De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

News

Petrobras entrega estudo ambiental da Premium II

25/01/2011

Autor: Sérgio de Sousa e Victor Ximenes

Fonte: Diário do Nordeste - http://diariodonordeste.globo.com/



Os documentos são pré-requisito para a obtenção da licença prévia e foram entregues no último dia 19

A Petrobras já possui concluídos os estudos que avaliam os impactos ambientais que a refinaria Premium II gerará no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), onde esta será instalada. Os documentos, que constituem um pré-requisito para a obtenção da licença prévia (LP) da usina, foram entregues no último dia 19 à Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), órgão responsável pelo licenciamento do empreendimento.

O Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório (EIA-Rima) será agora avaliado pelo órgão, que terá, de acordo com a legislação vigente, o prazo mínimo de seis meses para sua análise, segundo informou, por nota, o órgão.

O tempo estendido é considerado necessário para que se possa estudar toda a documentação, que consta de sete volumes, no caso do EIA, e mais um outro para o Rima.

Cronograma

"Os próximos passos são: realização de audiência pública, se solicitada no prazo máximo de 45 dias; e, posteriormente, envio de um relatório final, fruto da análise técnica da Semace ao Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema), onde será aprovada ou não a liberação da licença prévia", esclareceu a nota.

A Semace reforçou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a audiência pública pode ser solicitada tanto por ela própria, como qualquer outro ente, como, por exemplo, o Ministério Público. Desde o último dia 19, o prazo para esta solicitação está correndo.

Para iniciar obras

A licença prévia é obrigatória para que a Petrobras possa iniciar as obras de preparação do terreno que receberá o empreendimento, como as etapas de supressão vegetal e terraplanagem. Já para começar a erguer a usina, será necessária a futura obtenção da licença de instalação (LI) e, quando pronta, a refinaria precisará da licença de operação (LO) para iniciar seu funcionamento.

Elaboração do documento

Desde novembro de 2009, a Associação Técnico-Científica Eng° Paulo de Frontin (Astef) - entidade jurídica de direito privado, vinculada ao Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) - vinha elaborando o documento, contratada pela Petrobras.

Impasse

O prazo de entrega do estudo chegou a ser adiado por diversas vezes, especialmente por motivos dos impasses envolvendo a posse do terreno destinado à refinaria, reclamado pela tribo indígena Anacé.

Em julho do ano passado, um acordo foi celebrado entre os representantes indígenas e o governo estadual, permitindo que o empreendimento fosse instalado na área litigiosa. Entretanto, a decisão final sobre a questão será dada através do resultado do estudo que está sendo feito pela Funai (Fundação Nacional do Índio) no Pecém.

A liberação do terreno para a usina ocorreu somente em dezembro passado, embora algumas áreas ainda não estivessem desapropriadas. Para os índios, a demarcação da terra pela Funai é a principal questão a ser resolvida antes da construção da usina. Mesmo com esta indefinição, no último dia 29, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva descerrou a placa alusiva à pedra fundamental da refinaria Premium II, no Cipp.

Mercado

A previsão é que a refinaria comece a funcionar em 2017, com produção de 300 barris de petróleo por dia, voltados para o mercado interno.

Cronograma

6 meses é o prazo mínimo para análise do Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório (EIA-Rima)


SEM DATA DEFINIDA

Funai fará 3 estudo na área

Um dos entraves à continuidade do projeto da refinaria é o estudo da Funai, que demorará mais do que o previsto

A Funai (Fundação Nacional do Índio) precisará de um terceiro trabalho de campo na região onde deverá ser instalada a Refinaria Premium II para concluir o estudo sobre a delimitação das terras da tribo Anacé, informou, em nota, a assessoria de comunicação do órgão. Conforme a Funai, a data para o início do novo levantamento técnico sequer é conhecida, "pois os técnicos responsáveis estão de férias". Segundo a nota, com a necessidade da nova pesquisa de campo, não há previsão para a conclusão dos estudos.

110 dias

A assessoria informou que, após o retorno do trabalho na região, o grupo técnico ainda terá 110 dias para a apresentação dos relatórios preliminares. Segundo a Funai, devido à complexidade do estudo, a entidade viu a necessidade de retorno do grupo para um detalhamento mais minucioso. "Os estudos complementares são necessários à caracterização do relatório circunstanciado de identificação e delimitação, de forma que se cumpram as regras estabelecidas pela portaria Funai n 14 de 9 de janeiro de 1996", diz a assessoria.

Atraso

No fim do ano passado, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia visitado o terreno para descerrar a placa alusiva à pedra fundamental do empreendimento, a expectativa da Funai era de que o levantamento acerca das terras supostamente pertencentes aos Anacés ficasse pronto entre os meses de janeiro e fevereiro.

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=922623
 

The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source