De Pueblos Indígenas en Brasil
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PR: Temporais Deixam Milhares sem Luz e Destroem Casas Indígenas
26/09/2025
Fonte: A Nova Democracia - https://anovademocracia.com.br
O Paraná enfrenta as consequências de temporais que expõem, mais uma vez, a precariedade dos serviços essenciais e o abandono das populações mais vulneráveis. Milhares de paranaenses completaram nesta quarta-feira (24) mais de dois dias sem energia elétrica, enquanto comunidades indígenas Avá-Guarani perderam casas e uma escola inteira apenas um mês depois de se mudarem para terras conquistadas como reparação histórica.
Mais de Dois Dias no Escuro
O auge do apagão ocorreu às 7h de segunda-feira (22), quando cerca de 1,1 milhão de propriedades ficaram simultaneamente sem energia elétrica. Nesta quarta-feira, segundo a Copel, 12 mil imóveis ainda permaneciam no escuro. O temporal derrubou mais de 300 postes e duas torres de alta tensão, comprometendo severamente o abastecimento.
A falta de luz afetou também o abastecimento de água em quase 50 cidades paranaenses, deixando famílias inteiras sem serviços básicos. Em Capitão Leônidas Marques, um produtor rural perdeu oito mil frangos por falta de ventilação, com prejuízo estimado em R$ 20 mil.
Comunidades Indígenas Perdem Tudo
As comunidades indígenas sofreram impacto ainda mais severo. Quarenta e quatro famílias Avá-Guarani ficaram desabrigadas após o temporal destruir casas recém-construídas nas três aldeias localizadas em áreas cedidas pela Itaipu Binacional. As terras fazem parte de acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal como reparação pelos impactos da construção da usina, e a mudança das famílias havia começado em 7 de agosto.
"As comunidades começaram a construir e a chuva levou tudo. Perderam casas, roupas e cama", declarou Celso Japoty, coordenador da Funai na região. Na aldeia Yvyju Avary, em Guaíra, os ventos destruíram completamente a escola da comunidade, com o teto sendo arrancado, cadeiras levadas e alimentos que estragaram.
Descaso Sistemático
Enquanto isso, a Copel classifica o evento como "o mais severo de 2025" e pede "desculpas" pela demora no restabelecimento, explicando que segue "critérios de priorização" que, na prática, significam atender primeiro hospitais, escolas e comércios, deixando as residências das periferias por último. A empresa admite que precisa fazer "reconstruções" para atender clientes individuais - evidência da fragilidade de uma rede elétrica sucateada. O padrão se repete em cada temporal: discursos oficiais sobre "eventos climáticos severos", promessas de normalização dos serviços. O eixo do problema encontra na ausência de preparação estatal para perigos climáticos e o abandono das populações mais marginalizadas, que se encontram em um risco direto de perder absolutamente tudo de suas casas ou até mesmo suas vidas em um temporal dessa magnitude.
No dia seguinte a normalização da energia é tardia, pois com essa ausência de preparação, basta colher os danos do crime já a muito desenhados, pois tal notícias se tornam cada vez mais comuns, ano após ano.
As comunidades indígenas, além de expulsar completamente de suas terras e que todos os dias, literalmente erguem barricadas para defender suas casas e plantações, são sistematicamente abandonadas, pois mesmo em terras "ganhas" pelo Estado, são ainda submetidos a uma vida insalubre, sem infraestrutura e expostas ao temporal. No fim das contas, as terras simplesmente são abandonadas e a população esquecida ali no local.
https://anovademocracia.com.br/pr-temporais-destroem-casas-indigenas-luz/
Mais de Dois Dias no Escuro
O auge do apagão ocorreu às 7h de segunda-feira (22), quando cerca de 1,1 milhão de propriedades ficaram simultaneamente sem energia elétrica. Nesta quarta-feira, segundo a Copel, 12 mil imóveis ainda permaneciam no escuro. O temporal derrubou mais de 300 postes e duas torres de alta tensão, comprometendo severamente o abastecimento.
A falta de luz afetou também o abastecimento de água em quase 50 cidades paranaenses, deixando famílias inteiras sem serviços básicos. Em Capitão Leônidas Marques, um produtor rural perdeu oito mil frangos por falta de ventilação, com prejuízo estimado em R$ 20 mil.
Comunidades Indígenas Perdem Tudo
As comunidades indígenas sofreram impacto ainda mais severo. Quarenta e quatro famílias Avá-Guarani ficaram desabrigadas após o temporal destruir casas recém-construídas nas três aldeias localizadas em áreas cedidas pela Itaipu Binacional. As terras fazem parte de acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal como reparação pelos impactos da construção da usina, e a mudança das famílias havia começado em 7 de agosto.
"As comunidades começaram a construir e a chuva levou tudo. Perderam casas, roupas e cama", declarou Celso Japoty, coordenador da Funai na região. Na aldeia Yvyju Avary, em Guaíra, os ventos destruíram completamente a escola da comunidade, com o teto sendo arrancado, cadeiras levadas e alimentos que estragaram.
Descaso Sistemático
Enquanto isso, a Copel classifica o evento como "o mais severo de 2025" e pede "desculpas" pela demora no restabelecimento, explicando que segue "critérios de priorização" que, na prática, significam atender primeiro hospitais, escolas e comércios, deixando as residências das periferias por último. A empresa admite que precisa fazer "reconstruções" para atender clientes individuais - evidência da fragilidade de uma rede elétrica sucateada. O padrão se repete em cada temporal: discursos oficiais sobre "eventos climáticos severos", promessas de normalização dos serviços. O eixo do problema encontra na ausência de preparação estatal para perigos climáticos e o abandono das populações mais marginalizadas, que se encontram em um risco direto de perder absolutamente tudo de suas casas ou até mesmo suas vidas em um temporal dessa magnitude.
No dia seguinte a normalização da energia é tardia, pois com essa ausência de preparação, basta colher os danos do crime já a muito desenhados, pois tal notícias se tornam cada vez mais comuns, ano após ano.
As comunidades indígenas, além de expulsar completamente de suas terras e que todos os dias, literalmente erguem barricadas para defender suas casas e plantações, são sistematicamente abandonadas, pois mesmo em terras "ganhas" pelo Estado, são ainda submetidos a uma vida insalubre, sem infraestrutura e expostas ao temporal. No fim das contas, as terras simplesmente são abandonadas e a população esquecida ali no local.
https://anovademocracia.com.br/pr-temporais-destroem-casas-indigenas-luz/
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