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Marina Silva: estudos vão dizer se a BR-319 tem viabilidade ambiental
21/07/2025
Autor: Lucas dos Santos
Fonte: A Crítica - https://www.acritica.com
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), reiterou que a reforma da rodovia BR-319 precisa passar por avaliação ambiental estratégica para garantir sua viabilidade ambiental. A política disse que defende um estudo mais abrangente há quase 20 anos para demonstrar de que forma a estrada pode ser recuperada sem causar danos ambientais sérios.
"Eu sempre digo que a gente não diz apenas o que não pode, mas como pode e da forma certa. Quando é possível, a gente tenta encontrar os caminhos. Quando você diz 'é possível fazer alguma coisa, desde que', a resposta imediata é dizer que é contra. Se você coloca um 'desde que', imediatamente está sendo contra. É possível fazer algo, desde que se façam os estudos", disse.
A fala de Marina Silva ocorreu durante coletiva de imprensa nessa segunda-feira (21) no VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, que segue até sexta-feira (25), em Manaus. O evento deste ano reúne lideranças, ministros e secretários de meio ambiente para tratar de respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver.
A ministra destacou que o que ocorreu entre o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério dos Transportes não se tratou de um acordo, mas de um procedimento que existe no mundo todo: a avaliação ambiental estratégica, uma modalidade de processo ambiental que busca identificar, prever e avaliar os impactos de um empreendimento em toda sua área de implementação.
"Eu tenho a alegria de dizer que o ministro Renan Filho (MDB), nessa gestão do terceiro mandato do presidente Lula (PT), concordou em fazer esses estudos para a BR-319. Além disso, um processo de gestão do território, fazendo a destinação correta das áreas que não foram destinadas para unidades de conservação, terras indígenas, florestas nacionais, assentamentos extrativistas, nunca para corte raso", elencou.
Desde que a recuperação da estrada entrou na pauta ainda nos anos 2000, a rodovia passou por um Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que se concentra na análise mais específica do empreendimento, mas não leva em conta as consequências nos arredores.
PL da Devastação
Questionada sobre a aprovação do chamado PL da Devastação, que desmonta o licenciamento ambiental na prática, a ministra afirmou que espera a não prosperidade desse tipo de proposta, pois significaria um retrocesso aos tempos da construção da Hidrelétrica de Balbina.
"Não consigo imaginar isso em pleno século XXI. Portanto, há um esforço em diálogo com o Congresso para que a gente faça ver que isso não é bom para o Brasil, não é bom para o agronegócio, não é bom para ninguém. Vai criar insegurança jurídica, vai nos levar a uma espécie de competição pelo caminho de baixo", disse a ministra.
Cooperação
Além de Marina Silva, estavam presentes na coletiva ministros e secretários de meio ambiente de outros países falantes da língua portuguesa. A ministra do Meio Ambiente de Angola, Ana Paula de Carvalho, destacou a necessidade de haver parcerias entre as nações para encontrar "soluções comuns" em prol do meio ambiente.
"Devemos pensar que nós estamos na Terra de passagem, e este ambiente é emprestado nos nossos filhos, dos nossos netos, porque nós devemos deixar para eles um ambiente melhor do que encontramos. Nós, quando temos um problema, geralmente temos uma solução A, B ou C. Para o planeta, não temos esses planos todos", disse.
A ministra destacou que, tal qual o Brasil, a Angola possui problemas semelhantes relacionados ao meio ambiente e que é necessário ressaltar as responsabilidades de cada um, sejam cidadãos ou governantes. O congresso com a participação de todas as lideranças prossegue até sexta-feira com painéis, minicursos, oficinas e outras atividades voltadas para a educação ambiental na Fundação Matias Machline, localizada no Distrito Industrial, zona Sul de Manaus.
https://www.acritica.com/amazonia/marina-silva-estudos-v-o-dizer-se-a-br-319-tem-viabilidade-ambiental-1.379057
"Eu sempre digo que a gente não diz apenas o que não pode, mas como pode e da forma certa. Quando é possível, a gente tenta encontrar os caminhos. Quando você diz 'é possível fazer alguma coisa, desde que', a resposta imediata é dizer que é contra. Se você coloca um 'desde que', imediatamente está sendo contra. É possível fazer algo, desde que se façam os estudos", disse.
A fala de Marina Silva ocorreu durante coletiva de imprensa nessa segunda-feira (21) no VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, que segue até sexta-feira (25), em Manaus. O evento deste ano reúne lideranças, ministros e secretários de meio ambiente para tratar de respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver.
A ministra destacou que o que ocorreu entre o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério dos Transportes não se tratou de um acordo, mas de um procedimento que existe no mundo todo: a avaliação ambiental estratégica, uma modalidade de processo ambiental que busca identificar, prever e avaliar os impactos de um empreendimento em toda sua área de implementação.
"Eu tenho a alegria de dizer que o ministro Renan Filho (MDB), nessa gestão do terceiro mandato do presidente Lula (PT), concordou em fazer esses estudos para a BR-319. Além disso, um processo de gestão do território, fazendo a destinação correta das áreas que não foram destinadas para unidades de conservação, terras indígenas, florestas nacionais, assentamentos extrativistas, nunca para corte raso", elencou.
Desde que a recuperação da estrada entrou na pauta ainda nos anos 2000, a rodovia passou por um Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que se concentra na análise mais específica do empreendimento, mas não leva em conta as consequências nos arredores.
PL da Devastação
Questionada sobre a aprovação do chamado PL da Devastação, que desmonta o licenciamento ambiental na prática, a ministra afirmou que espera a não prosperidade desse tipo de proposta, pois significaria um retrocesso aos tempos da construção da Hidrelétrica de Balbina.
"Não consigo imaginar isso em pleno século XXI. Portanto, há um esforço em diálogo com o Congresso para que a gente faça ver que isso não é bom para o Brasil, não é bom para o agronegócio, não é bom para ninguém. Vai criar insegurança jurídica, vai nos levar a uma espécie de competição pelo caminho de baixo", disse a ministra.
Cooperação
Além de Marina Silva, estavam presentes na coletiva ministros e secretários de meio ambiente de outros países falantes da língua portuguesa. A ministra do Meio Ambiente de Angola, Ana Paula de Carvalho, destacou a necessidade de haver parcerias entre as nações para encontrar "soluções comuns" em prol do meio ambiente.
"Devemos pensar que nós estamos na Terra de passagem, e este ambiente é emprestado nos nossos filhos, dos nossos netos, porque nós devemos deixar para eles um ambiente melhor do que encontramos. Nós, quando temos um problema, geralmente temos uma solução A, B ou C. Para o planeta, não temos esses planos todos", disse.
A ministra destacou que, tal qual o Brasil, a Angola possui problemas semelhantes relacionados ao meio ambiente e que é necessário ressaltar as responsabilidades de cada um, sejam cidadãos ou governantes. O congresso com a participação de todas as lideranças prossegue até sexta-feira com painéis, minicursos, oficinas e outras atividades voltadas para a educação ambiental na Fundação Matias Machline, localizada no Distrito Industrial, zona Sul de Manaus.
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