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Roosevelt ainda é alvo de garimpo

21/03/2006

Fonte: CB, Brasil, p. 13



Roosevelt ainda é alvo de garimpo

O assassinato de 32 garimpeiros que atuavam na Reserva Roosevelt, em Rondônia, em
abril de 2004, não intimidou forasteiros, que continuam invadindo a área para extração ilegal de diamantes em uma das maiores jazidas do mundo. Segundo informações do Ministério da Justiça, aproximadamente 300 garimpeiros estariam na terra dos cintas-largas, alguns deles comandados pelos próprios índios. Mas segundo cálculos de quem está instalado nas cidades vizinhas, o número é bem maior, de 700 a 1.000 pessoas.

Caciques proibiram a entrada de agentes federais na reserva. Atentos, os policiais evitam ultrapassar as seis bases montadas ao redor da terra indígena. Segundo os caciques, no final de 2005 o diretor da PF para Assuntos de Fronteira, Mauro Sposito, e três agentes foram aprisionados na aldeia de João Bravo Cinta-Larga. Depois de pintar o diretor da PF com urucu, o que é considerado por eles uma humilhação, um dos caciques, Ita, teria segurado uma pena de gavião real e simulou cortar o pescoço do delegado: "Aqui, nós somos a autoridade".

Desde então, o contato com os índios tem sido feito por emissários da Fundação Nacional do Índio (Funai), que nas últimas semanas intensificaram o processo de negociação para remover garimpeiros que atuam sob a guarda dos cintas-largas, segundo o secretário-executivo do Ministérioda Justiça, Luiz Paulo
Barreto. A iniciativa é parte de uma grande operação que será deflagrada pela PF dentro da reserva nos próximos dias.

Uma ronda aérea já teria identificado 30 máquinas resumidoras - usadas na extração do diamante - em atividade na reserva, neste momento. De acordo com Luiz Paulo Barreto, os garimpeiros driblaram a fiscalização e, com uma retroescavadeira, abriram uma nova estrada de acesso às áreas de concentração da pedra.

CB, Brasil, 21/03/2006, p. 13
 

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