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PF abre inquérito para investigar ameaça ao líder Davi Yanomami
31/07/2014
Fonte: Folha de Boa Vista - www.folhabv.com.br
PF abre inquérito para investigar ameaça ao líder Davi Yanomami
A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar as ameaças de morte ao líder indígena Davi Kopenawa Yanomami, em razão das denúncias de garimpagem ilegal na reserva dos yanomami. O roubo na sede do Instituto Socioambiental (ISA), em Boa Vista, também será apurado. Os dois casos foram apresentados no início da semana, à PF, em relatório protocolado pelo próprio Davi.
Em nota conjunta divulgada ontem, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal consideraram que os fatos narrados são graves e que inquérito tem o intuito de apurar os autores do cometimento dos crimes.
"Como medida preventiva foi solicitado ao secretário de Segurança Pública do Estado de Roraima o reforço de policiamento ostensivo na região onde ocorrera o aludido crime. O assunto foi discutido durante reunião realizada nesta quarta-feira (30) entre o superintendente da Polícia Federal em Roraima, o procurador da República Gustavo Kenner Alcântara e o secretário de Segurança Pública, Amadeu Soares, que se comprometeu a providenciar rondas periódicas no local para garantir a segurança dos indígenas", diz a nota.
Além disso, foi solicitado o encaminhamento do caso à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, para avaliação quanto a possível inclusão de Davi Kopenawa Yanomami no Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos.
Os dois órgãos informam ainda, que "sempre" realizaram operações estratégicas com a finalidade de prevenção e repressão a diversos ilícitos na Terra Indígena Yanomami. "Como exemplo, podemos citar as operações Baixo Rio Branco, Curaretinga, Escudo Dourado I e II e Xawara deflagradas ao longo dos últimos seis anos".
Em todas estas operações houve prisão em flagrante de garimpeiros, destruição de balsas, apreensão de munições, armas, mercúrio, balança de precisão, rádio comunicador, gêneros alimentícios, moto-bomba, gerador, bem como, a destruição de diversos acampamentos utilizados pelos garimpeiros, com o objetivo de desarticular a atividade ilegal.
No decorrer das investigações da Operação Xawara, foram identificados cinco grupos criminosos que atuavam para manter o garimpo ilegal, sendo eles formados por aviadores, empresários ligados ao ramo de joalheria e proprietários de balsas e motores para a extração do ouro.
Vários aviões foram utilizados para o transporte com o fim de levar pessoas, maquinário, alimentação, mercúrio e munição para arma de fogo.
A Terra Indígena Yanomami/Ye'kuana sofre com a pressão decorrente da expansão dos assentamentos, incluindo grilagem em área de fronteira, garimpo, desmatamento, pesca e caça ilegal, além de atividades madeireiras, ilícitos esses que trazem grande prejuízo às comunidades indígenas, tais como doenças, contaminação dos rios e nascentes, alcoolismo, mão de obra análoga a escrava e conflitos internos.
A extração de ouro ocorre nos leitos dos rios por meio do bombeamento do material do fundo para a superfície de grandes balsas ou pela lavra em barrancos causando forte impacto ambiental.
OUTRO LADO - Davi Yanomami não foi localizado ontem, para comentar as providências anunciadas pela PF e MPF.
Folha de Boa Vista, 31/07/2014
http://www.folhabv.com.br/noticia.php?id=172264#
A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar as ameaças de morte ao líder indígena Davi Kopenawa Yanomami, em razão das denúncias de garimpagem ilegal na reserva dos yanomami. O roubo na sede do Instituto Socioambiental (ISA), em Boa Vista, também será apurado. Os dois casos foram apresentados no início da semana, à PF, em relatório protocolado pelo próprio Davi.
Em nota conjunta divulgada ontem, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal consideraram que os fatos narrados são graves e que inquérito tem o intuito de apurar os autores do cometimento dos crimes.
"Como medida preventiva foi solicitado ao secretário de Segurança Pública do Estado de Roraima o reforço de policiamento ostensivo na região onde ocorrera o aludido crime. O assunto foi discutido durante reunião realizada nesta quarta-feira (30) entre o superintendente da Polícia Federal em Roraima, o procurador da República Gustavo Kenner Alcântara e o secretário de Segurança Pública, Amadeu Soares, que se comprometeu a providenciar rondas periódicas no local para garantir a segurança dos indígenas", diz a nota.
Além disso, foi solicitado o encaminhamento do caso à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, para avaliação quanto a possível inclusão de Davi Kopenawa Yanomami no Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos.
Os dois órgãos informam ainda, que "sempre" realizaram operações estratégicas com a finalidade de prevenção e repressão a diversos ilícitos na Terra Indígena Yanomami. "Como exemplo, podemos citar as operações Baixo Rio Branco, Curaretinga, Escudo Dourado I e II e Xawara deflagradas ao longo dos últimos seis anos".
Em todas estas operações houve prisão em flagrante de garimpeiros, destruição de balsas, apreensão de munições, armas, mercúrio, balança de precisão, rádio comunicador, gêneros alimentícios, moto-bomba, gerador, bem como, a destruição de diversos acampamentos utilizados pelos garimpeiros, com o objetivo de desarticular a atividade ilegal.
No decorrer das investigações da Operação Xawara, foram identificados cinco grupos criminosos que atuavam para manter o garimpo ilegal, sendo eles formados por aviadores, empresários ligados ao ramo de joalheria e proprietários de balsas e motores para a extração do ouro.
Vários aviões foram utilizados para o transporte com o fim de levar pessoas, maquinário, alimentação, mercúrio e munição para arma de fogo.
A Terra Indígena Yanomami/Ye'kuana sofre com a pressão decorrente da expansão dos assentamentos, incluindo grilagem em área de fronteira, garimpo, desmatamento, pesca e caça ilegal, além de atividades madeireiras, ilícitos esses que trazem grande prejuízo às comunidades indígenas, tais como doenças, contaminação dos rios e nascentes, alcoolismo, mão de obra análoga a escrava e conflitos internos.
A extração de ouro ocorre nos leitos dos rios por meio do bombeamento do material do fundo para a superfície de grandes balsas ou pela lavra em barrancos causando forte impacto ambiental.
OUTRO LADO - Davi Yanomami não foi localizado ontem, para comentar as providências anunciadas pela PF e MPF.
Folha de Boa Vista, 31/07/2014
http://www.folhabv.com.br/noticia.php?id=172264#
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