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Indígenas pedem exoneração de gestora no Amazonas e apontam omissão da Funai
20/07/2025
Autor: Jadson Lima
Fonte: Agencia Cenarium - https://agenciacenarium.com.br
MANAUS (AM) - Lideranças indígenas do Amazonas afirmaram à CENARIUM que Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) vem ignorando, há mais de dois meses, a decisão de uma Assembleia Geral dos Tuxauas de Tapauá (AM), município localizado a 449 quilômetros de Manaus, a qual pede a exoneração da gestora da Coordenação Regional Local (CTL), Luciana Bradete da Silva. O documento obtido pela reportagem é datado de 24 de abril de 2025 e foi encaminhado ao coordenador da instituição em Lábrea (AM) Samuel Barreto.
De acordo com o ofício 001/2025 AGTTAM, assinado por lideranças de 23 aldeias, as reuniões ocorridas entre os dias 22 e 23 de abril foi motivada pela "grave situação enfrentada pelos tuxauas". O texto aponta problemas como: abandono; descaso; e a falta de apoio nas aldeias, agravada pela atual situação da CLT de Tapauá (AM), que não tem estrutura para atender às necessidades das comunidades tradicionais. Os líderes pedem que Bradete seja afastada do cargo e citam o nome de Geovan Leôncio de Oliveira como votado "por maioria das lideranças" para assumir a função.
"Solicitamos a exoneração da atual gestora da CLT de Tapauá, Luciana Bradete da Silva e a nomeação por maioria dos votos das lideranças presentes, do sr. Geovan Leôncio de Oliveira para assumir a função [...] Reforçamos a necessidade de uma resposta rápida, pois a situação nas aldeias é crítica e a continuidade da atual gestão coloca em risco a sobrevivência e bem-estar dos nossos povos. Declaramos que caso não haja mudanças, o movimento indígena intensificará sua atuação em defesa dos direitos indígenas", diz trecho do documento. Veja:
Uma das lideranças indígenas disse à reportagem que, após a inação da Funai sobre a decisão da assembleia dos tuxauas, o Ministério Público Federal (MPF) foi acionado para mediar a situação. Documento mostra que Samuel Barreto, coordenador da Funai em Lábrea (AM) é alvo de um mandado de segurança "a fim de determinar a nomeação de Geovan Leôncio para a coordenador técnico local de Tapauá". O caso está no gabinete do procurador da república Galtiênio da Cruz Paulino.
Violência e omissão da Funai
À CENARIUM, uma liderança revelou agressões contra indígenas e disse que a Funai é omissa em casos de violência dentro dos territórios. Um dos registros de agressão ocorreu em janeiro deste ano, quando o cacique José dos Santos, da aldeia Ponta do Evaristo, foi agredido por um agente de saúde indígena, identificado como Edilson Pinheiro da Silva dentro da Casa de Saúde Indígena (Casai) de Tapauá. O caso foi denunciado no 64o Distrito Integrado de Polícia (DIP), da Policia Civil do Amazonas (PC-AM). Veja documento:
Vídeo enviado à reportagem registrou o momento em que os dois indígenas discutem após Edilson afirmar que as lideranças que estavam ausentes no dia anterior ao registro não teriam a palavra para falar com o coordenador do local. O caso ocorreu em 7 de janeiro de 2025. Antes do início da confusão, o agente de saúde que estava com falando com as pessoas presentes no encontro disse que "se começar a tumultuar, vamos começar um porradal". Veja vídeo:
A reportagem solicitou posicionamento da Funai sobre os casos reportados por indígenas, por meio de documentos assinados por lideranças dos povos originários. A instituição foi questionada sobre quais procedimentos têm adotado para garantir os direitos dos indígenas na região de Tapauá (AM), além de pedir esclarecimentos sobre o servidor que está respondendo pelo CTL do município amazonense. Até o fechamento deste material não houve retorno.
https://agenciacenarium.com.br/indigenas-pedem-exoneracao-de-gestora-no-amazonas-e-apontam-omissao-da-funai/
De acordo com o ofício 001/2025 AGTTAM, assinado por lideranças de 23 aldeias, as reuniões ocorridas entre os dias 22 e 23 de abril foi motivada pela "grave situação enfrentada pelos tuxauas". O texto aponta problemas como: abandono; descaso; e a falta de apoio nas aldeias, agravada pela atual situação da CLT de Tapauá (AM), que não tem estrutura para atender às necessidades das comunidades tradicionais. Os líderes pedem que Bradete seja afastada do cargo e citam o nome de Geovan Leôncio de Oliveira como votado "por maioria das lideranças" para assumir a função.
"Solicitamos a exoneração da atual gestora da CLT de Tapauá, Luciana Bradete da Silva e a nomeação por maioria dos votos das lideranças presentes, do sr. Geovan Leôncio de Oliveira para assumir a função [...] Reforçamos a necessidade de uma resposta rápida, pois a situação nas aldeias é crítica e a continuidade da atual gestão coloca em risco a sobrevivência e bem-estar dos nossos povos. Declaramos que caso não haja mudanças, o movimento indígena intensificará sua atuação em defesa dos direitos indígenas", diz trecho do documento. Veja:
Uma das lideranças indígenas disse à reportagem que, após a inação da Funai sobre a decisão da assembleia dos tuxauas, o Ministério Público Federal (MPF) foi acionado para mediar a situação. Documento mostra que Samuel Barreto, coordenador da Funai em Lábrea (AM) é alvo de um mandado de segurança "a fim de determinar a nomeação de Geovan Leôncio para a coordenador técnico local de Tapauá". O caso está no gabinete do procurador da república Galtiênio da Cruz Paulino.
Violência e omissão da Funai
À CENARIUM, uma liderança revelou agressões contra indígenas e disse que a Funai é omissa em casos de violência dentro dos territórios. Um dos registros de agressão ocorreu em janeiro deste ano, quando o cacique José dos Santos, da aldeia Ponta do Evaristo, foi agredido por um agente de saúde indígena, identificado como Edilson Pinheiro da Silva dentro da Casa de Saúde Indígena (Casai) de Tapauá. O caso foi denunciado no 64o Distrito Integrado de Polícia (DIP), da Policia Civil do Amazonas (PC-AM). Veja documento:
Vídeo enviado à reportagem registrou o momento em que os dois indígenas discutem após Edilson afirmar que as lideranças que estavam ausentes no dia anterior ao registro não teriam a palavra para falar com o coordenador do local. O caso ocorreu em 7 de janeiro de 2025. Antes do início da confusão, o agente de saúde que estava com falando com as pessoas presentes no encontro disse que "se começar a tumultuar, vamos começar um porradal". Veja vídeo:
A reportagem solicitou posicionamento da Funai sobre os casos reportados por indígenas, por meio de documentos assinados por lideranças dos povos originários. A instituição foi questionada sobre quais procedimentos têm adotado para garantir os direitos dos indígenas na região de Tapauá (AM), além de pedir esclarecimentos sobre o servidor que está respondendo pelo CTL do município amazonense. Até o fechamento deste material não houve retorno.
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