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Queimadas ameaçam Terra Yanomami

27/02/2003

Fonte: CCPY Boletim Yanomami 34-Boa Vista-RR



Aldeias temem a repetição do drama ocorrido em 1998, quando os incêndios em Roraima chamaram a atenção até mesmo da opinião pública internacional. Hoje, a fronteira leste da Terra Indígena é a região mais vulnerável.


O avanço dos desmatamentos e das queimadas no estado de Roraima está preocupando os Yanomami. Os líderes temem a repetição da catástrofe ocorrida em 1998, quando a maior parte do estado foi afetada por incêndios florestais de grandes proporções e a quantidade de fumaça espalhada no ar praticamente isolou o estado pela impossibilidade de tráfego de aeronaves. Hoje, a fronteira leste da Terra Yanomami, entre Apiaú e Ajarani, está bastante vulnerável devido aos inúmeros incêndios provocados nas áreas de colonização adjacentes, a partir de Mucajaí, Iracema, Rouxinho, Apiau, Caracaraí, entre outras. Em alguns locais, o fogo já ultrapassou a linha de demarcação da Terra Indígena Yanomami.
Desde o dia 11 de fevereiro, Roraima está em estado de alerta máximo. O Comitê de Combate a Incêndios proibiu a prática de queimadas nos municípios de Iracema e Mucajaí. Até dia 10 último, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) havia emitido um total de 2.180 autorizações de queimadas. Deste total, 281 foram para o município de Amajari (Trairão e Bom Jesus), 995 para o Cantá (Félix Pinto e Confiança III) e 904 para Mucajaí (Apiaú e Samaúma).
A preocupação dos Yanomami é a mesma das brigadas contra incêndios, principalmente em relação aos agricultores que fazem queimadas sem autorização. O comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Edivaldo Cláudio Amaral, avisou que intensificará o acompanhamento das queimadas autorizadas para evitar a perda de controle do fogo e a ocorrência de incêndios em todo o estado. Ele advertiu ainda que medidas enérgicas, inclusive com responsabilização criminal, serão tomadas contra os agricultores que deixarem o fogo invadir a floresta. Nas últimas frentes de combate aos focos de incêndio, foram empregados 150 bombeiros militares, 63 civis e 143 brigadistas.
 

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