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O que eu preciso é de espaço de escuta', diz autora indígena Márcia Kambeba
22/04/2023
Fonte: FSP - https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2023/04
O que eu preciso é de espaço de escuta', diz autora indígena Márcia Kambeba
A escritora e o cientista Paulo Moutinho participaram de debate sobre a Amazônia, que integra a série Perguntas sobre o Brasil
Gabriel Araújo
Belo Horizonte
22.abr.2023 às 13h22
"O lugar de fala é o lugar da minha identidade, do meu pertencimento e da minha memória", disse a escritora e ativista indígena Márcia Wayna Kambeba no 15o debate do ciclo Perguntas sobre o Brasil. "O que eu preciso é de espaço de escuta, isso sim."
A afirmação da autora, que pertence ao povo Omágua, do Alto Solimões (AM), reforçou uma proposta em comum, apresentada na mesa realizada de forma online na tarde da quarta (19), dia dos Povos Indígenas.
Ela e o doutor em ecologia Paulo Moutinho, cofundador e cientista sênior do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam Amazônia), defenderam uma floresta que seja ouvida por meio da voz dos seus povos originários.
A mediação do debate, cujo mote foi "Qual É a Amazônia que Queremos?", ficou a cargo da jornalista da Folha Giuliana de Toledo, editora de Ambiente e do projeto especial Planeta em Transe.
"Quando escutarem o que esses povos têm a dizer, teremos uma cidadania amazônica e um futuro para as próximas gerações", afirma Moutinho. "E eu não digo só para as questões ambientais e econômicas."
Embora o desmonte nas políticas de preservação ambiental não seja um fenômeno recente, os últimos quatro anos de governo de Jair Bolsonaro (PL) representaram um período especialmente crítico para a região. Segundo uma análise do Instituto Socioambiental (ISA), o ex-presidente deixou a gestão com um aumento de 94% do desmatamento na área, quando comparado com os anos anteriores. A marca simboliza o maior retrocesso ambiental do século no país.
"Não é fácil para o atual governo fazer uma mudança radical. A gente imagina que ainda vai levar tempo para que se remonte tudo e se crie outras ações inovadoras", diz o cientista.
Para Moutinho, é bem-vinda a promessa de que serão homologadas 14 terras indígenas ainda neste ano em áreas do Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Paraíba, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ao todo, os territórios somam cerca de 1,5 milhão de hectares.
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2023/04/o-que-eu-preciso-e-de-espaco-de-escuta-diz-autora-indigena-marcia-kambeba.shtml
A escritora e o cientista Paulo Moutinho participaram de debate sobre a Amazônia, que integra a série Perguntas sobre o Brasil
Gabriel Araújo
Belo Horizonte
22.abr.2023 às 13h22
"O lugar de fala é o lugar da minha identidade, do meu pertencimento e da minha memória", disse a escritora e ativista indígena Márcia Wayna Kambeba no 15o debate do ciclo Perguntas sobre o Brasil. "O que eu preciso é de espaço de escuta, isso sim."
A afirmação da autora, que pertence ao povo Omágua, do Alto Solimões (AM), reforçou uma proposta em comum, apresentada na mesa realizada de forma online na tarde da quarta (19), dia dos Povos Indígenas.
Ela e o doutor em ecologia Paulo Moutinho, cofundador e cientista sênior do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam Amazônia), defenderam uma floresta que seja ouvida por meio da voz dos seus povos originários.
A mediação do debate, cujo mote foi "Qual É a Amazônia que Queremos?", ficou a cargo da jornalista da Folha Giuliana de Toledo, editora de Ambiente e do projeto especial Planeta em Transe.
"Quando escutarem o que esses povos têm a dizer, teremos uma cidadania amazônica e um futuro para as próximas gerações", afirma Moutinho. "E eu não digo só para as questões ambientais e econômicas."
Embora o desmonte nas políticas de preservação ambiental não seja um fenômeno recente, os últimos quatro anos de governo de Jair Bolsonaro (PL) representaram um período especialmente crítico para a região. Segundo uma análise do Instituto Socioambiental (ISA), o ex-presidente deixou a gestão com um aumento de 94% do desmatamento na área, quando comparado com os anos anteriores. A marca simboliza o maior retrocesso ambiental do século no país.
"Não é fácil para o atual governo fazer uma mudança radical. A gente imagina que ainda vai levar tempo para que se remonte tudo e se crie outras ações inovadoras", diz o cientista.
Para Moutinho, é bem-vinda a promessa de que serão homologadas 14 terras indígenas ainda neste ano em áreas do Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Paraíba, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ao todo, os territórios somam cerca de 1,5 milhão de hectares.
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2023/04/o-que-eu-preciso-e-de-espaco-de-escuta-diz-autora-indigena-marcia-kambeba.shtml
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