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Mais 26 corpos de garimpeiros são encontrados em Rondônia
18/04/2004
Fonte: FSP, Brasil, p. A4
Mais 26 corpos de garimpeiros são encontrados em Rondônia
Número de mortes em confronto com índios cinta-larga sobe para 29
HUDSON CORRÊA
A Polícia Federal afirmou ontem que foram localizados mais 26 corpos de garimpeiros mortos na terra indígena Roosevelt, em Rondônia, de acordo com informações passadas à PF pela Funai (Fundação Nacional do Índio).
Com isso, são 29 os garimpeiros mortos no conflito ocorrido na terra indígena, no dia 7, entre índios cinta-larga e garimpeiros. Outros três corpos haviam sido encontrados no último domingo.
Na área, os cinta-larga garimpam diamantes desde agosto numa jazida que foi explorada por garimpeiros brancos até janeiro do ano passado, quando foram expulsos pela Funai.
O superintendente da PF em Rondônia, Marcos Aurélio Moura, disse que recebeu as informação da Funai anteontem à noite e que não sabia em que momento os corpos haviam sido achados.
Moura estava ontem de manhã no aeroporto de Pimenta Bueno (515 km de Porto Velho), usado como base pela PF. Segundo ele, a descoberta dos corpos foi feita por homens da Polícia Florestal (da PM de RO), que desde a época da expulsão dos garimpeiros em 2003 atua em conjunto com a Funai para fiscalizar a área indígena.
O presidente da Funai, Mércio Gomes, afirmou, em Brasília, ter recebido a informação de que foram encontrados "uns 20 corpos, alguns em pedaços, atacados provavelmente por animais".
Gomes disse estar preocupado agora com a possibilidade de represália dos garimpeiros, que afirmam ter sido vítimas de uma chacina promovida pelos índios numa emboscada. "Espero que a PF faça o desarmamento dos espíritos", disse, lembrando que, no dia 10, garimpeiros agrediram e tornaram refém um índio cinta-larga na praça de Espigão d'Oeste, cidade mais próxima à reserva.
O coordenador da Funai Walter Blós, encarregado de evitar invasões na terra indígena, disse no último domingo que o conflito do dia 7 foi um tiroteio entre índios e garimpeiros, e não uma chacina.
O sindicato local dos garimpeiros divulgou após o conflito nomes e fotos de 18 desaparecidos. Garimpeiros ouvidos pela Agência Folha dizem que, de 150 homens, só 60 voltaram à cidade após ataque de índios na área dos cinta-larga. O presidente do sindicato de Espigão d'Oeste, Gilton Muniz, disse acreditar que haja mais corpos na terra indígena.
Segundo o delegado da PF Mauro Sposito, enviado para coordenar as investigações, funcionários da Funai que estiveram no local disseram que os corpos estavam mutilados. Sposito informou que 32 policiais federais já haviam chegado até a tarde de ontem à clareira aberta para o resgate dos três corpos no domingo passado. Os policiais foram de helicóptero e se uniram a 20 funcionários da Funai e da Polícia Florestal.
Às 18h de ontem, a PF informou que os agentes já estavam no local dos corpos, não haviam contado o número de vítimas, mas começaram a abrir uma clareira maior.
FSP, 18/04/2004, Brasil, p. A4
Número de mortes em confronto com índios cinta-larga sobe para 29
HUDSON CORRÊA
A Polícia Federal afirmou ontem que foram localizados mais 26 corpos de garimpeiros mortos na terra indígena Roosevelt, em Rondônia, de acordo com informações passadas à PF pela Funai (Fundação Nacional do Índio).
Com isso, são 29 os garimpeiros mortos no conflito ocorrido na terra indígena, no dia 7, entre índios cinta-larga e garimpeiros. Outros três corpos haviam sido encontrados no último domingo.
Na área, os cinta-larga garimpam diamantes desde agosto numa jazida que foi explorada por garimpeiros brancos até janeiro do ano passado, quando foram expulsos pela Funai.
O superintendente da PF em Rondônia, Marcos Aurélio Moura, disse que recebeu as informação da Funai anteontem à noite e que não sabia em que momento os corpos haviam sido achados.
Moura estava ontem de manhã no aeroporto de Pimenta Bueno (515 km de Porto Velho), usado como base pela PF. Segundo ele, a descoberta dos corpos foi feita por homens da Polícia Florestal (da PM de RO), que desde a época da expulsão dos garimpeiros em 2003 atua em conjunto com a Funai para fiscalizar a área indígena.
O presidente da Funai, Mércio Gomes, afirmou, em Brasília, ter recebido a informação de que foram encontrados "uns 20 corpos, alguns em pedaços, atacados provavelmente por animais".
Gomes disse estar preocupado agora com a possibilidade de represália dos garimpeiros, que afirmam ter sido vítimas de uma chacina promovida pelos índios numa emboscada. "Espero que a PF faça o desarmamento dos espíritos", disse, lembrando que, no dia 10, garimpeiros agrediram e tornaram refém um índio cinta-larga na praça de Espigão d'Oeste, cidade mais próxima à reserva.
O coordenador da Funai Walter Blós, encarregado de evitar invasões na terra indígena, disse no último domingo que o conflito do dia 7 foi um tiroteio entre índios e garimpeiros, e não uma chacina.
O sindicato local dos garimpeiros divulgou após o conflito nomes e fotos de 18 desaparecidos. Garimpeiros ouvidos pela Agência Folha dizem que, de 150 homens, só 60 voltaram à cidade após ataque de índios na área dos cinta-larga. O presidente do sindicato de Espigão d'Oeste, Gilton Muniz, disse acreditar que haja mais corpos na terra indígena.
Segundo o delegado da PF Mauro Sposito, enviado para coordenar as investigações, funcionários da Funai que estiveram no local disseram que os corpos estavam mutilados. Sposito informou que 32 policiais federais já haviam chegado até a tarde de ontem à clareira aberta para o resgate dos três corpos no domingo passado. Os policiais foram de helicóptero e se uniram a 20 funcionários da Funai e da Polícia Florestal.
Às 18h de ontem, a PF informou que os agentes já estavam no local dos corpos, não haviam contado o número de vítimas, mas começaram a abrir uma clareira maior.
FSP, 18/04/2004, Brasil, p. A4
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