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PM confirma chacina em garimpo

16/04/2004

Fonte: JB, Pais, p.A2



PM confirma chacina em garimpo
Funai ainda não admite que índios mataram 19

PORTO VELHO - O comandante do 2º Pelotão da PM de Espigão d' Oeste, tenente Firmino, confirmou ontem a informação do Sindicato dos Garimpeiros de Rondônia de que pelo menos 30 homens armados estariam na Reserva Indígena Roosevelt, em Espigão d' Oeste, guardando 19 corpos de garimpeiros assassinados pelos índios cinta-larga. O grupo estaria à espera de um resgate dos corpos por parte da Polícia Federal. Segundo Firmino, os homens teriam invadido a reserva na madrugada da última segunda-feira, em desobediência à determinação da Funai de que ninguém poderia entrar na reserva enquanto os índios não consentissem.
A Funai informou que os indigenistas Apoena Meirelles e Walter Blós chegaram ontem à reserva e já teriam estabelecido contato com as lideranças dos cinta-larga, tentando obter o consentimento para que um grupo formado pela Polícia Federal, o Ministério Público, as polícias Civil e Militar, além de representantes do Sindicato dos Garimpeiros, possa inspecionar a região à procura de outros corpos e do grupo armado que estaria ilegalmente no território.
Segundo a Funai, os telefones celulares de Meirelles e Blós ficaram incomunicáveis ontem à tarde, o que deixou o órgão sem saber se os indigenistas conseguiram fechar o acordo.
O Sindicato dos Garimpeiros de Rondônia afirma que há pelo menos outros 64 garimpeiros desaparecidos na área, desde o conflito na semana passada, quando os índios teriam reagido à extração ilegal de diamantes na região. Na segunda-feira, foram retirados três corpos de garimpeiros assassinados na região.
Ontem, um avião e um helicóptero da Polícia Federal sobrevoaram a reserva. Trinta agentes participam da operação, que deve se intensificar hoje, segundo a Polícia Federal.
- Sobrevoamos um dos locais indicados e não encontramos nada até agora - afirmou o superintende da Polícia Federal em Rondônia, Marco Aurélio Moura.
A Funai, segundo sua assessoria de imprensa, ainda aguarda a confirmação da Polícia Federal para caracterizar o incidente como um massacre.
- Não podemos tomar como verdade informações passadas pelos garimpeiros. A Polícia Federal não encontrou absolutamente nada ontem - disse o diretor de Comunicação Social do órgão, Marcos Tavares, reconhecendo que a região não oferece boas condições de visibilidade e o clima não tem colaborado com as buscas.

JB, 16/04/2004, p. A2
 

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