De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

Noticias

Sinalização de acordo

21/06/2010

Fonte: O Povo - http://opovo.uol.com.br/



Com a possibilidade do acordo, portanto, espera-se agora que se possa avançar nesse processo satisfazendo todas as partes,
com os Anacés continuando a ocupar suas terras e o estado finalmente concretizando um sonho

A possibilidade de um acordo entre o Governo do Estado e representantes da etnia Anacés, em relação ao impasse que impede a utilização de um terreno na área do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), para a construção da Refinaria Premium II, da Petrobras, é importante nesse momento em que se questiona a viabilidade de vários empreendimentos no Ceará. Pela proposta inicial foi apresentado um mapa com a delimitação concedida pelo Estado e pelos Anacés, no sentido de que se chegue ao consenso. A delimitação da área indígena é exigência da Fundação Nacional do Índio (Funai) para a liberação do terreno da refinaria.

De acordo com a proposta governamental, da área total de 12 mil e 900 hectares em litígio, existiriam uma justaposição de cerca de três mil hectares. O governo se compromete em abrir mão de dois mil hectares entre a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) e a siderúrgica e os Anacés se comprometeriam em abrir mão de um mil hectare na área onde será construída a refinaria. A proposta será levada agora a assembleia dos membros da etnia e se aceita, como acenaram lideranças indígenas, será criado um grupo de trabalho para dar início às negociações, formado por representantes do Governo do Estado, prefeituras de São Gonçalo do Amarante e Caucaia, além de antropólogos, biólogos e técnicos da Funai.

A instalação de uma refinaria no Ceará é um sonho acalentado há anos pelo povo cearense diante o fato de que possa vir a mudar a face de nosso estado. Desde a época do então governador Virgílio Távora, se fala nessa possibilidade. No governo Tasso Jereissati chegamos bem próximos de receber o empreendimento, mas o cenário externo impediu a concretização do objetivo. Mais recentemente, quando tivemos a confirmação da refinaria para o Ceará, a etnia Anacés, de forma legítima, questionou o empreendimento por considerá-lo estar invadindo parte de suas terras. Atualmente 1.200 anacés vivem em terras não demarcadas.

Com a possibilidade do acordo, portanto, espera-se agora que se possa avançar nesse processo satisfazendo todas as partes, com os anacés continuando a ocupar suas terras e o estado finalmente concretizando um sonho. O Ceará não pode prescindir de um projeto que irá custar de U$ 12 bilhões a U$ 17 bilhões e gerar entre 15 mil a 20 mil empregos na implantação e cinco mil empregos diretos após a construção. Em operação, a refinaria vai produzir cerca de 300 mil barris de petróleo por dia, o que pode representar, segundo estudos da Petrobras, riqueza equivalente a 40% do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará. Devemos, portanto, acreditar que o entendimento é possível.

http://opovo.uol.com.br/app/o-povo/opiniao/2010/06/21/int_opiniao,2012265/b-sinalizacao-de-acordo-b.shtml
 

Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.