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Yanomami começam a criar abelhas

06/05/2004

Fonte: CCP-Boletim pro Yanomami- no. 48 -Boa Vista-RR



Com recursos do Programa Demonstrativo dos Povos Indígenas (PDPI), os índios Yanomami iniciaram a implantação do projeto de apicultura, que tem o apoio institucional da Comissão Pró-Yanomami, por meio do seu Programa Ambiental. A execução da atividade foi precedida de um curso prático, ministrado pela Casa da Cultura, no período de 26 de março a 4 de abril, em Presidente Figueiredo (AM), com a participação de 11 Yanomami (cinco do Demini e seis do Toototobi) todos agentes florestais, além de dois índios Macuxi, da Aldeia da Roça (Reserva São Marcos).
Os índios tiveram acesso às diferenças entre apicultura (com abelhas africanizadas) e meliponicultura (com abelhas nativas sem ferrão).
Em seguida, o grupo passou às atividades práticas, sob a orientação do técnico em manejo apícola José Clodoaldo. Durante essa etapa, prevista para ser concluída no próximo dia 12 de maio, os índios estão aprendendo a fazer o manejo apícola e a instalação do meliponário em local adequado.
O Programa Ambiental Yanomami vem, desde 2000, desenvolvendo uma série de atividades voltadas à melhoria da qualidade de vida das comunidades indígenas. Nesses últimos três anos, foram criados viveiros de frutíferas e iniciado um projeto para a recuperação das áreas degradas pelo garimpo. O Programa, em execução nas regiões do Demini e Toototobi, atendendo a sete grupos yanomami, tem o apoio do PDA-PPG7, do Ministério do Meio Ambiente.
Os Yanomami, por meio de Davi Kopenawa, manifestaram também interesse em produzir mel, considerando a importância do produto na dieta do grupo além de ser uma alternativa econômica promissora no mercado regional e nacional.Recente diagnóstico ambiental na região do alto rio Mucajaí (Homoxi), foram identificadas 40 espécies de abelhas, das quais 39 são nativas. Todo esse potencial estimulou a elaboração de um projeto voltado à produção de mel. Para os próximos três anos, o projeto tem como metas, primeiro, a formação de, pelo menos, dois meliponicultores e apicultores nas oito comunidades envolvidas (Watoriki, Pia u, Kokoi u, Apiahiki, Okarasipi, Koyopi, Wanupi u e Xiroxiropi u), beneficiando cerca de 700 índios; instalar um meliponário, com 20 enxames de abelhas nativas, e um apiário, com cinco enxames de abelhas Apis, em cada comunidade e, por fim, implantar uma casa de mel em cada região de abrangência.
 

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