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PF caçará garimpeiros no Xingu
04/05/2004
Fonte: CB, Brasil, p. 15
PF caçará garimpeiros no Xingu
Sandro Lima
Da equipe do Correio
Para evitar um massacre semelhante ao ocorrido em Rondônia, quando índios cinta-larga mataram 29 garimpeiros que procuravam diamantes na reserva Roosevelt, a Fundação Nacional do Índio (Funai) iniciará hoje uma operação de retirada de garimpeiros de terras dos caiapós em São Félix do Xingu, no sul do Pará. Os garimpeiros invadiram o local em busca de ouro. Segundo o administrador da Funai na região, Megaron Txukarramãe, eles estão acampados na reserva desde janeiro.
Alertada meses antes sobre a possibilidade de um conflito em Rondônia, a Funai não conseguiu evitar o massacre dos garimpeiros no início de abril. E foi acusada de omissão. Para não passar por novo desgaste, a fundação resolveu agir. A intenção é evitar um banho de sangue também no Pará.
A Funai já acertou os últimos detalhes da operação, que terá apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Militar do Pará. A ação, segundo a Funai, será implementada rapidamente, pois os ânimos estão exaltados na região.
Revolta
Segundo Megaron Txukarramãe, os caiapós estão revoltados e a possibilidade de conflito é iminente caso os garimpeiros voltem à reserva. Apesar da orientação para uma ação pacífica, Megaron teme o pior se os garimpeiros insistirem em permanecer na área. ''Não vai ser bom nem para eles, nem para nós.''
O acampamento de garimpeiros foi avistado de helicóptero por agentes da Funai e da Polícia Federal que sobrevoaram a reserva na sexta-feira passada, acompanhados por guerreiros da aldeia Crocaimoro. Do alto, não foi possível ver os garimpeiros, mas a presença deles é confirmada pela existência de máquinas e barracas em um acampamento que, segundo Megaron Txukarramãe, abriga os invasores desde janeiro.
Outro indício da invasão dos garimpeiros à reserva é que a água do córrego Mãe Preta, afluente do Rio Xingu onde é feita a extração ilegal de ouro, está barrenta. A grande freqüência de aviões de pequeno porte que sobrevoam a reserva também chamou a atenção dos caiapós.
Durante o sobrevôo, foram localizadas duas pistas de pouso utilizadas pelos garimpeiros, à margem direita do Rio Iriri, que corta o município de Altamira, no Pará. A Funai pedirá à PF para explodir as pistas de pouso, a fim de evitar novas invasões.
O presidente da Funai, Mércio Gomes, se reuniu ontem com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. No encontro, ficou acertado que o Ibama cederá um helicóptero para a operação. Devido à greve da PF, homens do Exército também poderão ser utilizados na retirada dos garimpeiros.
A reserva dos caiapós em São Félix do Xingu foi demarcada em 1992 e abriga cerca de 4 mil índios na aldeia Crocaimoro. Os caiapós ocupam uma faixa de terra que vai do sul do Pará ao norte do Mato Grosso, quase o equivalente ao território da Áustria.
CB, 04/05/2004, Brasil, p. 15
Sandro Lima
Da equipe do Correio
Para evitar um massacre semelhante ao ocorrido em Rondônia, quando índios cinta-larga mataram 29 garimpeiros que procuravam diamantes na reserva Roosevelt, a Fundação Nacional do Índio (Funai) iniciará hoje uma operação de retirada de garimpeiros de terras dos caiapós em São Félix do Xingu, no sul do Pará. Os garimpeiros invadiram o local em busca de ouro. Segundo o administrador da Funai na região, Megaron Txukarramãe, eles estão acampados na reserva desde janeiro.
Alertada meses antes sobre a possibilidade de um conflito em Rondônia, a Funai não conseguiu evitar o massacre dos garimpeiros no início de abril. E foi acusada de omissão. Para não passar por novo desgaste, a fundação resolveu agir. A intenção é evitar um banho de sangue também no Pará.
A Funai já acertou os últimos detalhes da operação, que terá apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Militar do Pará. A ação, segundo a Funai, será implementada rapidamente, pois os ânimos estão exaltados na região.
Revolta
Segundo Megaron Txukarramãe, os caiapós estão revoltados e a possibilidade de conflito é iminente caso os garimpeiros voltem à reserva. Apesar da orientação para uma ação pacífica, Megaron teme o pior se os garimpeiros insistirem em permanecer na área. ''Não vai ser bom nem para eles, nem para nós.''
O acampamento de garimpeiros foi avistado de helicóptero por agentes da Funai e da Polícia Federal que sobrevoaram a reserva na sexta-feira passada, acompanhados por guerreiros da aldeia Crocaimoro. Do alto, não foi possível ver os garimpeiros, mas a presença deles é confirmada pela existência de máquinas e barracas em um acampamento que, segundo Megaron Txukarramãe, abriga os invasores desde janeiro.
Outro indício da invasão dos garimpeiros à reserva é que a água do córrego Mãe Preta, afluente do Rio Xingu onde é feita a extração ilegal de ouro, está barrenta. A grande freqüência de aviões de pequeno porte que sobrevoam a reserva também chamou a atenção dos caiapós.
Durante o sobrevôo, foram localizadas duas pistas de pouso utilizadas pelos garimpeiros, à margem direita do Rio Iriri, que corta o município de Altamira, no Pará. A Funai pedirá à PF para explodir as pistas de pouso, a fim de evitar novas invasões.
O presidente da Funai, Mércio Gomes, se reuniu ontem com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. No encontro, ficou acertado que o Ibama cederá um helicóptero para a operação. Devido à greve da PF, homens do Exército também poderão ser utilizados na retirada dos garimpeiros.
A reserva dos caiapós em São Félix do Xingu foi demarcada em 1992 e abriga cerca de 4 mil índios na aldeia Crocaimoro. Os caiapós ocupam uma faixa de terra que vai do sul do Pará ao norte do Mato Grosso, quase o equivalente ao território da Áustria.
CB, 04/05/2004, Brasil, p. 15
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