ser paga pela Funai aos habitantes não-índios que tiverem que deixar a reserva seja justa. Ao mesmo tempo, vamos buscar meios de desenvolver a economia dos povos indígenas. Não queremos isolamento", criticou o tuxaua da Aliança de Integração e Desenvolvimento dos Povos Indígenas de Roraima (Alidicir), José Brazão, ao comentar que a saída de arrozeiros da região irá dificultar a sobrevivência dos moradores.
A comerciante Maria Luiza Pereira, que mora há 60 anos em Surumu, inconformada com o andamento do julgamento, foi às lágrimas. "Aqui é um pedaço de mim. Aqui tive meus filhos, criei netos e bisnetos e enterrei meu marido. Me dói saber que terei que ir embora", lamentou. Ela disse que espera uma indenização de aproximadamente R$ 100 mil da Funai para deixar o local, distinto dos R$ 40 mil que ofereceram. Dona Luiza tem três casas em Surumu.
Nas comunidades de Contão e Placas, distante 30 quilômetros da Vila Surumu, nem parecia que o destino de cerca de 19 mil índios pertencentes a cinco etnias habitantes da reserva estava em jogo. Os moradores sequer sabiam que STF estava julgando a legalidade da demarcação da Raposa serra do Sol. Ao tomarem conhecimento pela Folha sobre o que estava ocorrendo, disseram que "qualquer decisão os agradaria".
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