De Pueblos Indígenas en Brasil
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Indígenas voltam a denunciar atos de violência
25/11/2006
Autor: Antonio Viegas
Fonte: Correio do Estado
A comunidade indígena Ñanderu Marangatu, de Antônio João, está denunciando novos atos de violência praticados por jagunços de fazendeiros contra os índios. Em um documento encaminhado ontem à tarde ao Ministério Público Federal em Dourados, as lideranças relatam novas ameaças de morte, tiroteio e, ainda, extração ilegal de madeira das terras já demarcadas. O documento foi entregue pela líder guarani Lea Aquino, que junto com alguns membros da comunidade participava em Dourados do Aty Guasu (grande reunião indígena), que discute a questão educacional.
Segundo o documento, os fazendeiros estariam atirando contra os indígenas que saem para caçar. No último dia 2 de novembro, relatam as lideranças, um casal de índios foi surpreendido por vários tiros disparados por jagunços e foram obrigados a correr para não serem atingidos. Um outro relato dá conta de que Agenor Rocha, irmão de Dorvalino Rocha, assassinado por seguranças de fazendeiros no dia 24 de dezembro do ano passado, estava se dirigindo no último dia 17 para uma fazenda onde trabalha e foi barrado por seis homens armados.
Ele contou que o grupo, que atua como segurança de alguns fazendeiros, revistou sua mochila, com roupas e comida, jogou tudo no chão e o fez voltar até a aldeia para dar um recado. Segundo ele, os seguranças mandaram dizer que se algum índio fosse pego andando por ali, não voltaria mais. Agenor garante que vai continuar a fazer o mesmo trajeto, que é um corredor considerado por ele como neutro, ou seja, público, porque não existe nenhuma outra estrada para se deslocar até seu local de trabalho.
Lea Aquino disse ao Correio do Estado que além das ameaças, fazendo com que os índios fiquem encurralados, está faltando alimento e muitas famílias estão passando fome. Foi encaminhado ao MPF um pedido para que o órgão interceda junto aos responsáveis pelo Programa de Segurança Alimentar, para que seja feito um novo cadastramento, incluindo várias famílias que ficaram de fora da relação. Com o impedimento de sair para caçar e pescar, a situação fica ainda mais difícil, de acordo com a líder guarani. Os índios também denunciaram a extração ilegal de madeira das terras Ñanderu Marangatu.
Segundo o documento, os fazendeiros estariam atirando contra os indígenas que saem para caçar. No último dia 2 de novembro, relatam as lideranças, um casal de índios foi surpreendido por vários tiros disparados por jagunços e foram obrigados a correr para não serem atingidos. Um outro relato dá conta de que Agenor Rocha, irmão de Dorvalino Rocha, assassinado por seguranças de fazendeiros no dia 24 de dezembro do ano passado, estava se dirigindo no último dia 17 para uma fazenda onde trabalha e foi barrado por seis homens armados.
Ele contou que o grupo, que atua como segurança de alguns fazendeiros, revistou sua mochila, com roupas e comida, jogou tudo no chão e o fez voltar até a aldeia para dar um recado. Segundo ele, os seguranças mandaram dizer que se algum índio fosse pego andando por ali, não voltaria mais. Agenor garante que vai continuar a fazer o mesmo trajeto, que é um corredor considerado por ele como neutro, ou seja, público, porque não existe nenhuma outra estrada para se deslocar até seu local de trabalho.
Lea Aquino disse ao Correio do Estado que além das ameaças, fazendo com que os índios fiquem encurralados, está faltando alimento e muitas famílias estão passando fome. Foi encaminhado ao MPF um pedido para que o órgão interceda junto aos responsáveis pelo Programa de Segurança Alimentar, para que seja feito um novo cadastramento, incluindo várias famílias que ficaram de fora da relação. Com o impedimento de sair para caçar e pescar, a situação fica ainda mais difícil, de acordo com a líder guarani. Os índios também denunciaram a extração ilegal de madeira das terras Ñanderu Marangatu.
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