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Caso de advogado é segredo de Justiça

10/04/2007

Fonte: Folha de Rondônia



A Justiça decidiu que as investigações acerca do assassinato do delegado Valter Nunes de Almeida, ocorrido no final do mês passado, transcorrerão em segredo de Justiça. Com isso, a decisão do juiz Carlos Augusto Teles de Negreiros pretende preservar nomes e informações sobre eventuais suspeitos e impedir que nomes sejam divulgados sem que hajam provas conclusivas contra elas. Este é um lado da moeda. O outro é que o "segredo de Justiça" impede a polícia de dar informações e de mobilizar a imprensa e a comunidade para ajudarem na busca de indícios que possam levar aos criminosos.

Mesmo assim, sabe-se por exemplo que praticamente nada andou nos últimos dias, mesmo com a promessa de celeridade nas investigações, de participação de grande número de policiais; do apoio da Polícia Federal e da exigência da Ordem dos Advogados do Brasil -OAB - regional, que quer uma solução rápida para o caso. Até o ministro da Justiça, Tarso Genro, determinou a participação da PF para tentar localizar os matadores e os eventuais mandantes do crime que abalou o Estado.

Sabe-se também que a polícia continua aguardando a perícia em duas armas apreendidas e podem ter sido usadas no crime. Uma das armas ainda está na delegacia de Cacoal, já que foi encontrada na câmara fria de um supermercado na última quinta-feira. As digitais encontradas no escritório do advogado foram enviadas para Brasília e a polícia continua aguardando resposta do serviço de identificação, na esperança de que o resultado auxilie o esclarecimento deste crime, que abalou a sociedade cacoalense.

Enquanto não surgem novidades e muito menos suspeitos do brutal assassinato, enquanto a única participação judicial até agora no sentido de declarar o caso como "segredo de justiça", a OAB diz que continua acompanhando as investigações e nesta próxima sexta-feira realizará uma homenagem a Valter Nunes de Almeida, no auditório do Credicacoal, ás 19 horas. O presidente da OAB estadual, advogado Hélio Vieira, informou que será realizada uma sessão extraordinária do Conselho Seccional, com a presença de toda a diretoria da instituição, mais de 20 conselheiros, conselheiros federais e advogados de todas as regiões do Estado.

Enquanto as homenagens à memória do morto se ampliam, o que a sociedade espera mesmo é que os matadores do advogado sejam levados à cadeia. A Secretaria de Segurança Pública do Estado - através de declarações do secretário Evilázio Sena, do diretor geral de polícia, Moriô Ikegawa e do delegado que comanda as investigações - está trabalhando muito para isso. Por enquanto com resultados muito pequenos.
 

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