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Policiais presos por torturar índio de 15 anos no Pará
22/05/2005
Fonte: OESP, Nacional, p.A11
Policiais presos por torturar índio de 15 anos no Pará
Carlos Mendes
Especial para o Estado
Um índio de 15 anos da tribo mundurucus, no Pará, foi torturado por um comerciante e três policiais militares em Itaituba, teve duas costelas quebradas a chutes e socos e a orelha queimada com um isqueiro. O adolescente era acusado por um casal de comerciantes de ter roubado jóias e um celular.
Os militares estão presos no quartel da PM de Itaituba. O comerciante Leandro Rozo Domingues, que está foragido, foi quem comandou a sessão de tortura. Sua mulher, Dolores do Socorro, que teria participado do espancamento, prestou depoimento e foi liberada, apesar de o crime contra a integridade indígena ser inafiançável.
Trazido para Belém, onde denunciou o caso, o índio apresenta várias escoriações pelo corpo. Organizações de direitos humanos e defensores da causa indígena vão denunciar o caso à ONU. O garoto contou que foi abordado na rua por um casal que o acusava de ter roubado jóias e um celular. Levado para uma casa, disse ter sofrido agressões físicas para confessar o crime por cerca de cinco horas. "Meu corpo ainda dói muito e sinto tonteiras. Eles me bateram com muita violência. Não tive como escapar deles", relatou aos agentes da Fundação Nacional do Índio (Funai), que foram até a Casa do Índio, onde o garoto está hospedado.
Segundo a Funai no Pará, a denúncia foi registrada na polícia, que obteve na Justiça a decretação da prisão preventiva dos cinco acusados. A promotora Elane Nuayed ficou indignada. "É um caso muito sério, porque há PMs envolvidos. A partir do momento em que uma polícia que é paga pelo contribuinte para dar segurança à população comete atos dessa natureza passa a sociedade toda também a ser violentada", afirmou.
OESP, 22/05/2005, p. A11.
Carlos Mendes
Especial para o Estado
Um índio de 15 anos da tribo mundurucus, no Pará, foi torturado por um comerciante e três policiais militares em Itaituba, teve duas costelas quebradas a chutes e socos e a orelha queimada com um isqueiro. O adolescente era acusado por um casal de comerciantes de ter roubado jóias e um celular.
Os militares estão presos no quartel da PM de Itaituba. O comerciante Leandro Rozo Domingues, que está foragido, foi quem comandou a sessão de tortura. Sua mulher, Dolores do Socorro, que teria participado do espancamento, prestou depoimento e foi liberada, apesar de o crime contra a integridade indígena ser inafiançável.
Trazido para Belém, onde denunciou o caso, o índio apresenta várias escoriações pelo corpo. Organizações de direitos humanos e defensores da causa indígena vão denunciar o caso à ONU. O garoto contou que foi abordado na rua por um casal que o acusava de ter roubado jóias e um celular. Levado para uma casa, disse ter sofrido agressões físicas para confessar o crime por cerca de cinco horas. "Meu corpo ainda dói muito e sinto tonteiras. Eles me bateram com muita violência. Não tive como escapar deles", relatou aos agentes da Fundação Nacional do Índio (Funai), que foram até a Casa do Índio, onde o garoto está hospedado.
Segundo a Funai no Pará, a denúncia foi registrada na polícia, que obteve na Justiça a decretação da prisão preventiva dos cinco acusados. A promotora Elane Nuayed ficou indignada. "É um caso muito sério, porque há PMs envolvidos. A partir do momento em que uma polícia que é paga pelo contribuinte para dar segurança à população comete atos dessa natureza passa a sociedade toda também a ser violentada", afirmou.
OESP, 22/05/2005, p. A11.
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