De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

Noticias

Governador e anacés sinalizam acordo

17/06/2010

Autor: Helaine Oliveira

Fonte: O Povo Online - http://opovo.uol.com.br/




Durante a reunião realizada em Caucaia foi apresentado um mapa com a delimitação proposta pelo Estado e pelos anacés. A tribo irá realizar uma assembleia para discutir o assunto e fechar um possível acordo

"Acredito que agora o processo está bem próximo de um entendimento", foi o que relatou o governador Cid Gomes após reunião com representantes da etnia anacé em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza.

O processo citado por ele é a demarcação da terra dos anacés, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). A delimitação da área indígena é exigência da Fundação Nacional do Índio (Funai) para a liberação do terreno da Refinaria Premium II, da Petrobras.

Ainda durante reunião, que teve a presença do prefeito de Caucaia, Washington Góes, do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ernani Barreira e do coordenador regional da Funai, Paulo Barbosa, o governador Cid Gomes apresentou aos anacés um mapa com a proposta de demarcação da terra. "Da área total de 12 mil e 900 hectares, aproximadamente, temos uma área de justaposição de cerca de três mil hectares. O governo se compromete em abrir mão de dois mil hectares entre a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) e a siderúrgica e os anacés se comprometeriam em abrir mão de um mil hectare na área onde será construída a refinaria", explicou. Ainda segundo Cid Gomes, a Refinaria irá custar de U$ 12 bilhões a U$ 17 bilhões, vai gerar de 15 mil a 20 mil empregos na implantação e cinco mil empregos diretos após a construção. "Serão cerca de 300 mil barris de petróleo por dia, o que pode representar, segundo estudos da Petrobras, uma riqueza equivalente a 40% do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará, além de garantir o crescimento de outros empreendimentos que virão com esse", disse.

O Cacique Júnior (da etnia anacé) que estava presente ao encontro, não quis dar mais detalhes sobre a reunião mas destacou: "Foi muito positiva. Agora vamos realizar uma assembleia e conversar com todos da tribo para chegarmos a um acordo", explicou.

Segundo o coordenador regional da Funai, após a definição do mapa é que será criado um grupo de trabalho para dar início às negociações. "Este grupo será formado por representantes do governo do Estado, prefeituras de São Gonçalo do Amarante e Caucaia, além de antropólogos, biólogos e demais técnicos da Funai para acompanhar todo o processo", informou Paulo Barbosa.

Solução

O prefeito de Caucaia acredita que até o dia dois de julho, data marcada para a próxima reunião, o impasse seja solucionado. "Atualmente temos 1.200 índios anacés e seis mil tapebas sem terras demarcadas. Queremos resolver este problema". explicou.


ENTENDA O CASO


Anos 90

> O Instituto do Desenvolvimento Agrário do Ceará (Idace) inicia a desapropriação de terra do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) para a construção da siderúrgica, então Ceara Steel.


Anos 2000

> Muitas famílias da etnia anacé aceitam sair e ir morar em algum reassentamento do Estado. Outros resistem.


2007

> Com o reconhecimento do movimento indígena e da Funai, os anacés ganham força na briga contra o Estado.


2008

> O secular cemitério Cambeba é oferecido como área para um dos empreendimento do Complexo.


2010

> O Governo resolve ouvir o posicionamento dos anacés antes de concluzir a desapropriação do terreno do Pecém para os empreendimentos do Estado.


14 de junho

> Representantes da Funai, Ministério Público Federal, prefeitura de São Gonçalo do Amarante e Caucaia, além do governador se reunem em Brasília para discutir sobre o impasse.

http://opovo.uol.com.br/app/o-povo/economia/2010/06/17/Internaeconomia,2010756/governador-e-anaces-sinalizam-acordo.shtml
 

Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.