De Pueblos Indígenas en Brasil
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Comissão condena atenção a índios
07/04/2005
Autor: JOANICE DE DEUS
Fonte: Diário de Cuiabá-Cuiabá-MT
Deputados constataram que distrito de Campinápolis tem 212 crianças com desnutrição e só uma equipe médica
A comissão externa da Câmara dos Deputados constatou "in loco" as condições de precariedade, fome e miséria em que vivem os índios xavantes da aldeia São Felipe, na reserva Parabubure, em Campinápolis (565 quilômetros de Cuiabá). Os deputados federais visitaram a aldeia, onde vivem 100 índios, na quarta-feira.
Em Campinápolis, vive quase a metade dos xavantes de Mato Grosso. O Distrito Especial Indígena (DSEI) da cidade tem 212 crianças com desnutrição e só uma equipe médica, num distrito que deveria no mínimo três, segundo o deputado Geraldo Rezende (PPS-MS), presidente da Comissão.
No ultimo mês, a situação dos índios da aldeia São Felipe ganhou repercussão nacional com a morte de crianças por desnutrição. Na comunidade, os deputados que integram a comissão conversaram com os líderes, caciques e visitaram postos de saúde. Os índios reclamaram da falta de medicamentos, de médicos, enfermeiros, agentes de saúde, água tratada, saneamento básico e, inclusive, alimentos para as crianças. Depois, os deputados participaram de uma audiência pública em Campinápolis.
O prefeito da cidade, Altino Vieira Rezende, informou à comissão que o problema da desnutrição é antigo. Em 2002, ocorreram 48 mortes de crianças. No ano seguinte, foram outras 45 e, em 2004, 40. Neste ano, são seis mortes, sendo duas por desnutrição. O prefeito também relatou problemas graves de alcoolismo e outras drogas.
O chefe do DSEI, Paulo Félix, informou que na reserva a população vem crescendo ano após ano. Hoje vivem 14 mil índios em 173 aldeias, espalhadas em 250 mil hectares. Em 1999, eram 9.100 índios. Em 2002, o número de aldeia era apenas 122.
Os índices de mortalidade vêm diminuindo, mas ainda são alarmantes. Em 1999, o índice era de 80 mortes por mil crianças vivas, número que pulou para 122 no ano seguinte. Em 2001 foi 126 e em 2002 cai para 99. Já em 2003, o índice era de 66,3, subindo no ano passado para 76,77. As principais causas são doenças como pneumonia e diarréia. "O índice de mortalidade infantil é o principal indicador dos resultados das políticas públicas de saúde de um país", comentou o deputado Rezende. "Em Mato Grosso, esse índice é vergonhoso. Morrem relativamente de três a cinco vezes mais crianças indígenas do que na população não índia", afirmou o deputado, durante audiência pública realizada ontem no Plenarinho da Assembléia Legislativa, em Cuiabá.
Os deputados Geraldo Rezende (PPS-MS), Thelma de Oliveira (PSDB-MT), Teté Bezerra (PMDB-MT), Fernando Gabeira (PV-MS) e Taís Barbosa (PMDB) representaram o parlamento federal na visita, que resultará num relatório nacional sobre a real situação dos índios que residem em reservas nos dois estados envolvidos no mapeamento. O documento será enviado ao presidente Lula. Segundo Rezende, a intenção é detectar como o índio está vivendo, o que ele precisa, o que espera e como ele está sendo cuidado.
A comissão externa da Câmara dos Deputados constatou "in loco" as condições de precariedade, fome e miséria em que vivem os índios xavantes da aldeia São Felipe, na reserva Parabubure, em Campinápolis (565 quilômetros de Cuiabá). Os deputados federais visitaram a aldeia, onde vivem 100 índios, na quarta-feira.
Em Campinápolis, vive quase a metade dos xavantes de Mato Grosso. O Distrito Especial Indígena (DSEI) da cidade tem 212 crianças com desnutrição e só uma equipe médica, num distrito que deveria no mínimo três, segundo o deputado Geraldo Rezende (PPS-MS), presidente da Comissão.
No ultimo mês, a situação dos índios da aldeia São Felipe ganhou repercussão nacional com a morte de crianças por desnutrição. Na comunidade, os deputados que integram a comissão conversaram com os líderes, caciques e visitaram postos de saúde. Os índios reclamaram da falta de medicamentos, de médicos, enfermeiros, agentes de saúde, água tratada, saneamento básico e, inclusive, alimentos para as crianças. Depois, os deputados participaram de uma audiência pública em Campinápolis.
O prefeito da cidade, Altino Vieira Rezende, informou à comissão que o problema da desnutrição é antigo. Em 2002, ocorreram 48 mortes de crianças. No ano seguinte, foram outras 45 e, em 2004, 40. Neste ano, são seis mortes, sendo duas por desnutrição. O prefeito também relatou problemas graves de alcoolismo e outras drogas.
O chefe do DSEI, Paulo Félix, informou que na reserva a população vem crescendo ano após ano. Hoje vivem 14 mil índios em 173 aldeias, espalhadas em 250 mil hectares. Em 1999, eram 9.100 índios. Em 2002, o número de aldeia era apenas 122.
Os índices de mortalidade vêm diminuindo, mas ainda são alarmantes. Em 1999, o índice era de 80 mortes por mil crianças vivas, número que pulou para 122 no ano seguinte. Em 2001 foi 126 e em 2002 cai para 99. Já em 2003, o índice era de 66,3, subindo no ano passado para 76,77. As principais causas são doenças como pneumonia e diarréia. "O índice de mortalidade infantil é o principal indicador dos resultados das políticas públicas de saúde de um país", comentou o deputado Rezende. "Em Mato Grosso, esse índice é vergonhoso. Morrem relativamente de três a cinco vezes mais crianças indígenas do que na população não índia", afirmou o deputado, durante audiência pública realizada ontem no Plenarinho da Assembléia Legislativa, em Cuiabá.
Os deputados Geraldo Rezende (PPS-MS), Thelma de Oliveira (PSDB-MT), Teté Bezerra (PMDB-MT), Fernando Gabeira (PV-MS) e Taís Barbosa (PMDB) representaram o parlamento federal na visita, que resultará num relatório nacional sobre a real situação dos índios que residem em reservas nos dois estados envolvidos no mapeamento. O documento será enviado ao presidente Lula. Segundo Rezende, a intenção é detectar como o índio está vivendo, o que ele precisa, o que espera e como ele está sendo cuidado.
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