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Encontrado cemitério clandestino em ilha

28/05/2001

Autor: Wagner de Alcântara Aragão

Fonte: A Gazeta- Vitória-ES



Fundação Nacional do Índio vai investigar área na Ilha Rasa da Cotinga, a 25 minutos de barco de Paranaguá.

Local possui três covas, todas sem placas, apenas sinalizadas com cruzes de madeira
Um cemitério clandestino encontrado na Ilha Rasa da Cotinga será investigado pela Fundação Nacional do Índio (Funai) - há suspeitas de que índios de uma reserva vizinha (a da Cotinga) estejam usando o local para enterrar seus mortos. As covas foram descobertas por pescadores da região, quando no intervalo de uma pescaria atracaram na ilha para descansar. Eles comunicaram o fato ao sargento Izael Modesto Alexandre, do Corpo de Bombeiros, conhecido morador da Baía de Paranaguá. No entanto, nem ele, pescadores e vizinhos do cemitério chegaram a avisar as autoridades.O cemitério é pequeno. Possui apenas três covas - duas de adulto e uma de criança - todas sem placas ou lápides, apenas sinalizadas por cruzes. Fica numa área de difícil acesso: só é possível ir até lá de barco, em uma viagem de lancha que, partindo do Centro de Paranaguá, dura 25 minutos. Está situado a menos de 50 metros da margem das águas da baía, numa área cercada por vegetação alta.PolíciaO pescador Simão Fernandes, 40 anos, é o vizinho mais perto do local - o casebre de madeira dele e do tio encontra-se a mais ou menos um quilômetro do cemitério. Ele garante que o local está sendo usado por famílias indígenas da Cotinga. "Já vi índios chegarem aí. Primeiro enterreram uma criança, tempos depois uma mulher e por último um homem. Eles vêm e fazem os rituais próprios", descreve. "Vou dar parte à polícia", irrita-se o tio, Levi Ventura Pereira, 62 anos de idade vividos ali.O enterro de índios naquele ponto não é, por enquanto, confirmado pela Funai. O órgão desconhece o caso e informa que o cacique da reserva da Cotinga é orientado a enterrar os mortos da aldeia em um local dentro da área de preservação. O que a Funai ficou de apurar é se o ponto descoberto pelos pescadores está nos limites da comunidade índigena da ilha. "Vamos ir a campo verificar. Se pertencer à aldeia, não há nada a fazer, os índios estão certos. Caso contrário, vamos falar com os líderes da aldeia para resolver o problema", explica o chefe de assistência social da Funai, Luiz Omar Corrêa.
 

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