De Pueblos Indígenas en Brasil
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Sem cocar, mas com telefone e rádio, índio quer identidade
19/04/2006
Autor: MICHAEL GONÇALVES
Fonte: Diário Catarinense-Florianópolis-SC
Cacique diz que maior problema indígena está na demarcação de terras
Grande parte dos índios hoje não usa colares, cocar nem arco e flecha. Em compensação, há, entre eles, telefones celulares, computadores com acesso à Internet e toda a mobília de uma residência de classe média. Os cantos foram substituídos pelo rádio. O Dia do Índio é comemorado hoje e os primeiros habitantes do continente americano buscam uma identidade.
Além do idioma, poucos são os hábitos que resistem aos 506 anos de invasão. O índio Francisco Vera preserva o hábito de fumar cachimbo que aprendeu com seus ancestrais.
Segundo o cacique Guarani José Benites Karaí, de 28 anos, da Aldeia Massiambu, em Palhoça, a luta pela manutenção da tradição passa pela demarcação de terras.
- Temos dificuldades de realizar rituais e danças pela falta de espaço, a agricultura também é deficitária pelas poucas terras improdutivas. Diante de tantas proibições impostas pelas condições desfavoráveis de onde estamos inseridos, conseguimos manter o idioma num sistema de ensino diferenciado em que as crianças aprendem guarani e português. E mantemos o hábito de fumar cachimbo, que pode ser comparado como uma religião para os outros povos - explica o cacique.
Parte da tradição está nas lembranças
O problema também é o mesmo na Aldeia do Morro do Cavalo. O cacique Leonardo Tupã, de 33 anos, disse que não pode caçar e manter a maiorias das tradições pela falta de espaço físico e pela proximidade com centros urbanos.
Nesta aldeia estava o índio Henrique Silveira, de 75 anos, que mantém a tradição de vender balaios de palha.
Ele comercializa cada cesto por R$ 10. O balaio toma um dia de trabalho. Com dois cestos à margem da BR-101 à espera de compradores, ele aproveita para escutar o rádio. Com dificuldade para falar português, Henrique lembra do tempo da adolescência quando vivia com seus pais no meio da floresta.
- Antigamente nós caçávamos com arco e flecha e todos os dias cantávamos e dançávamos com pinturas. As cabanas também eram produzidas de taquara e tínhamos uma vida bem melhor, a floresta fornecia tudo o que precisávamos.
Por isso, dizem os caciques, a demarcação de mais terras é necessária para as populações indígenas manterem as suas tradições. Os caciques cobram celeridade da Funai.
Grande parte dos índios hoje não usa colares, cocar nem arco e flecha. Em compensação, há, entre eles, telefones celulares, computadores com acesso à Internet e toda a mobília de uma residência de classe média. Os cantos foram substituídos pelo rádio. O Dia do Índio é comemorado hoje e os primeiros habitantes do continente americano buscam uma identidade.
Além do idioma, poucos são os hábitos que resistem aos 506 anos de invasão. O índio Francisco Vera preserva o hábito de fumar cachimbo que aprendeu com seus ancestrais.
Segundo o cacique Guarani José Benites Karaí, de 28 anos, da Aldeia Massiambu, em Palhoça, a luta pela manutenção da tradição passa pela demarcação de terras.
- Temos dificuldades de realizar rituais e danças pela falta de espaço, a agricultura também é deficitária pelas poucas terras improdutivas. Diante de tantas proibições impostas pelas condições desfavoráveis de onde estamos inseridos, conseguimos manter o idioma num sistema de ensino diferenciado em que as crianças aprendem guarani e português. E mantemos o hábito de fumar cachimbo, que pode ser comparado como uma religião para os outros povos - explica o cacique.
Parte da tradição está nas lembranças
O problema também é o mesmo na Aldeia do Morro do Cavalo. O cacique Leonardo Tupã, de 33 anos, disse que não pode caçar e manter a maiorias das tradições pela falta de espaço físico e pela proximidade com centros urbanos.
Nesta aldeia estava o índio Henrique Silveira, de 75 anos, que mantém a tradição de vender balaios de palha.
Ele comercializa cada cesto por R$ 10. O balaio toma um dia de trabalho. Com dois cestos à margem da BR-101 à espera de compradores, ele aproveita para escutar o rádio. Com dificuldade para falar português, Henrique lembra do tempo da adolescência quando vivia com seus pais no meio da floresta.
- Antigamente nós caçávamos com arco e flecha e todos os dias cantávamos e dançávamos com pinturas. As cabanas também eram produzidas de taquara e tínhamos uma vida bem melhor, a floresta fornecia tudo o que precisávamos.
Por isso, dizem os caciques, a demarcação de mais terras é necessária para as populações indígenas manterem as suas tradições. Os caciques cobram celeridade da Funai.
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